Estrutura e tecnologia para tratar esgoto promovem saúde e preservam os córregos e o rio Tamanduateí
Os moradores de Mauá, em ações simples do seu dia a dia, como lavar as mãos e louças, tomar banho ou acionar a descarga do banheiro, movimentam milhões de litros de água, que se transformam em esgoto. Para proporcionar bem-estar e saúde à população, o esgoto é coletado e recebe tratamento adequado antes de retornar […]
- Data: 12/07/2024 10:07
- Alterado: 12/07/2024 10:07
- Autor: Redação
- Fonte: BRK
BRK
Crédito:Divulgação
Os moradores de Mauá, em ações simples do seu dia a dia, como lavar as mãos e louças, tomar banho ou acionar a descarga do banheiro, movimentam milhões de litros de água, que se transformam em esgoto. Para proporcionar bem-estar e saúde à população, o esgoto é coletado e recebe tratamento adequado antes de retornar aos córregos e ao rio Tamanduateí, garantindo a preservação do meio ambiente.
A BRK, concessionária responsável pelos serviços de esgoto no município, opera uma estrutura formada por 615 quilômetros de redes coletoras e interceptores, além de seis estações de bombeamento instaladas em diversos bairros da cidade e uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE – Mauá), localizada no bairro Capuava.
Com capacidade para tratar 100% do esgoto coletado, a Estação de Tratamento de Esgoto de Mauá conta com três tanques de tratamento, que operam em ciclos de quatro horas e têm capacidade para tratar uma vazão de 375 litros por segundo cada um, totalizando 1.125 litros por segundo. Isso significa que o volume de cada tanque é de quase 19 milhões de litros, ou seja, os três juntos equivalem a 24 piscinas olímpicas.
Evaristo Reis, responsável pela área de operações da BRK em Mauá, explica que o tratamento adequado do esgoto é fundamental para prevenir a transmissão de doenças de veiculação hídrica e preservar os recursos hídricos.
“Ao chegar na ETE Mauá, o esgoto passa por algumas etapas. Todo o tratamento ocorre de forma biológica, da mesma forma que a natureza faz em seus processos de autodepuração dos corpos hídricos, garantindo que o efluente tratado volte para rios e córregos livre de poluentes. Todos os processos são realizados atendendo plenamente às legislações”, afirma Evaristo.
Mauá se destaca por ter atingido os índices de 91% de tratamento e 95% de coleta de esgoto, alcançando 10 anos antes as metas do Novo Marco do Saneamento que preconiza que, até 2033, todos os municípios brasileiros devam ter 90% da população atendida com os serviços de coleta e tratamento de esgoto.
Confira o passo a passo para o tratamento do esgoto:
Todo o esgoto coletado na cidade segue por meio dos interceptores, situados às margens do Rio Tamanduateí, até a Estação Elevatória de Esgoto Final (EEE – Final) localizada no bairro Santa Cecilia. De lá é bombeado até a Estação de Tratamento de Esgoto.
O tratamento ocorre por etapas. Na primeira delas, o esgoto bruto passa pelas grades mecanizadas, que retiram os resíduos maiores por meio de um processo chamado gradeamento. Na sequência, o esgoto passa pelo processo de remoção de areia e é encaminhado para os biorreatores, onde o tratamento biológico tem início. Nessa fase, microrganismos se encarregam de eliminar os poluentes. Para que isso aconteça, é necessário um fluxo constante de ar dentro dos biorreatores, controlado por cinco sopradores que suprem a necessidade de oxigênio e permitem que os microrganismos removam os contaminantes orgânicos.
O modelo de tratamento adotado na ETE – Mauá é chamado de Advanced Sequencing Batch Reactor (ASBR) ou Reatores Sequenciais por Batelada Avançada. Essa é uma tecnologia canadense que opera por meio de ciclos operacionais pré-estabelecidos e dispensa a utilização de produtos químicos. Portanto, todo o tratamento é feito de forma biológica, da mesma forma que a natureza faz em seus processos de autodepuração dos corpos hídricos, garantindo que o efluente tratado volte para rios e córregos livre de poluentes.
Ao final desse processo, a parte líquida, já tratada e com a qualidade exigida pelas normas legais, é separada da parte sólida e lançada no leito do rio Tamanduateí. O resíduo sólido, por sua vez, é encaminhado para o aterro sanitário.