Última superlua cheia do ano pode ser vista nesta sexta-feira (15)

Nesta sexta-feira, dia 15, os brasileiros terão a oportunidade de contemplar a última superlua do ano, visível em todo o território nacional, desde que as condições meteorológicas sejam favoráveis. Este fenômeno celeste, que não requer o uso de equipamentos especiais para ser apreciado, ocorre quando a lua cheia coincide com sua proximidade máxima da Terra, conhecida como perigeu.

Superlua

O fenômeno conhecido como Superlua ocorre quando a Lua cheia coincide com seu ponto mais próximo da Terra, denominado perigeu. Isso acontece devido à órbita elíptica do satélite natural, que não descreve um círculo perfeito ao redor do nosso planeta.

Diferentes critérios são utilizados para definir uma Superlua, mas, geralmente, considera-se que uma Lua cheia se qualifica quando está a pelo menos 90% do caminho até o perigeu. Neste momento, a Lua pode parecer até 14% maior e brilhar 30% mais intensamente em comparação ao apogeu, quando se encontra em sua maior distância da Terra.

Durante o ciclo orbital de aproximadamente 27 dias da Lua ao redor da Terra, o perigeu é atingido a cerca de 356.800 km de distância, enquanto o apogeu ocorre a cerca de 406.400 km. A variação nas distâncias pode fazer com que algumas Superluas estejam mais próximas do que outras.

Lua do Castor

A Lua cheia de novembro é tradicionalmente chamada de “Lua do Castor“. Este nome tem origem nas culturas nativas norte-americanas, que associavam o período ao tempo em que os castores finalizavam suas tocas de galhos e lama para armazenar alimentos e se preparar para o rigoroso inverno no Hemisfério Norte.

A superlua, um termo popularizado na década de 1970 por Richard Nolle, embora não amplamente aceito pela comunidade astronômica, descreve uma lua cheia que aparece significativamente maior e mais luminosa no céu. Isso se deve à redução da distância entre a Terra e a Lua para menos de 360 mil quilômetros durante o perigeu.

De acordo com o Observatório Nacional, o ponto alto do fenômeno ocorrerá em Brasília, precisamente às 18h28, mas a melhor visualização será ao entardecer. O evento não apenas é uma oportunidade para admiradores do céu noturno, mas também oferece excelentes chances para fotografias amadoras, capturando a majestosa presença lunar sem a necessidade de telescópios ou lentes sofisticadas.

Embora a expressão “superlua” careça de uma definição rigorosa entre astrônomos, seu impacto visual é inegável. O diretor do Observatório do Valongo da UFRJ, Helio J. Rocha-Pinto, explica que durante o perigeu, nosso satélite natural pode parecer até 14% maior e 30% mais brilhante do que quando se encontra no apogeu, o ponto mais distante da Terra.

O calendário astronômico deste ano já havia previsto três superluas: uma ocorrida entre 17 e 18 de setembro, outra em 17 de outubro e esta última em 15 de novembro. Essas datas foram antecipadas e confirmadas pelo Observatório Nacional no início do ano.

Esse evento singular proporciona aos observadores uma chance ímpar de apreciar as maravilhas do universo a partir do conforto de suas casas, reforçando o fascínio que a lua exerce sobre todos nós.