Ciclo de Cinema e Psicanálise do MIS traz sucesso Pobres Criaturas para a edição de julho

Vencedor do Oscar 2024 em diversas categorias, incluindo “Melhor Filme”, longa de Yorgos Lanthimos ganha sessão gratuita seguida por debate no dia 16/7

  • Data: 15/07/2024 21:07
  • Alterado: 15/07/2024 21:07
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria
Ciclo de Cinema e Psicanálise do MIS traz sucesso Pobres Criaturas para a edição de julho

Bella Baxter (interpretada por Emma Stone, vencedora do Oscar 2024 como melhor atriz pelo papel) em cena do filme “Pobres Criaturas”

Crédito:Divulgação

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Na edição de julho, o Ciclo de Cinema e Psicanálise do MIS, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, exibe um dos longas-metragens mais premiados do último ano: Pobres Criaturas. O filme dirigido por Yorgos Lanthimos foi vencedor em quatro categorias do Oscar 2024, incluindo “Melhor Filme” e “Melhor Atriz” para Emma Stone, que interpreta a protagonista Bella Baxter. o filme também venceu o Leão de Ouro de Melhor longa da edição de 2023 do Festival de Veneza. Após a sessão, que acontece no dia 16/7, às 19h, haverá um debate com a psicanalista Maria Bernardete Amendola Contart de Assis e com o jornalista Guilherme Genestreti, com mediação da curadora do programa, Luciana Saddi.

O Ciclo de Cinema e Psicanálise do MIS é um programa mensal, em parceria com a Folha de S. Paulo, que apresenta um filme seguido de debate mediado por Luciana Saddi, coordenadora de cinema e psicanálise da Diretoria de Cultura e Comunidade da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP). Em seguida, o público pode participar com perguntas, integrando novas perspectivas sobre a obra discutida.

Sobre o filme

Pobres Criaturas (“Poor Things” – dir. Yorgos Lanthimos, EUA; Reino Unido, 2023, 141 min, 16 anos) – A jovem Bella Baxter (Emma Stone) é trazida de volta à vida pelo cientista Dr. Godwin Baxter (Willem Dafoe). Querendo ver mais do mundo, ela foge com um advogado e viaja pelos continentes. Livre dos preconceitos de sua época, Bella exige igualdade e libertação.

Pobres Criaturas – por Luciana Saddi

“Pobres Criaturas, de Yorgos Lanthimos, livremente inspirado em Frankenstein, de Mary Shelley, narra as estranhas e surpreendentes aventuras de Bella Baxter (Emma Stone), após ser trazida de volta à vida pelo médico e cientista nada ortodoxo Godwin Baxter (Willem Dafoe), que a submete a um transplante de cérebro. Com o cérebro substituído pelo do filho que estava em seu ventre, Bella terá que reaprender a viver. Extremamente curiosa, querendo conhecer mais do mundo e do sexo, foge com um advogado, com quem viaja pelos quatro continentes, exigindo igualdade e libertação.

A estética do filme remete o espectador a uma paródia entre futurismo barroco e era vitoriana – não por acaso, Bella encarna a revolução feminista, que tem início no século XIX. A trajetória da personagem poderia ser resumida assim: de objeto sexual à autonomia. No caminho, destaca-se a conquista da sexualidade, o conhecimento do corpo e do próprio prazer, além da responsabilidade por si mesma. Bella, adulta com cérebro de criança, desafia a sociedade patriarcal ao não se enquadrar nos estereótipos de papeis designados à mulher.

Freud (1905) se referiu ao nojo, náusea, repulsa e vergonha como elementos originais do superego. Apontou que tais sentimentos se ligavam às representações repelidas pela consciência, interdições sociais e culturais ligadas à sexualidade ou agressividade. Bella é transgressora exatamente por não sentir os indicadores do recalcado. Se assemelha a magnífica personagem de Hilda Hilst, Lori Lamb, que desfruta dos prazeres sexuais sem nojo ou vergonha.

Os controles sociais são, principalmente, controles exercidos sob os corpos, ainda que as “almas” possam se sentir livres, é sempre o corpo que não tem para onde ir ou fugir. Ao libertar o corpo das amarras vitorianas, a personagem se emancipa, ganha poder sobre o próprio destino, voz – e, sobretudo, incomoda”, conclui Luciana Saddi.

Sobre os debatedores

Maria Bernardete Amendola Contart de Assis é psicóloga, psicanalista, membro efetivo com funções didáticas da SBPRP e membro associado da SBPSP. Mestre e Doutora em Psicologia Escolar pelo Instituto de Psicologia da USP, sob orientação do Dr. Lino de Macedo. Ex-docente da FFCL-USP de Ribeirão Preto, nas disciplinas de Psicologia Educacional, Psicologia do Desenvolvimento e Ludoterapia.

Guilherme Genestreti é jornalista, editor de Folhinha, Folhateen e Turismo na Folha de S.Paulo, com passagem pela editoria de Ilustrada, na qual foi repórter de cinema.

Sobre a mediadora

Luciana Saddi é psicanalista e escritora, membro efetivo e docente da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP), mestre em Psicologia pela PUC-SP e diretora de Cultura e Comunidade da SBPSP (2017/2020). É autora de “Educação para a morte” (Ed. Patuá), coautora dos livros “Alcoolismo – série o que fazer?” (Ed. Blucher) e “Maconha: os diversos aspectos, da história ao uso”. Além disso, Saddi é fundadora do Grupo Corpo e Cultura e coordenadora do Programa de Cinema e Psicanálise da Diretoria de Cultura e Comunidade da SBPSP em parceria com o MIS e a Folha de São Paulo.

A programação é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo e Museu da Imagem e do Som, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O MIS tem patrocínio institucional das empresas Livelo, B3, John Deere, NTT Data, TozziniFreire Advogados, Grupo Comolatti e Sabesp e apoio institucional das empresas Vivo, Grupo Travelex Confidence, PWC, Colégio Albert Sabin, Unipar e Telium. O apoio operacional é Kaspersky, Pestana Hotel Group, Quality Faria Lima, Hilton Garden Inn São Paulo Rebouças, Renaissance São Paulo Hotel, Pipo Restaurante, illycaffè e Sorvetes Los Los.

Serviço | Ciclo de Cinema e Psicanálise – “Pobres Criaturas”

Local: Auditório MIS (172 lugares) | Museu da Imagem e do Som – MIS | Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo

Data: 16.07, às 19h

Ingresso: gratuito (retirada com uma hora de antecedência na bilheteria do MIS – um ingresso por pessoa)

Classificação indicativa: 14 anos

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  • Data: 15/07/2024 09:07
  • Alterado:15/07/2024 21:07
  • Autor: Redação
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