Candidatos à Presidência da OAB-SP Debatem STF e Voto Direto
Renovação e Democracia em Jogo na Advocacia Paulista.
- Data: 16/11/2024 09:11
- Alterado: 16/11/2024 09:11
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Reprodução
Na disputa pela presidência da OAB-SP, as propostas e visões dos candidatos refletem preocupações cruciais sobre a relação com o Supremo Tribunal Federal (STF) e a renovação dentro da própria entidade. A crítica ao STF, principalmente quanto à restrição de sustentação oral em recursos de agravo, figura como um ponto de discórdia entre os candidatos. Leonardo Sica, atual vice-presidente da OAB-SP, evita entrevistas mas defende o diálogo sobre os limites do STF. Por outro lado, Caio Augusto, ex-presidente da seccional, critica o ativismo judicial e defende a responsabilização de autoridades que desrespeitam prerrogativas advocatícias.
A questão do voto direto na eleição da diretoria nacional da OAB também é um tema quente. Muitos candidatos, incluindo Renato Ribeiro e Alfredo Scaff, veem a eleição direta como essencial para aumentar a participação dos advogados. A atual estrutura de voto indireto pelo Conselho Federal é vista por alguns como um obstáculo à representatividade democrática dentro da Ordem.
A reeleição é outro ponto de divergência. Enquanto candidatos como Scaff e Quissi apoiam a continuidade sem limitações, Kauffmann propõe regras para vetar reconduções consecutivas visando maior renovação. Patricia Vanzolini, presidente atual, optou por não se recandidatar, destacando-se agora na chapa de Sica ao Conselho Federal.
Em suma, a eleição para a presidência da OAB-SP se desenrola em torno de temas centrais que desafiam tanto a independência jurídica quanto a democratização interna. As discussões sobre o papel do STF e a governança da OAB refletem um momento crítico para os advogados paulistas, que buscam uma representação mais ativa e alinhada com suas necessidades e expectativas profissionais.