SEDS realiza encontro para debater envelhecimento e convivência nos municípios

Evento contou com apresentações sobre a temática do envelhecimento e dos serviços de Proteção Social, além de aula do professor e arquiteto Alejandro Perez-Duarte, do México

  • Data: 25/10/2024 07:10
  • Alterado: 25/10/2024 07:10
  • Autor: Redação
  • Fonte: SEDS
SEDS realiza encontro para debater envelhecimento e convivência nos municípios

SEDS realiza encontro para debater envelhecimento e convivência nos municípios

Crédito:Divulgação

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A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (SEDS), por meio da Coordenadoria de Assistência Social (CAS) e da Escola de Desenvolvimento Social (EDESP), realizou, na manhã desta quinta-feira (24), mais uma ação formativa para servidores municipais e estaduais. O encontro aconteceu na ETEC Santa Ifigênia, no centro da capital, e teve como tema “Envelhecimento e a Convivência nos Territórios”, com foco nas experiências municipais do programa Vida Longa.

A assessora técnica da CAS Naiara Teixeira deu as boas-vindas aos presentes em nome da coordenadora, Tatiane Magalhães. Em seu discurso, ela agradeceu às equipes da CAS pela organização da ação formativa para o mês da pessoa idosa e também comemorou a participação de representantes das Diretorias Regionais de Assistência e Desenvolvimento Social (DRADS) e dos municípios que executam o Programa Vida Longa.

“O papel da SEDS nessa experiência intersetorial, que é o programa Vida Longa, é qualificar a atuação dos profissionais para a proteção social. Temos que fortalecer a cultura da não discriminação e combater o etarismo, as violências e as violações contra as pessoas idosas”, afirmou.

Em seguida, o assunto foi abordado pela perspectiva da Proteção Social Básica e da Proteção Social Especial, com destaque para os serviços voltados à atuação preventiva e ao fortalecimento de vínculos familiares, sociais e comunitários. Ao falar sobre transição demográfica e longevidade, Elaine Moura, da CAS, afirmou que é preciso desmistificar a ideia de que o aumento da quantidade de pessoas idosas por si só já é um problema social e para os governos. “O que traz novos impactos, questões e demandas é o conflito que o envelhecimento gera na organização social e no modelo econômico em que vivemos, especialmente em um país desigual, que deixa as pessoas à margem de direitos ao longo de toda a vida”, ressaltou.

A primeira parte do evento foi concluída com uma aula via plataforma digital do professor Alejandro Perez-Duarte Fernández sobre “Envelhecimento e as Cidades”, diretamente do México. Atualmente, ele coordena o “Laboratório del Habitat para Personas Mayores”, na Universidade ITESO. Em sua fala, Perez-Duarte, que é arquiteto, falou sobre como se dá a interação de uma população mais envelhecida com a cidade e como essa relação vem se transformando ao longo dos anos também no ambiente acadêmico. “Não se trata somente de oferecer itens de acessibilidade e segurança como rampas, pisos adequados e pontos de apoio. A discussão hoje tem um olhar mais voltado para a gerontologia, passando por questões sociais”, explica.

O professor também deu exemplos de como as edificações pensadas para atender pessoas idosas foram mudando ao longo das décadas em diversos países, incentivando a integração dos moradores com a comunidade e com o mundo externo. “Cada vez mais, são criados espaços de convivência abertos, até mesmo intergeracionais, agregando vizinhos e crianças que muitas vezes passam a tarde nessas áreas”, conta.

O objetivo, segundo Perez-Duarte, é deixar os locais menos parecidos com hospitais e mais próximos de residências comuns. “Em um dos casos, o arquiteto instalou um piso de madeira no ambiente que proporcionava não apenas conforto visual, mas também fazia aquele som característico quando se caminhava sobre ele”, exemplifica. “Essa sensação de familiaridade é muito importante para as pessoas idosas”.

Já a segunda metade do evento, na parte da tarde, contou com uma apresentação de experiências municipais relacionadas ao programa Vida Longa, que constrói conjuntos habitacionais para a população idosa com foco na convivência e na proteção social.

O Vida Longa é voltado a pessoas com 60 anos ou mais, que vivam sozinhas, tenham renda de até dois salários mínimos e autonomia para realizar tarefas diárias. O programa é oferecido de forma conjunta entre a SEDS, a Secretaria Estadual da Habitação e a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), de forma articulada com os municípios paulistas interessados.

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  • Data: 25/10/2024 07:10
  • Alterado:25/10/2024 07:10
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