Campanha de Osteoporose em Santo André detecta problema em 31 mulheres

A Campanha de Osteoporose de Santo André, promovida na rede municipal de Saúde de 24 a 28 de junho, realizou 307 ultrassonografias ósseas de calcâneo, exame preliminar para se detectar a doença que tem maior incidência no sexo feminino. Do público total, 31 mulheres na pós-menopausa e acima de 60 anos registraram o problema. Agora, todas foram agendadas para a realização de densitometria óssea, procedimento mais complexo e que define o diagnóstico do problema.

No balanço da campanha, outras 36 usuárias do SUS (Sistema Único de Saúde) apresentaram osteopenia, espécie de condição fisiológica que indica sinais de diminuição de massa óssea. “É praticamente um caminho para a paciente desenvolver a osteoporose”, afirmou o médico José Carlos de Araújo, coordenador do Programa de Saúde da Mulher, que é vinculado ao Departamento de Assistência à Saúde de Santo André. As 36 mulheres foram encaminhadas para o Ambulatório de Osteoporose, equipamento municipal criado em maio de 2010 e que atende, em média, 80 pacientes por mês na Vila Vitória.

Dos 307 exames de ultrassonografias ósseas, 240 não apontaram a doença. A campanha foi realizada em parceria com a Indústria Farmacêutica Eli Lilly, responsável pelo fornecimento do equipamento, operador e todo material (insumos) utilizados. Os exames de densitometria óssea também estão a cargo da empresa.

A osteoporose é uma doença sem dor ou sintoma, que significa a descalcificação progressiva dos ossos. Estudos científicos na área comprovam que, um terço de todas as mulheres acima de 65 anos, terá osteoporose. Entre as principais causas estão menopausa, idade avançada, histórico familiar e constituição física magra. É mais frequente na raça branca e em asiáticas. “Nas mulheres menopausadas há perda de massa óssea por falta de hormônio”, afirmou o médico.

O tratamento da osteoporose deve ser feito por médicos especializados. Alguns medicamentos estabilizam o quadro da doença ou melhoram o problema. O que representa evitar maiores complicações e reduzir o risco de fraturas – acima de 70 anos, segundo o médico, 50% das mulheres terão algum tipo de fratura: fêmur ou coluna. O exercício físico mais adequado é a caminhada, de baixo impacto, sempre após recomendação médica.  Os alimentos ricos em cálcio e vitamina D, como leite e derivados (iogurtes e queijos), são ideais, mas a carne vermelha, refrigerante, café e sal devem ser evitados.