Taka corre risco de ficar inelegível por abuso de poder econômico

Justiça Eleitoral analisa denúncia de que candidato do MDB usa super estrutura na campanha sem declarar as despesas

  • Data: 04/10/2024 15:10
  • Alterado: 04/10/2024 15:10
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria
Taka corre risco de ficar inelegível por abuso de poder econômico

Taka Yamauchi (MDB)

Crédito:Divulgação

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O candidato do MDB à Prefeitura de Diadema, Taka Yamauchi, corre risco de ficar inelegível por gastos excessivos e omissão de informações. Representação protocolada na Justiça Eleitoral pede cassação do registro de candidatura de Taka por abuso de poder econômico pelo fato de omitir as despesas feitas durante a campanha.

A dois dias do primeiro turno das eleições municipais, Taka não declarou nenhum gasto eleitoral. Porém, nas ruas de Diadema, é possível ver windbanners, faixas, placas, carros de som, pessoas contratadas para panfletar e segurar bandeiras, entre outras ações de divulgação da campanha.

A representação judicial computou a existência de ao menos 382 windbanners, cujo valor unitário é de R$ 137, outros 45 caminhões de som. Há também a comprovação de distribuição de ao menos 39.500 panfletos, de locações de espaços para montagem de comitê, confecção de adesivos e até mesmo gastos com impulsionamento de conteúdo nas redes sociais.

Há ainda suspeitas de uso de estrutura da Prefeitura de São Paulo, como carros oficiais, para a campanha de Taka em Diadema – Taka foi presidente da SPObras, autarquia da Prefeitura paulistana, antes de se desincompatibilizar do cargo para concorrer às eleições.

“Trata-se, em verdade, de uma estrutura de campanha que privilegia a obscuridade e a trata como método – e, como se não bastasse, a afronta não é meramente contra a transparência, mas também contra a própria legislação eleitoral em si”, diz a representação assinada pelo escritório Ricomini Piccelli Advocacia.

A peça também traz outra irregularidade grave da campanha de Taka: pela Lei Eleitoral, ele deveria disponibilizar a primeira parcial de prestação de contas até o dia 13 de setembro, o que não foi feito. Até agora, os únicos registros são de doações – entre elas uma do próprio Taka, um de um empresário do ramo imobiliário, uma do diretório do MDB e duas de políticos de Ribeirão Pires, do ex-prefeito Kiko Teixeira e do ex-secretário jurídico Marco Aurélio Romaldini.

“Diante de todas as evidências de uma ampla mobilização de recursos na sua campanha, cabe indagar: o que o candidato Taka tem a esconder da Justiça Eleitoral e do controle público? Por que tamanha falta de transparência? E, sobretudo: qual a origem dos recursos empregados pelo candidato Taka em sua suntuosa estrutura de campanha?”, questiona o escritório.

O processo está registrado no número 0600465-04.2024.6.26.0222.

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  • Data: 04/10/2024 03:10
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