Brasileiros expressam medo frente ao ‘imposto de importação’ de e-commerce

Usuários das redes sociais se sentiram majoritariamente surpresos no Facebook, com uma mistura de expectativa e medo no Instagram, medo e felicidade no TikTok, e raiva e medo no Twitter/X

  • Data: 19/08/2024 15:08
  • Alterado: 19/08/2024 15:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria
Brasileiros expressam medo frente ao ‘imposto de importação’ de e-commerce

Crédito:Divulgação

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Um controverso imposto de importação sobre produtos encomendados do exterior entrou em vigor este mês e brasileiros nas redes sociais expressaram emoções mistas antes de sua implementação.

Na semana anterior à primeira aplicação do novo imposto – de sexta-feira, 26 de julho, até quinta-feira, 1º de agosto – a Latam Intersect Intelligence realizou um Relatório de Análise Emocional, baseado na tecnologia Delta Analytics, que identificou uma mistura de sentimentos nas cinco principais plataformas de redes sociais.

Analisando conversas no Facebook, Instagram, TikTok e Twitter/X sobre o tema ‘imposto de importação’, o relatório revelou que os usuários das redes sociais se sentiram majoritariamente surpresos no Facebook, com uma mistura de expectativa e medo no Instagram, medo e felicidade no TikTok, e raiva e medo no Twitter/X.

As maiores emoções registradas foram 67,74% de surpresa no Facebook, 33,33% de medo no Twitter/X, 29,49% de expectativa no Instagram e 28,17% de felicidade no TikTok.

“Medo e surpresa não são as melhores emoções para registrar antes do que provou ser um problema político altamente controverso para o governo brasileiro,” comenta Roger Darashah, co-diretor da Latam Intersect PR. “E embora haja alguma felicidade refletida no TikTok, além de expectativa no Instagram, a perspectiva é em grande parte negativa.”

O governo introduziu este novo imposto de importação, que adiciona 20% sobre compras de até 50 dólares em itens importados de fora do Brasil, em uma tentativa de nivelar o campo de jogo entre os varejistas nacionais e sua concorrência internacional – como Shopee, Shein e AliExpress. Eles argumentam que, ao tributar essas compras, o governo pode gerar uma receita estimada de R$ 1,3 bilhão em 2024, e R$ 2,7 bilhões em 2025, que pode então ser redirecionada para financiar investimentos e desenvolvimento nacional.

No entanto, não apenas 7 em cada 10 brasileiros gostam de comprar itens de sites internacionais, mas são os grupos de consumidores de menor renda que serão desproporcionalmente afetados. “O Presidente Lula sempre governou o Brasil com a promessa de estar ao lado da classe trabalhadora e dos brasileiros mais pobres, especialmente no que diz respeito ao acesso a financiamentos e bens de consumo,” explica Roger. “Esta nova lei, no entanto – pelo menos em termos de ótica – o coloca contra as próprias pessoas em cujo nome ele afirma governar.”

“Também afetará desproporcionalmente os jovens e as mulheres, que são estatisticamente mais propensos a fazer compras online,” ele continua. “O governo agora está em uma corrida contra o tempo para mostrar resultados positivos e benefícios para pequenas empresas locais e consumidores a fim de reconquistar a confiança de muitos grupos demográficos importantes nessa questão.”

Resta saber como as plataformas de redes sociais, que também são o lar de vozes jovens, continuarão a reagir a este tópico à medida que mais pessoas pagarem os novos impostos adicionados na próxima vez que fizerem uma compra.

“Certamente é algo que continuaremos a monitorar,” conclui Roger. “E talvez o governo fosse sábio em fazer uso da nossa análise emocional, pois a tecnologia permite que marcas e organizações vejam o mundo (ou uma questão particular) através dos olhos de outros; ou seja, da maneira como eles (ou seja, consumidores, informados ou não) buscam um determinado produto ou informação, de uma maneira puramente (e exclusivamente) não solicitada e não condicionada.”

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  • Data: 19/08/2024 03:08
  • Alterado:19/08/2024 15:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria









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