Edições Sesc SP lançam Ideias e formas virais, com ensaios sobre a Semana de 22
Coletânea organizada pelo jornalista e editor Alvaro Machado traz artigos sobre a influência da Semana de Arte Moderna em artes cênicas, música e cinema do Brasil no século XX
- Data: 14/05/2024 13:05
- Alterado: 14/05/2024 13:05
- Autor: Redação
- Fonte: Sesc-SP
Lançamento acontece no dia 15 de maio, quarta, às 19h, no Teatro Oficina
Crédito:Divulgação
As Edições Sesc lançam, dia 15 de maio, quarta-feira, às 19h, no Teatro Oficina, o livro Ideias e Formas Virais: o modernismo de 1922 em artes cênicas, música e cinema, organizado por Alvaro Machado. A obra é uma coletânea de artigos de críticos e pesquisadores como Veronica Stigger, Sérgio de Carvalho e Gutemberg Medeiros (1964-2023) com ensaios sobre artistas como Flávio de Carvalho, Mário de Andrade e Patrícia Galvão. Traz, ainda, a participação especial de José Celso Martinez Corrêa (1937-2023), em texto sobre O rei da vela e outras peças de Oswald de Andrade. O lançamento conta com um bate-papo entre o autor Alvaro Machado, o ator Marcelo Drummond e a pesquisadora Maria Lívia Nobre Goes, seguido de sessão de autógrafos.
Cada capítulo começa com um texto-síntese, seguido de transcrições e análises entremeadas por uma rica seleção de imagens que documentam os temas em discussão. Na introdução, Alvaro Machado traça um panorama da “fascinante aventura da modernização cênica brasileira, sobretudo no Rio de Janeiro das décadas de 1920 e 1930”: como essa cena se relaciona com a performatividade dos modernistas de 22 e como o espírito da Semana influenciou os movimentos cênicos e artísticos das décadas posteriores.
No primeiro capítulo, Sérgio de Carvalho analisa o teatro na obra de Mário de Andrade, enfocando, entre outros textos dramáticos, o Monólogo dum elefante do Circo Sarrasani (1925), que prenuncia estilisticamente Macunaína (1928). A seguir, Luiz Fernando Ramos aborda a crítica teatral modernista de Alcântara Machado; e, no texto Circo, chanchada e deboche no petardo do avesso, José Celso Martinez Corrêa traz, junto a Alvaro Machado, uma análise que parte de sua encenação feita em 1967 de O rei da vela, de Oswald de Andrade, no Teatro Oficina, que acabou por influenciar uma geração de atores, músicos e diretores em busca de estéticas inovadoras na década de 1960.
A jornalista e escritora Verônica Stigger enfoca a contribuição do multiartista paulistano Flávio de Carvalho para o teatro, enquanto Maria Lívia Nobre Goes articula teatro, política e vanguarda na trajetória de Patrícia Galvão. Pagu também é tema do ensaio de Gutemberg Medeiros, enquanto Irineu Franco Perpetuo aborda as “três noites do barulho” que reuniram os paulistas com o maestro carioca Heitor Villa-Lobos no Theatro Municipal de São Paulo naquele fevereiro de 1922, concentrando-se na expressão musical do modernismo brasileiro. Encerrando o volume, Luiz Nazario analisa como o movimento modernista foi prolífico no cinema brasileiro, em especial no Cinema Novo e na obra de Glauber Rocha.
Conforme escreveu Danilo Santos de Miranda (1943-2023) no texto de apresentação da coletânea, “o amálgama de estímulos estéticos propiciado pela obra cênica moderna, conquanto tardio na terra que deu vida a Macunaíma, viralizará século XX afora, assumindo papel-chave na trajetória da modernização das artes no Brasil”.
O leitor encontrará neste volume inúmeras evidências da importância das artes do espetáculo para as iniciativas de inovação nos processos criativos e a ampliação das referências cênicas, musicais e visuais nos anos 1920-1930, assim como no contexto da contracultura, quando a Tropicália, o Cinema Novo e a poesia concreta concorreram para o resgate do modernismo.
Orna Levin (orelha do livro)
A capa e o projeto gráfico do livro são assinados por Homem de Melo & Troia Design.
SOBRE O ORGANIZADOR
Alvaro Machado é jornalista, doutor em teatro pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da ECA-USP, com biografia do dramaturgo e escritor argentino Tulio Carella (1912-1979). Autor de diversos livros sobre artes cênicas e literatura, em 1987 traduziu e coordenou a edição do clássico da literatura persa A linguagem dos pássaros, de Farid ud-Din Attar (Attar Editorial, 1987). Na Editora Cosac Naify, organizou e editou, entre 2002 e 2014, 22 títulos nas áreas de cinema, fotografia e moda. Foi repórter, editor e crítico de artes dos cadernos Ilustrada, da Folha de S.Paulo, e Caderno 2, de O Estado de S. Paulo. É curador de artes cênicas da Biblioteca Municipal Mário de Andrade (SP) desde 2017.
SOBRE AS EDIÇÕES SESC SÃO PAULO
Pautadas pelos conceitos de educação permanente e acesso à cultura, as Edições Sesc São Paulo publicam livros em diversas áreas do conhecimento e em diálogo com a programação do Sesc. A editora apresenta um catálogo variado, voltado à preservação e à difusão de conteúdos sobre os múltiplos aspectos da contemporaneidade. Seus títulos estão disponíveis nas Lojas Sesc, na livraria virtual do Portal Sesc São Paulo, nas principais livrarias e em aplicativos como Google Play e Apple Store.
Ficha Técnica:Ideias e Formas Virais: O modernismo de 1922 em artes cênicas, música e cinemaOrganizador: Alvaro MachadoEdições Sesc São Paulo, 2023Número de páginas: 296ISBN: 978-85-9493-270-9Preço de capa: R$ 72,00 |
Os títulos das Edições Sesc São Paulo podem ser adquiridos em todas as unidades do Sesc São Paulo, nas principais livrarias, em aplicativos como Apple Store e Google Play e também pelo portal www.sescsp.org.br/livraria
Serviço
Lançamento do livro Ideias e Formas Virais: O modernismo de 1922 em artes cênicas, música e cinema, de Alvaro Machado
Dia 15 de maio, quarta-feira, às 19h
Bate-papo com o autor Alvaro Machado, o ator Marcelo Drummond e a pesquisadora Maria Lívia Nobre Goes, seguido de sessão de autógrafos
Teatro Oficina
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Telefone – 11-3106-2818
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