Assassinato de delator do PCC em aeroporto gera debate sobre jurisdição
Polícia Civil e Federal colaboram em investigação complexa e estratégica.
- Data: 12/11/2024 23:11
- Alterado: 12/11/2024 23:11
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Nelson Jr./STF
O assassinato do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), ocorrido no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, levantou debates sobre a jurisdição apropriada para a investigação do caso. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que o crime não será federalizado “a princípio”, reconhecendo a competência do estado de São Paulo.
Desenvolvimento
O crime, classificado pelo ministro como grave e sem precedentes, está sendo investigado pela Polícia Civil paulista. No entanto, a Polícia Federal (PF) também instaurou uma apuração paralela, uma solução intermediária para evitar a federalização completa do caso. Essa decisão foi tomada devido à área aeroportuária ser de jurisdição federal, permitindo à PF investigar sem interferir significativamente no trabalho da polícia estadual.
A discussão sobre a federalização surgiu por conta das complexas circunstâncias envolvendo o caso. Gritzbach estava jurado de morte pelo PCC e era suspeito de ser um dos mandantes do assassinato de Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta. As hipóteses para identificar os mandantes de seu assassinato incluem membros do próprio PCC, policiais mencionados em sua delação premiada, ou pessoas relacionadas ao transporte de joias avaliadas em R$ 1 milhão.
Conclusão
A decisão de manter a investigação sob jurisdição estadual reflete uma avaliação estratégica das autoridades envolvidas. A abertura de um inquérito pela PF visa complementar as investigações em curso, sem comprometer o trabalho já realizado pelo Ministério Público paulista. Essa abordagem busca equilibrar os interesses federais e estaduais na elucidação de um crime que envolve múltiplas facetas e grupos suspeitos.