Aprovação do PL do Combustível do Futuro impulsiona setor sucroenergético
Aprovado na Câmara dos Deputados, o PL estabelece diretrizes para captura e armazenamento de CO2, criando novas oportunidades para usinas de etanol e fortalecendo o mercado de créditos de carbono
- Data: 12/09/2024 17:09
- Alterado: 12/09/2024 17:09
- Autor: Redação
- Fonte: Assessoria
Carbonless Summit 2024
Crédito:Divulgação
Aprovado em decisão terminativa no Plenário da Câmara dos Deputados na noite desta quarta-feira (11/09), o Projeto de Lei do Combustível do Futuro, que segue para sanção presidencial, tem como uma de suas peças-chave capítulo específico sobre o processo de captura, transporte e armazenamento de CO2 no subsolo ou CCS (captura e armazenamento de carbono em inglês). O tema, com forte potencial para criação de renda adicional para as usinas produtoras de etanol a partir de uma nova modalidade de geração de créditos de carbono, será o assunto central do ‘Carbonless Summit’ – evento marcado para os dias 04 e 05 de novembro na capital paulista.
“A nova legislação chega para estabelecer o marco-regulatório de CCS no país, determinando as diretrizes gerais para a atividade”, destaca Isabella Morbach, diretora da CCS Brasil, entidade que participou das discussões técnicas para elaboração da lei.
De acordo com Isabella, o Combustível do Futuro vai dar o arranque definitivo do tema no Brasil, destravando projetos já engatilhados, que avançam agora para a fase de real implantação. A especialista acentua a grande oportunidade que surge na cadeia produtiva do setor sucroenergético, já que o carbono gerado na fabricação de etanol está praticamente pronto para ser estocado, devido ao seu elevado grau de concentração – diferentemente de outros setores em que o CO2 precisa ser separado de outros gases.
Ironicamente, a operação de CCS passa por tecnologias desenvolvidas e aperfeiçoadas na extração de petróleo. Os mesmos equipamentos que injetam carbono para auxiliar o bombeamento do petróleo agora estão prontos para ampliar a sustentabilidade do setor sucroenergético, em particular do etanol, abrindo caminho para uma pegada negativa de carbono de um segmento que hoje já reduz em até 90% as emissões de gases de efeito estufa.
Marcado para novembro próximo, o ‘Carbonless Summit’, vai reunir em São Paulo alguns dos maiores especialistas brasileiros e internacionais no tema. É um assunto altamente estratégico para as usinas produtoras de etanol, pelo forte potencial para geração de renda adicional.
“As mais de 360 usinas que produzem etanol no Brasil têm a oportunidade de fazer do País o líder global nesse mercado, abrindo as portas para o acesso aos créditos de carbono que serão gerados a partir da estocagem geológica de CO2 e criando naturalmente mais uma fonte de receita para as usinas”, explica o geólogo Everton Oliveira, um dos organizadores do evento e presidente da Hidroplan, que juntamente com a CCS Brasil realiza o encontro.
SERVIÇO:
Carbonless Summit
Dias 04 e 05 de novembro de 2024
Auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (CREA-SP)
Avenida Angélica, 2364 – São Paulo, SP
DETALHES E INSCRIÇÕES:
https://carbonless.org.br/