Biblioteca Mário de Andrade (BMA) – Programação de agosto

Confira a programação completa

  • Data: 01/08/2024 09:08
  • Alterado: 01/08/2024 09:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Secretaria Municipal de Cultura
Biblioteca Mário de Andrade (BMA) – Programação de agosto

Biblioteca Mário de Andrade

Crédito:Reprodução - Facebook - Biblioteca Mário de Andrade

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Exposição

Construo assim minha própria carne

com Aun Helden, Sansa Rope e Nuno Q. Ramalho

Curadoria Alice Granada

de 8 de junho a 11 de agosto

Sala de exposições (3º andar)

CONSTRUO ASSIM MINHA PRÓPRIA CARNE explora as interseções e divergências entre diversas práticas de construção sócio-bio- tecnológica do corpo que, rejeitando um conceito de naturalidade como aceitação passiva das condições de formação dadas pela sorte, decide tomar as rédeas de seu próprio desenvolvimento, buscando atualizar em sua própria estrutura física a virtualidade imaginada por si. Do bombeamento de silicone industrial no esculpir do corpo histórico travesti à injeção de synthol no fluffing bodybuilder, passando pelo uso de intervenções cirúrgicas e hormônios sintéticos para anular ou reforçar a expressão corporal de gênero, criando e destruindo conscientemente seus próprios músculos, gordura e ossos, tais práticas materializam igualmente sonhos e pesadelos da carne. Com curadoria de Alice Granada, a exposição traz obras de três artistas: Aun Helden apresenta performance cuja pesquisa pode ser resumida na seguinte questão: o que resta quando recusa-se a mulher à aspiração por um corpo nos moldes da hiperfeminilidade esperada pela hegemonia cisnormativa? Sansa Rope expõe sua estréia no suporte escultórico, no qual explora a mesma pergunta, em sentido inverso: que pesadelos são incorporados quando aceitamos tornarmo-nos a imagem extrema das expectativas dominantes sobre o corpo feminino? Por fim, Nuno Q. Ramalho expõe pela primeira vez em São Paulo seu trabalho em mural, em recorte que explora a relação entre o anamorfismo de suas imagens – projetadas para transbordar a planitude das paredes – e a dismorfia corporal que com frequência motiva a corrida incessante rumo ao devir-monstro, sobretudo masculino, observado em subculturas fisiculturistas.

Alice Granada é curadora independente de arte contemporânea. Iniciou sua pesquisa no ambiente digital através da página @ artes.alheias e com a exposição virtual O Mundo É Digital, Mas Alguém Ainda Tem Que Fazer o Almoço (2022), como parte da The Wrong Biennale. Em 2023, curou as exposições Sagrado Abjeto (Galeria Cândido Portinari, UERJ), bufê dinamite (Projeto Caroço, São Paulo), Cronicamente Online (25M Sala de Projetos, São Paulo) e Instabilidade Fundamental (OMA Galeria, São Paulo). Integrou ainda o júri dos 14o e 15o Salão dos Artistas Sem Galeria, organizado pelo Mapa das Artes na Zipper Galeria (São Paulo). Advogada, é sócia do escritório Nakagawa Baptista & Baptista Advogados, e é formada pela Université Lumière Lyon 2 (2018) e pela Universidade de São Paulo (2018), onde também é mestre em Sociologia do Direito (2023).

Aun Helden é uma artista transdisciplinar brasileira que, utilizando de diferentes linguagens como a performance, a dança, o cinema e a fotografia, desenvolve percepções sobre novos imaginários de um corpo, criando linguagens que escapam à expetativa humana, tudo em consonância com a sua pesquisa semiótica e epistemológica sobre identidades. O seu trabalho é feito através de pinceladas sintéticas, movendo a estrutura de um corpo como se este fosse uma escultura prestes a falhar. Criando uma simbiose entre estruturas não-humanas e o processo identitário de um corpo, a artista cria óperas visuais de narrativas que parecem ficções, mas que na verdade são fricções entre o corpo-sonho criado por Aun e o mundo e a realidade que o rodeia. Seu trabalho já foi performado e exibido em festivais como Berlin Atonal (Alemanha), WHITEHOUSE (Japão), One Gee in Fog (Suiça), Saigon Gallery (Grécia) e Opyum Contemporary Festival (França).

Sansa Rope (1993, São Paulo) é artista, performer e educadora. Pesquisadora de shibari desde 2016, a artista compreende que é possível explorar as amarrações em fronteiras que transbordem o físico em travessias que mergulham as corporalidades em reflexões políticas, geracionais, estéticas e performáticas. Como performer, participou da 16a edição da Verbo – Mostra de Performance Arte na galeria Vermelho (São Paulo, SP, 2022), da exposição Sagrado Abjeto na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ, 2023), bem como do 33o Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo – CCSP com o trabalho Há Quedas Por Vir, co-criado com Erica Storer (indicada ao Prêmio PIPA 2023), além de outros trabalhos. Ainda, participou como performer no clipe da faixa AMEIANOITE (Pabllo Vittar e Gloria Groove, prod. Nidia Aranha, 2022).

Nuno Q. Ramalho (Rio de Janeiro RJ, 1995) é um artista visual, professor e curador. Sua pesquisa está interessada em explorar as relações entre imagens, Desejo, corpos e espaços dentro do contexto contemporâneo das tecnologias de informação. Seu trabalho acontece, principalmente através de desenhos, pinturas e murais, a exploração de materiais, técnicas e superfícies é feita com o intuito de ‘dar corpo‘ para imagens digitalmente apropriadas e manipuladas que coagulam desejos, narrativas e ideologias. Suas obras nascem de uma pesquisa arqueologica de livre-associação, porém, interessada nas explorações limítrofes do corpo, do desejo e da sexualidade. Formado em comunicação social pela PUC-Rio, além de frequentador constante da EAV Parque Lage. Atualmente também dá aulas de pintura em seu curso ‘Problema da Pintura’ e faz parte do coletivo “Escola de Desenho Humaitá”. Participou de exposições coletivas como: Tubarões sabem da existência de camelos (2021), Decomposição e fetiche (2022), Apocalypse now: são tantos apocalipses (2022), Dentro de ti (2022), Sagrado Abjeto (2023) e Do Desenho (2024).

Exposição

Nosotros hablamos la misma lengua

de Ana Teixeira

de 6 de julho a 8 de setembro

Espaço Tula Pilar Ferreira

Com a instalação “Nosotros hablamos la misma lengua”, Ana Teixeira traz para a Biblioteca Mário de Andrade uma obra sonora e visual, com a qual os visitantes poderão interagir. Para criar esta obra a artista selecionou do dicionário espanhol-português todas as palavras com igual grafia e significado em ambos os idiomas. São 2613 palavras que revestem um cubo em cujo tampo está um livro de páginas tripartidas que podem ser manipuladas, contendo 99 das palavras, separadas em substantivos, verbos e advérbios. Cada parte pode ser folheada individualmente, possibilitando a formação de frases em centenas de combinações diferentes. Instalado no centro da sala, o cubo pode ser pensado como um pequeno monumento a celebrar os idiomas português e espanhol em suas imbricações semânticas, resquícios da origem única das duas línguas. Nas paredes serão adesivadas algumas das dezenas de frases possíveis de serem formadas com as palavras que estão no Cubo-Livro. Um áudio instalado na sala reproduz todas as palavras pronunciadas, simultaneamente, em espanhol e português. A sonoridade destas duas línguas sobrepostas preencherá o espaço, denunciando o que as outras partes da obra não esclarecem totalmente: que são dois os idiomas.

Ana Teixeira tem como foco de seu trabalho as interações humanas e as maneiras que escolhemos para nos relacionar, contar nossas histórias e nos comunicarmos. Há vinte e cinco anos Ana desenvolve ações e intervenções tanto em espaços públicos quando em espaços institucionais. TROCO SONHOS, sua primeira ação urbana, é realizada pela primeira vez em 1998 no Viaduto do Chá no centro de São Paulo. O trabalho acontece na rua quando a artista monta uma mesa com a oferta: “TROCO SONHOS”. Em troca, oferece à pessoa que lhe deu lhe conta seu sonho, um outro – nesse caso, o bolinho frito e doce muito conhecido no Brasil. O trabalho de Teixeira ocorre nessa troca direta com o espectador em um ambiente fora dos costumeiramente direcionados à arte e para um público não-especializado. Esse trabalho de escuta é recorrente em outros projetos como em ESCUTO HISTÓRIAS DE AMOR (2005-2013), que foi realizado em nove países e apresentado como uma instalação sonora e visual em Toronto, no Canadá em 2008. A palavra é outro componente importante da obra de Ana Teixeira. O jogo de significados e de aproximações entre termos compõem o sentido poético e filosófico das ações. Em NÓS EM MIM (2012-2019), a artista estampa advérbios em boias de piscina que podem ser conectadas por uma corda e formar frases como “AGORA NUNCA MAIS”, “SEMPRE NÃO” ou “NÃO MAIS, MAS AINDA”. São centenas de milhares de possibilidades. Já o trabalho CALA A BOCA JÁ MORREU (2019-2021), nasce a partir de uma pergunta proposta a mulheres nas ruas de São Paulo: “O que você não quer mais calar?”. Ao conversar com as participantes, a artista as ajuda a chegar a uma frase que sintetize o que ela não deseja mais ser silenciado. Ana, então, escreve a frase em um cartaz e a participante é fotografada com ele. Essas fotos são referências para desenhos que a artista reproduz em grande formato nas paredes do Centro Universitário Maria Antonia, em 2019, na exposição individual comemorativa aos seus 20 anos de produção. E ainda, no mesmo ano, no Museu Arte Brasileira da FAAP, durante a exposição do Prêmio Marco Antonio Vilaça. Em 2021, na fachada e nos jardins da Biblioteca Mário de Andrade em São Paulo, o trabalho foi configurado como uma instalação sonora com as frases recolhidas nas conversas e gravadas por 101 mulheres cisgêneros, transexuais e travestis. A biblioteca, geralmente um local de recolhimento e silêncio, foi transformada em megafone ressonante para dar voz a esses grupos historicamente silenciados pela violência física e simbólica de uma sociedade patriarcal. Ana Teixeira desenvolve um trabalho que se utiliza de diferentes suportes e manifesta particular interesse pelo desenho e a palavra. O seu principal foco é a arte participativa, herdeira que é do pensamento de importantes artistas do século 20, como Hélio Oiticica, Lygia Pape e Lygia Clark. A artista publicou os livros: Para que algo aconteça (2018), uma compilação de vinte anos de seu trabalho, com textos críticos de curadores e historiadores da arte; Minhas duas avós (infantil – 2017); Cala a boca já morreu! Leitura e coleta de Textos. Silenciamento feminino no acervo da Biblioteca Mário de Andrade (2021). Participou de programas de residência artística no Brasil, Alemanha, Chile, Dinamarca e Canadá, e de exposições em diferentes partes do mundo.

Exposição

Ódio, Mário, Ódio, de Venes Caitano

Curadoria de Gilberto Maringoni

12 de julho a 20 de setembro de 2024

Saguão e 1º andar – Hemeroteca

Exposição individual do cartunista Venes Caitano, com curadoria de Gilberto Maringoni. Os cartuns selecionados têm relação com o poema “Ode ao burguês”, de Mário de Andrade.

Venes Caitano é um experiente cartunista e ilustrador que colabora regularmente com grandes veículos de comunicação, como a Folha de São Paulo e a Carta Capital. Ao longo de sua carreira, teve suas obras selecionadas para diversos salões de humor, no Brasil e no exterior. Em 2012, iniciou sua graduação em Cinema de Animação na Universidade Federal de Minas Gerais, e desde então dedica-se ao humor gráfico, contribuindo com jornais, revistas e editoras de livros.

TEMA – TURMAS DE ESCRITA DA MÁRIO – 2024

Com o objetivo de fomentar a reflexão e a prática da escrita criativa, inicialmente em quatro linguagens – poesia, HQ, prosa e escrita para as infâncias – a Biblioteca Mário de Andrade, da Secretaria de Cultura do Município de São Paulo, lança o projeto TEMA – Turmas de Escrita da Mário. As turmas de escrita serão divididas conforme as linguagens trabalhadas e as aulas, algumas presenciais e outras online, serão ministradas durante todo o ano de 2024, sempre às quintas feiras pela tarde. Cada linguagem terá dois mediadores – com exceção do Tema Prosa, que terá três. Os mediadores serão escritores e escritoras com carreira artística sólida, que representam referências em suas áreas de atuação. A matrícula é gratuita e por ordem de inscrição. As inscrições serão feitas exclusivamente online.

Programação:

TEMA 3 – ESCREVER PROSA – quintas, das 15 às 17h

Inscrições de 22 a 26 de julho – https://forms.gle/nufeTyAMCSrAN2v46

Mediação de Cidinha da Silva – foco em crônica (presencial) – 1, 8, 15 e 22 de agosto

Teatro adulto

A idade da peste

Solo e direção de Cácia Goulart. Dramaturgia de Reni Adriano.

Segundas-feiras 5, 12, 19, 26 de agosto, 19h

Auditório

Espetáculo sobre a chamada “branquitude”. O exercício de franqueza de uma mulher branca sobre a perversão de seu próprio status identitário torna “A Idade da Peste” uma assombrosa reflexão em que pensar o racismo é um debate sobre o mal.

Em 26 de julho, palestra pós espetáculo com o dramaturgo Reni Adriano e Cácia Goulart: “A idade da peste – Uma reflexão sobre a branquitude”.

Classificação indicativa: 16 anos.

Teatro infantil

Ladeira das crianças, com Grupo Rosas Periféricas

Sábados, 03, 10, 17 e 24 de agosto, 14h

Auditório

No bonde da ladeira tem criança que sonha em ser DJ, menino curioso para saber o que há dentro do pote, menina de cabelo de nuvem; tem criança igual a todo mundo que foi criança um dia e morou na periferia. As histórias de crianças periféricas ganham a cena e revelam seus desejos e sonhos, embalados pelo ritmo do funk e com o grupo Rosas Periféricas.

Classificação indicativa: a partir de 3 anos

CICLO DE LITERATURA E PSICANÁLISE 2024 – BIBLIOTECA MÁRIO DE ANDRADE

Rua da Consolação, 94, República

Proximo às estações Anhangabaú e República do metrô

Senhas para acesso 1h antes, na recepção

Gratuito e presencial

Correalização: Luis Fernando Santos e Paulina Schmidtbauer

Especial

Psicanálise e literatura: surrealismos

de 1 a 21 de agosto

Podemos dizer que, em sua essência, todo o projeto surrealista era aproximar-se o máximo possível do que André Breton e companhia sempre consideraram como o supra-sumo da criatividade humana: o sonho. Elegeram Sigmund Freud como uma espécie de patrono à revelia e passaram décadas tentando purificar a atividade criativa de qualquer racionalidade e consciência. Estas eram as amarras das quais a arte tinha que se livrar para ser verdadeira. Essa espécie de cruzada contra tudo que fosse burguês, adequado e adaptado com certeza reverberou para muito além das artes da época, determinando um novo chão a partir do qual se pensariam as artes e a literatura. “Psicanálise e literatura: surrealismos” traz um ciclo de mesas entre especialistas em literatura e psicanálise, que debaterão obras literárias a partir da disciplina mesma que inspirou o Surrealismo em si, surrealismos literários de lá e de agora, da Europa à comunidades indígenas brasileiras, modos autênticos e libertos de enxergar uma realidade desoprimida. A atividade antecipa o IV Festival Mário de Andrade, cujo tema central é o movimento.

Quinta-feira, 1 de agosto, 19h

A agressividade e o homoerotismo

Obra: “Os Cantos de Maldoror” – Conde de Lautréamont

com Christian Dunker e Alexandre Patrício

mediação de Luis Santos

auditório

Quarta-feira, 7 de agosto, 19h

Sonho, delírio e arte: aproximações entre a psicanálise e o surrealismo

Obra: “Gradiva”, de Willhem Jensen

com Pedro Heliodoro e Silvia Nogueira

mediação de Rodrigo Veinert

auditório

Quinta-feira, 8 de agosto, 19h

Repetição e trauma

Obra: “Na casa dos sonhos”, de Carmen Maria Machado

com Tatiana Pequeno e Aline Rocha

mediação de Gabi Soutello

auditório

Sexta,-feira, 9 de agosto, 19h

Toda beleza será convulsiva: a estética da histeria

Obra: “Cinquentenário da Histeria”, Breton & Aragon

com Gustavo Henrique Dionísio e Paulo Jeronymo

mediação de Mario Sagayama

auditório

Quinta-feira, 15 de agosto, 19h

Etnopoéticas ameríndias

Obra: “A mulher que virou um urutau”, de Olívio Jekupé

com Malu Brant, João Pentagna e Cristino Wapichana

mediação de William Figueiredo

  • apresentação musical de Coral Guarani

auditório

Sexta-feira, 16 de agosto, 19h

O Cadáver saboroso e a narrativa do inconsciente

Obra: “A História dos Meus Dentes”, Valeria Luiselli

com Tatiana Furquim do Prado Valladares e Giovana Bartucci

mediação de Aryanne Rocha

hemeroteca

Terça-feira, 20 de agosto, 19h

Autoficção, a narração do eu e a reconstrução da identidade

Obra: “Mudar: Método”, Édouard Louis

com Taís Bravo e Eliane De Christo

mediação de Martha Lopes

auditório

Quarta-feira, 21 de agosto, 19h

Fazer brinquedos com palavras

Obra: “Livro sobre nada”, de Manoel de Barros

com Flávio Ferraz e Rubens Volich

mediação de Astréa Ribeiro

auditório

Especial

Onda Coreana na Mário

Aulas, encontros, oficina e ciclo de filmes

13 a 28 de agosto de 2024

Em parceria com o Consulado Geral da República da Coreia por meio do Centro de Educação Coreana em São Paulo (KEISP), a Mário promove em agosto atividades que terão como tema e rica a diversificada cultura sul-coreana, desde as tradicionais até as contemporâneas. Toda a programação é gratuita e presencial. Para a oficina de caligrafia, é preciso fazer a inscrição pelo link: https://forms.gle/2Bnb8ELnqL49ALcZ7

Ciclo de filmes: horror coreano

Auditório

Terça-feira, 6 de agosto, 17h

Sede de sangue

de Park Chan-Wook , 2010, 133min

Um padre é infectado com um vírus mortal e transforma-se em um vampiro após receber uma transfusão de sangue de um desconhecido.

16 anos

Terça-feira, 6 de agosto, 19h15

De repente na escuridão

de Go Yeong-nam, 1981, 95min

Uma mulher suspeita da infidelidade do marido após a chegada de uma jovem empregada com uma boneca misteriosa. Comparável a “Hanyo, a empregada” de 1960, o filme mescla terror psicológico com comentários sociais. Considerado uma obra-prima cult, foi lançado em alta definição em 2017.

16 anos

Quinta-feira, 22 de agosto, 19h

Hanyo, a empregada

de Kim Ki-young, 1960, 111min

O compositor de meia-idade Dong Sik tem uma vida atarefada com sua esposa grávida e seus dois filhos. Ele contrata uma empregada doméstica para ajudar na casa, mas a jovem estranha tem outros planos em mente quando começa a seduzir Dong Sik.

16 anos

Sexta-feira, 23 de agosto, 19h

Tudo em família

Kim Jee-Woon, 1998, 98min

Filme de terror e comédia. A história gira em torno de uma família que possui um pavilhão de caça em uma área remota, cujos clientes sempre acabam morrendo. Entre o elenco principal do filme estão Choi Min-sik e Song Kang-ho antes do estrelato.

Encontros de dança tradicional coreana

com Moon Hee Lee Kim

Terças-feiras, 13, 15, 20, 22, 27 e 29 de agosto, das 19h às 20h

Terraço

Imersão nas ricas e vibrantes tradições culturais da Coreia do Sul, explorando movimentos e coreografias históricas. Os participantes vivenciarão as técnicas e os significados por trás de danças clássicas coreanas.

Moon Hee Lee, 48 anos, é uma renomada artista e promotora da cultura tradicional coreana, graduada pela Escola Nacional de Artes Tradicionais Coreanas e pelo Instituto de Artes de Seul. Vice-Presidente da Associação Coreana do Brasil (2022-2023) e Diretora de Cultura da Kowin Brasil, ela é membro fundadora do grupo GAMUSEUNG e Diretora da Associação de Preservação Acadêmica de Dança Han Young-sook na Coreia do Sul. Como Diretora do Instituto Coreano de Dança Tradicional no Brasil, planejou e dirigiu o 15º, 16º e 17º Festival da Cultura Coreana. Suas apresentações culturais incluem festivais no Uruguai, Paraguai e Guatemala, além de diversas cidades brasileiras.

Palestra

Literatura coreana contemporânea

com Luis Girão

Quarta-feira, 14 de agosto, das 15 às 17h

Auditório

Palestra sobre literatura coreana contemporânea que explora obras modernas e significativas, abordando temas atuais e refletindo as mudanças sociais na Coreia.

Luis Girão é professor visitante do curso de Letras – Coreano da USP desde 2023, realizando estágio pós-doutoral pela mesma instituição desde 2022. Escreve e orienta pesquisas no campo da literatura coreana, seja infantil ou adulta, bem como no campo da tradução literária. Atua como agente e tradutor de literatura coreana pela ARA Cultural desde 2020, apresentando obras da Coreia para o mercado editorial brasileiro. É especialista, com mestrado e doutorado, na obra da autora coreana Suzy Lee, no campo da literatura infantil, tendo ministrado cursos de graduação, pós-graduação e extensão na USP, PUC-SP, UFPel e UFPB. É membro associado da International Research Society for Children’s Literature (IRSCL), da Korean Literature Association (KLA) e da Korea Association of Literature for Children and Young Adults (KALCYA).

Palestra

Culinária coreana

com João Son

Quarta-feira, 14 de agosto, das 15 às 17h

Área de convivência

Aula introdutória de culinária coreana que demonstra receitas tradicionais e técnicas básicas, permitindo uma imersão nos sabores autênticos da Coreia.

João Son nasceu em Seul e mudou-se para o Brasil jovem, onde aprendeu a culinária coreana com sua mãe. Desde 2011, ele promove a culinária coreana através de cursos e eventos, como a Korea Expo 2014 e a Festa das Nações de Piracicaba. Ele lançou o livro “Hansik: 50 receitas da culinária coreana reveladas por João Son” e criou a Hansik Academy para ensinar técnicas de culinária coreana. João Son também leva a gastronomia coreana para escolas e atualmente comanda o restaurante The Han K Food, focado em fast food coreano.

Palestra

Cultura pop coreana

com Min Ho Kim

Quarta-feira, 28 de agosto, das 15 às 17h

Auditório

Aula introdutória de K-pop e K-dramas, para explorar os fenômenos culturais, tendências musicais e narrativas que conquistaram fãs no mundo todo.

Min Ho Kim, nascido em 28 de dezembro de 1993, emigrou para o Brasil aos 8 anos de idade. Graduado em Relações Públicas pela Universidade de São Paulo (2017-2020), possui ampla experiência como professor de língua coreana, tendo atuado em instituições como a Escola de Língua Coreana Sunkyo (2012-2018), o Centro Cultural Hallyu (2016-2019) e o Centro de Educação Coreana em São Paulo (2024-presente). Fluente em coreano, português e inglês, Min Ho é certificado com o TOPIK Nível 6 e CAE Nível C1. Além disso, trabalhou como intérprete freelancer em eventos de destaque e como analista de produção de conteúdo educacional na Vignoli Comunicação Ltda. Desde 2023, é assistente de vendas trilíngue na Eco Diagnostica. Entusiasta da cultura coreana e do K-Pop, Min Ho também apresenta o podcast “Coreano com Tio Minô” no Spotify.

Oficina

Caligrafia coreana

com Sung Ju Na

Quarta-feira, 28 de agosto, das 15 às 17h

Hemeroteca (20 vagas)

Inscrições pelo link: https://forms.gle/2Bnb8ELnqL49ALcZ7

Oficina introdutória de caligrafia, que ensina técnicas básicas e tradições do alfabeto coreano.

Sung Ju Na é um renomado diretor criativo e artista de caligrafia, com um Mestrado em Multimídia pela Universidade Hongik. Ele foi Diretor Criativo na Cheil Communications e fundou a Associação de Caligrafia Coreana no Brasil em 2007. Sung Ju Na organizou importantes eventos culturais, incluindo a Exposição de Pintura Coreana nas Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016. Membro do Conselho Consultivo Democrático da Coreia no Brasil e Vice-Presidente da 33ª Associação Coreana no Brasil, ele possui cinco exposições individuais e 25 coletivas. Atualmente, ensina caligrafia e pintura no Centro Cultural Coreano no Brasil.

Sons & Letras

com Luiz Tatit. Mediação de Arthur Nogueira

Quarta-feira, 14 de agosto, 19h

Auditório

O linguista, compositor, músico e professor Luiz Tatit conversa com o poeta, músico e produtor musical Arthur Nogueira sobre suas letras de canções.

Música na Mário

Maíra canta Martinho – piano e voz, com Maíra Freitas

Sexta-feira, 16 de agosto, 19h

Auditório

Maíra Freitas homenageia Martinho da Vila, com repertório de seu pai, com um olhar artístico, mas também afetivo. A cantora, compositora e pianista também incluirá algumas composições que não podem faltar em seus shows.

Maíra Freitas é cantora, pianista, compositora e produtora musical brasileira. Seu estilo mescla sua trajetória musical vinda do estudo do piano clássico e jazzístico assim como suas raízes na ancestralidade e na cultura do samba. Filha de Martinho da Vila, Maíra começou seus estudos de piano aos 7 anos e é formada em piano pela Escola de Música da UFRJ. Esteve imersa na música clássica até meados de 2010 fazendo concursos de piano, tocando com orquestra, obtendo prêmios no Brasil e no exterior assim como cursos e Master Classes na àrea. A partir de 2011 se descobre cantora e lança o disco Maíra Freitas produzido por sua irmã Mart’nalia e lançado pela Biscoito Fino. Em 2015 lança seu segundo disco “Piano e Batucada” também pela Biscoito Fino e com patrocínio da Natura Musical. Em 2023 lançou com a banda Jazz das Minas o disco Ayé Òrun, inteiramente feito por mulheres. Bastante elogiada pela critica, faz show em diversas capitais brasileiras também se apresentando no exterior. Ao longo de sua trajetória passou por vários países como Portugal, Espanha, Alemanha, Suíça, Noruega, Bulgaria, Uruguai, Argentina, Chile, Japão, Angola, Estados Unidos e outros. Trabalhou com grandes nomes da música brasileira como Chico Buarque, Maria Rita, Luiz Melodia, Jards Macalé, Gilberto Gil, Elza Soares, Djavan, Joâo Donato, Maria Bethânia, Chico Chico, Zezé Motta, Teresa Cristina, Sandra de Sá, entre outros.

Exposição

“Proposta para uma nova Via Crucis”, de Darcy Penteado

Curadoria de Jaqueline Ferreira

17 de agosto a 27 de outubro

3º andar

A Exposição Via Crucis, com curadoria de Jaqueline Ferreira, é uma homenagem ao artista Darcy Penteado, de 1966, com 10 quadros 81X81 (colagem), com obras das mais emblemáticas desse artista que esteve presente no Masp, Bienais nacionais e internacionais. A exposição, além de participar da programação do centenário do surrealismo na Biblioteca Mário de Andrade, também fará parte do movimento Darcy Penteado Rumo aos 100 anos, que começou em abril de 2024 e irá até 2026.

Darcy decidiu experimentar a colagem talvez influenciado por Picasso e Braque quando estava no auge da carreira. Aos 40 anos, vivendo na Itália, tinha acabado de se destacar na Bienal Internacional de São Paulo e conquistado seu espaço no mundo das artes. E esse artista tão difuso decidiu “brincar” com vários materiais, como tecidos, recortes de jornal, fotografias, ampliações de imagens, grafismos, desenhos com materiais diferentes (carvão, nanquim e óleo).

Mais de 50 anos depois, “Proposta para uma nova Via Crucis”; segue mais atual do que nunca, não apenas pelo tema, mas, sobretudo, pela técnica. O artista surpreende pela riqueza do conjunto de sua obra, pela quantidade de detalhes, de diferentes estéticas artísticas Darcy Penteado dispensa apresentações, mas, não, isso não é verdade. Esse artista de São Roque, que ainda criança despertou seus sentidos para a arte, tem uma obra tão vasta e diversificada que parece ainda não nos ter sido totalmente apresentado. Alguns podem conhecê-lo por seus retratos a bico de pena, outros por seus figurinos para teatro ou pelos desenhos hipercoloridos, retratando cenas de infância. Sem falar em sua militância a favor dos direitos dos homossexuais, quando se intitulava o “criador da arte erótico-homossexual no Brasil”. São muitos os Darcy, e essa exposição que a curadoria propõe, tem orgulho de apresentar apenas uma das facetas desse artista. Mas Darcy Penteado, suas obras e sua militância merecem sempre novas apresentações.

Terças na pauta

Recital “Reverência”, por Lídia Bazarian

Terça-feira, 27 de agosto, 19h

Auditório

Lidia Bazarian reverencia neste recital autores brasileiros excepcionais que lhe são muito caros e fazem parte de sua trajetória como pianista e musicista. Marisa Rezende, que comemora 80 anos de existência com sua infinita sensibilidade criativa e Aylton Escobar que festeja 80 anos de energia produtiva e versatilidade. Marcos Branda Lacerda, que faz 70 anos, na plenitude de sua veia lírica e dramática, e Silvio Ferraz, comemorando 65 anos, com sua expressiva, potente e depurada sonoridade. No recital estão presentes também, o belíssimo estudo de György Ligeti e prelúdios de Alexander Scriabin, um dos autores que forjaram a música inovadora do século XX. São criadores contemporâneos que nos iluminam com sua arte.

Repertório:

György Ligeti – Étude 5: Arc-en-ciel – primeiro livro de estudos (1985)

Marcos Branda Lacerda – Agar em três movimentos (2018) I movimento II-III movimentos

Aylton Escobar – Movimento de Sonata (1967)

Alexander Scriabin – Prelúdios op.11 n° 9, 10, 11, 12, 13 e 14. (1894-1896)

Silvio Ferraz – Intermezzo 2 (2013) Capriccio (2014)

Marisa Rezende – Miragem (2009) Contrastes (2001) Ressonâncias (1983)

Clube de leituras antirracistas

Com Lubiana Prates e Vini Aleixo

Quarta-feira, 28 de agosto, da 19 às 21h

mensalmente (últimas quartas-feiras do mês)

Online

Inscrições pelo link: https://forms.gle/Y1eFjNaks8BFuq5b9

O Clube de Leitura Antirracista pretende ser uma forma de exercitar tecnologias políticas e existenciais – contundentes e afetivas – para aprender a “habitar o tempo da incerteza”, na feliz expressão de Ailton Krenak. Busca, também, por meio de textos científicos, ensaios, contos, poesia e imagens (fotografia e vídeo), cultivar formas de ler, ver e sentir plurais – opostas à caixa de pandora das intolerâncias libertadas pela ascensão do facismo no país. Por isso, a palavra ancestralidade e refazimento político e existencial nos é preciosa na curadoria e mediação das obras e autores(as) para cada encontro, virtual. Se percebemos cada vez mais a potência de artistas, ativistas e pessoas negras e indígenas em diversas áreas, sendo agentes de suas próprias falas e culturas, simultaneamente, vivemos um momento em que se escancara ainda mais a letalidade da história única. Nesse contexto, convidamos à leitura e construção de possíveis novos horizontes imaginativos e futuros a partir do diálogo com artistas, pensadoras e pensadores negros e indígenas, como Neusa Santos, Maria Aparecida Bento, bell hooks, Achille Mbembe, Sílvio de Almeida, Davi Kopenawa, entre outros (as).

Os textos a serem discutidos são:

28 de agosto

A queda do céu: Palavras de um xamã yanomami. Davi Kopenawa, Bruce Albert.

25 setembro (devido o aniversário de bell hooks)

‘Renegados’ revolucionários: americanos nativos, afro-americanos e indígenas negros, Olhares Negros – raça e representação, bell hooks. As alianças afetivas (entrevista), Ailton Krenak.

30 de outubro

Tudo sobre o amor. bell hooks.

27 de novembro

Pactos narcísicos no racismo: branquitude e poder nas organizações empresariais e no poder público. Maria Aparecida Silva Bento.

Vinebaldo Aleixo de Souza Filho (Vine Aleixo) é doutorando no departamento de Sociologia da Unicamp, onde pesquisa autorias negras no mercado editorial independente. É, também, educador e mediador cultural, com experiência em instituições culturais, como Fundação Bienal de São Paulo, Caixa Cultural e rede Sesc de São Paulo. Participou entre 2014 e 2016 do Núcleo de Educação Étnico-racial da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, onde ministrou cursos e palestras para a implementação da lei 11.645/08, que tornou obrigatório o ensino, em toda rede pública e privada, da história e cultura indígena, negra e africana.

Lubi Prates (1986, São Paulo / SP / Brasil) é poeta, tradutora, editora e curadora de Literatura. Tem quatro livros publicados (coração na boca, 2012; triz, 2016; um corpo negro, 2018; até aqui, 2021). “um corpo negro” foi contemplado pelo PROAC com bolsa de criação e publicação de poesia e, além de ter sido finalista do 4º Prêmio Rio de Literatura e do 61º Prêmio Jabuti, também foi traduzido e publicado na Argentina, Colômbia, Croácia, Estados Unidos, França, Portugal e Suíça; com publicação na Alemanha e Itália prevista para 2024. “até aqui” foi finalista do 64º Prêmio Jabuti. Tem diversas publicações em antologias e revistas nacionais e internacionais. Co-organizou os festivais literários para visibilidade de poetas, [eu sou poeta] (São Paulo, 2016) e Otro modo de ser (Barcelona, 2018) e do 3º Festival Mário de Andrade (São Paulo, 2023) e também participou de outros festivais literários no Brasil e em outros países da América Latina e da Europa. Traduziu autoras como Maya Angelou, Audre Lorde, June Jordan, Lucille Clifton, Dionne Brand, Flora Nwapa, entre outras. Foi jurada do Prêmio Sesc de Literatura, Prêmio Oceanos e Prêmio Jabuti. É sócia-fundadora e editora da nossa editora. Dedica-se à ações que combatem a invisibilidade de mulheres e negros. É doutora em Psicologia do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (USP).

Especial

Performance de lançamento: audioguia de visita guiada à Biblioteca Mário de Andrade

Com os atores Rodrigo Bolzan e Leonardo Ventura

Quinta-feira, 29 de agosto, 15h

Auditório

A Biblioteca Mário de Andrade por seus diretores desde 1942 e audição de trechos do Audioguia.

O audioguia da Visita Guiada à Biblioteca Mário de Andrade foi gravado em junho de 2024 a partir de textos pesquisados e produzidos pela Ação Cultural da BMA em conjunto com todas as Supervisões e todos os(as) bibliotecários(as) responsáveis por cada setor, incluindo a Hemeroteca. São 17 “passos” que serão disponibilizados um a um para audição em celulares etc. – por meio de QR Codes impressos – à entrada de cada ambiente descrito.

Classificação indicativa: livre

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  • Data: 01/08/2024 09:08
  • Alterado:01/08/2024 09:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Secretaria Municipal de Cultura









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