Caminhada na esteira ou na rua? Entenda as diferenças e os benefícios
Pesquisa publicada na revista Sports Medicine ressalta que caminhadas leves impactam positivamente no controle dos níveis de açúcar
- Data: 27/08/2024 14:08
- Alterado: 27/08/2024 14:08
- Autor: Redação
- Fonte: Faculdade UNIGUAÇU
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Caminhar ao ar livre é uma oportunidade para curtir a natureza. Apreciar a paisagem é, sem dúvida nenhuma, uma situação agradável e prazerosa, sem contar que é uma ótima opção para espairecer e manter a mente focada naquele instante. Já a caminhada na esteira é estar em um ambiente controlado com a possibilidade de escolher a velocidade e aumentar a inclinação.
Quando questionado sobre os benefícios da caminhada na esteira ou na rua, o profissional de Educação Física Raphael Carvalho é categórico – “as atividades proporcionam os mesmos benefícios para a saúde: fisiológicos, cardiovasculares, respiratórios, metabólicos e musculares, que reduzem o risco de doenças como: diabetes, hipertensão arterial, obesidade, infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC)”.
Ainda segundo Carvalho, o que realmente muda mesmo é o controle da intensidade (velocidade) do exercício, na esteira conseguimos manter de maneira mais específica uma determinada intensidade de esforço, já que há a marcação da velocidade em km/h, e isso seria um aspecto interessante para trazer maior rigor para a prescrição da caminhada, visto que não ficaria tão subjetivo a velocidade que a pessoa deveria manter durante o exercício.
A caminhada na rua pode oferecer diversas vantagens, entre elas a quebra da monotonia, por proporcionar uma maior interação do praticante com o ambiente, com a natureza e com as pessoas ao seu redor. É indiscutível que esse é um aspecto que deve ser levado em consideração, pois para muitas pessoas treinar na esteira é algo monótono e chato, justamente por durante todo o exercício ter a mesma visualização do ambiente, o que pode dificultar o prazer e a aderência ao exercício.
Em termos de segurança e proteção para as articulações, não há diferença significativa em fazer exercícios na esteira ou na rua, desde que o local escolhido ao ar livre tenha um terreno adequado, sem buracos e desníveis. Caso a escolha por um terreno dessa maneira não seja possível, é preferível optar pela esteira para que se tenha menores riscos de quedas, torções e lesões.
As variações do terreno na rua podem proporcionar vantagens e desvantagens. A principal e mais perigosa desvantagem é o risco de torções e lesões articulares ou musculares, caso seja uma rua com buracos e desníveis no asfalto, o que traria maior necessidade de atenção e cuidados por parte do praticante.
“Já em relação às vantagens, podemos salientar que mudanças interessantes como pequenas subidas (aclive) podem trazer variações na intensidade do exercício o que poderia inclusive ser um aspecto importante para obter mais resultados benéficos fisiológicos, como o aumento da saúde cardiovascular e da função muscular”, comenta Raphael Carvalho, professor do curso de Emagrecimento e Metabolismo da Faculdade UNIGUAÇU.
A meta da maioria das pessoas é obter bons resultados e a perda de peso. Carvalho comenta que para alcançar as metas a atividade precisa ser bem prescrita, tanto a caminhada na rua como na esteira promove aumento do gasto calórico total no dia, aspecto que é importante para o emagrecimento, além disso as duas atividades geram adaptações (mudanças) no organismo que impactam no aumento da função cardíaca, muscular, enzimática e metabólica, que eleva a capacidade do organismo metabolizar (queimar) gorduras durante os momentos em que não se está realizando exercícios.
Dentre as diversas estratégias que as pessoas podem realizar para se beneficiar da caminhada para a melhora da saúde e para o emagrecimento, podemos destacar a necessidade de se aumentar a intensidade (velocidade) de forma progressiva, sendo assim, se a pessoa está saindo do sedentarismo ela pode começar por uma caminhada mais leve, mas conforme a condição física da pessoa vai melhorando, ela pode passar para intensidades maiores, ou seja, aumentar a velocidade, passando então a caminhar mais rápido ou até mesmo a correr.
Sendo assim, é importante que a pessoa não mantenha a mesma intensidade (velocidade) durante todo o programa de treinamento, mas sim, que aumente a intensidade conforme sua condição física melhore, pois dessa maneira ela continuará a obter benefícios para o organismo.
Para as pessoas que possuem problemas articulares, musculares ou que tem alguma doença cardiovascular, a caminhada na rua ou na esteira proporciona as mesmas magnitudes de adaptações (mudanças) fisiológicas benéficas, então, a escolha se será na rua ou na esteira vai mais ao encontro dos aspectos que já discutimos acima: segurança do terreno, quebra de monotonia e melhor controle de intensidade do exercício.
Para uma prescrição de exercícios de forma mais criteriosa para essas pessoas é preciso uma avaliação física inicial, para que assim um profissional possa identificar a necessidade específica de cada indivíduo, e, dessa maneira, estruturar e planejar o treinamento de forma mais assertiva, levando em consideração suas dificuldades e limitações físicas. “Mas, o principal é sabermos que o exercício físico é fonte de vida com mais qualidade, sendo assim, faça exercícios, seja na rua ou na esteira”, conclui Carvalho.