Bolsonaristas tomam parte da Paulista em protesto contra decisões de Moraes

Manifestação convocada pelo ex-presidente é insuflada por bloqueio do X de Elon Musk

  • Data: 07/09/2024 14:09
  • Alterado: 07/09/2024 14:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: Folhapress
Bolsonaristas tomam parte da Paulista em protesto contra decisões de Moraes

Manifestação bolsonarista contra o ministro Alexandre de Moraes, na avenida Paulista, neste sábado (7)

Crédito:Reprodução/YouTube

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Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se concentram em parte da avenida Paulista, na região central de São Paulo, na tarde deste sábado (7), em protesto que tem como alvo o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

Na véspera, o ex-presidente afirmou, em um discurso a apoiadores em Juiz de Fora (MG), que a manifestação seria feita para desafiar o que ele chama de “sistema” e para pedir a saída de Moraes, a quem chamou de ditador.

Bolsonaro esteve em hospital na manhã deste sábado, em São Paulo, porque, segundo seu entorno, se sentiu mal em decorrência de uma gripe. Ele, porém, manteve a ida ao ato.

O pastor Silas Malafaia, organizador da manifestação, disse à Folha que seria “duríssimo” contra o ministro no evento. Segundo o pastor, Michelle Bolsonaro também deve discursar e devem pedir o impeachment de Moraes os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL), Nikolas Ferreira (PL), Gustavo Gayer (PL), Julia Zanatta (PL) e Bia Kicis (PL) e o senador Magno Malta (PL).

A manifestação foi insuflada por decisão de Moraes de suspender no Brasil as atividades do X, antigo Twitter, após a empresa não indicar um representante legal no país.

Desde então, o dono da plataforma, o empresário Elon Musk, tem endossado postagens sobre o protesto. Ele escreveu que o magistrado “deve sofrer impeachment por violar seu juramento de posse”.

Outro episódio recente que gerou críticas de bolsonaristas foi a série de reportagens publicada pela Folha que revelou atuação fora do rito no gabinete de Moraes no STF. Auxiliares ordenaram por mensagens e de forma não oficial a produção de relatórios pela Justiça Eleitoral, também chefiada na época pelo ministro, para embasar decisões do próprio magistrado contra bolsonaristas no inquérito das fake news no Supremo durante e após as eleições de 2022.

Na última manifestação bolsonarista na avenida Paulista, em fevereiro, Bolsonaro maneirou a conhecida agressividade contra o Supremo e afirmou buscar a pacificação do país.

Naquela ocasião, apoiadores foram orientados a não levar faixas e cartazes contra o STF. Desta vez, não houve este pedido, afirma Malafaia.

O protesto tem impacto ainda na eleição municipal de São Paulo, no momento em que o público bolsonarista tem abraçado a candidatura de Pablo Marçal (PRTB) apesar de Bolsonaro ter indicado apoio ao prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Nunes confirmou presença no ato, mas Marçal, que viajou para El Salvador na quinta (5), fez mistério sobre ir à manifestação.

Declarado inelegível pela Justiça Eleitoral até 2030 por ataques e mentiras sobre o sistema eleitoral, o ex-presidente foi indiciado neste ano pela Polícia Federal em inquéritos sobre as joias e a falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19.

Além desses casos, Bolsonaro é alvo de outras investigações, que apuram os crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado democrático de Direito, incluindo os ataques de 8 de janeiro de 2023.

Parte dessas apurações está no âmbito do inquérito das milícias digitais relatado pelo ministro Alexandre de Moraes e instaurado em 2021, que podem em tese resultar na condenação de Bolsonaro em diferentes frentes.

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  • Data: 07/09/2024 02:09
  • Alterado:07/09/2024 14:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: Folhapress









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