Expectativa de vida no Estado de São Paulo atinge 77,2 anos

Marca supera o maior valor já registrado desde o ano de 2019 e aponta para tendência de retomada de crescimento pós-pandemia

  • Data: 19/08/2024 16:08
  • Alterado: 19/08/2024 16:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Fundação Seade
Expectativa de vida no Estado de São Paulo atinge 77,2 anos

Crédito:Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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Estudo da Fundação Seade revela que a estimativa da esperança de vida para o Estado de São Paulo em 2023 alcançou 77,2 anos, marca superior ao maior valor já atingido no Estado, que foi de 77,0 anos em 2019. A esperança de vida masculina foi estimada em 74,0 anos, com aumento de um ano em relação a 2022, enquanto a feminina correspondeu a 80,3 anos, com acréscimo de 0,9 ano na comparação com 2022.

A retomada do crescimento iniciou em 2022 e teve continuidade em 2023, recuperando os indicadores de longevidade após rápido declínio causado pela alta mortalidade durante o período da pandemia de Covid-19 (2020 e 2021). O resultado também aponta para a retomada da tendência histórica de crescimento da esperança de vida paulista.

“A implementação de políticas públicas e intervenções sanitárias, que visaram o tratamento e a prevenção da doença, destacando-se a vacinação massiva contra o vírus, permitiu o resgate das condições de saúde e sobrevivência da população paulista”, afirmou Carlos Eugenio de Carvalho Ferreira, pesquisador da Fundação Seade responsável pelo estudo.

Entre os anos de 2000 e 2023, a ascensão da vida média paulista foi de 71,5 para 77,2 anos, com acréscimo total de 5,7 anos nesse período. Em relação ao ano de 2019, constatou-se acréscimo de 5,5 anos na vida média paulista, ou 3,5 meses a cada ano.

Aumento da expectativa de vida

O progresso na expectativa de vida ocorreu de forma diferenciada ao longo dos anos: entre 2000 e 2010, houve aumento de 3,5 anos (4,2 meses a cada ano), enquanto de 2010 a 2019, o incremento foi de dois anos, ou seja, em média 2,7 meses a cada ano. A evolução da esperança de vida até 2019 está diretamente associada aos progressos ocorridos nas condições de saúde da população, relacionados com a menor incidência de diversas causas de morte e redução de mortes precoces, assegurando aumento contínuo da duração média de vida.

Entre os fatores que contribuíram para o aumento da expectativa de vida, destaca-se o declínio de causas referentes à mortalidade infantil, como as “afecções originadas no período perinatal”, às “causas externas” predominantes entre adultos jovens masculinos e às “doenças do aparelho circulatório” entre adultos maduros e idosos, além de outras causas que também diminuíram nesse período.

Mais recentemente, com o avanço da pandemia em 2020 e 2021, a mortalidade se expandiu excepcionalmente: as estatísticas do Registro Civil produzidas pela Fundação Seade indicam ocorrência de 429 mil óbitos entre os residentes no Estado de São Paulo durante 2021, o que representa 82 mil mortes a mais do que em 2020 e 126 mil a mais do que em 2019, revelando incremento de 42% no número de mortes em relação ao último ano sem pandemia.

Indicadores de esperança de vida mundial

As estatísticas produzidas pela Fundação Seade possibilitam estimar e acompanhar anualmente a evolução da expectativa de vida no Estado de São Paulo, sendo objeto de análise de vários estudos anteriores. São indicadores amplamente disseminados no mundo, com definição compartilhada por muitos centros de pesquisa nacionais e internacionais, em especial pelas Nações Unidas, visando comparações regionais.

De acordo com as estimativas da Divisão de População das Nações Unidas, para 2023, a duração média de vida da população mundial é de 73,2 anos. As regiões que apresentam vida média mais elevada são América do Norte (79,6), Oceania (79,1) e Europa (79,1). O conjunto dos países da América Latina e Caribe aparece com nível de 75,7 anos, Ásia com 74,6 e África com 63,8.

Nesse contexto, o Brasil (75,9 anos) situa-se praticamente na média latino-americana, enquanto o Estado de São Paulo, com 77,2 anos, posiciona-se entre a média da América do Sul (76,2) e a da Europa (79,1).

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  • Data: 19/08/2024 04:08
  • Alterado:19/08/2024 16:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Fundação Seade









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