Cresce o mercado de trabalho em estabelecimentos locais com mudanças pós-pandemia
Durante o período de dezembro de 2020 a abril de 2024, o varejo nacional registrou aumento de 12,1% no número de empregos formais, totalizando 764.056 novas vagas
- Data: 01/07/2024 14:07
- Alterado: 01/07/2024 14:07
- Autor: RedaçãoABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Comércio
Crédito:Rovena Rosa - Agência Brasil
O varejo de proximidade, caracterizado por estabelecimentos menores e estrategicamente localizados, viu seu mercado de trabalho expandir de forma significativa no Brasil. Segundo a FecomercioSP, baseando-se nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), a variação do estoque de empregos nos chamados “varejos de vizinhança” foi mais de três vezes superior à taxa geral registrada por todo o setor no período de 40 meses.
Durante o período de dezembro de 2020 a abril de 2024, o varejo nacional registrou aumento de 12,1% no número de empregos formais, totalizando 764.056 novas vagas. Em contraste, o varejo de mercadorias – especificamente lojas de conveniência – liderou esse crescimento, com salto de 43,7% no número de vagas, passando de 23.037 para 33.095 novos postos de trabalho, segundo o Caged.
Além das lojas de conveniência, outros segmentos do varejo de proximidade também apresentaram crescimento expressivo no mercado de trabalho. O varejo de doces, balas, bombons e produtos similares registrou aumento de 38,8% no número de empregos, seguido pelos setores de bebidas (38,1%), materiais hidráulicos (34,8%) e elétricos (30,5%).
“Embora o avanço dessa modalidade de comércio já fosse conhecido a pandemia foi um fator determinante para acelerar os seus efeitos”, apontou a Fecomercio. “A transformação social ocorrida no período, frente à redução da mobilidade de consumidores e aos avanços do home office e do trabalho híbrido, levou o comércio, principalmente dos grandes centros, a se ajustar a essa nova realidade, na qual os consumidores buscam mais praticidade”, completou.
Contudo, a federação de comércio paulista alerta que embora esse tipo de negócio esteja alinhado com as mudanças de hábitos dos consumidores, também há desafios operacionais, em especial no longo prazo. “Ainda que essas lojas trabalhem com margens menos apertadas, elas convivem com um tíquete médio menor valor médio das compras em relação aos negócios maiores, o que traz o desafio de os empreendedores sustentarem também um maior giro de clientes”, finaliza.