BJK Cup: brasileiras contam com a torcida e alemãs descartam retrospecto positivo
Tenistas alemãs dizem não ser favoritas apesar de terem vencido último duelo; brasileiras se apoiam na torcida de casa
- Data: 11/04/2024 15:04
- Alterado: 11/04/2024 15:04
- Autor: Rodilei Morais
- Fonte: ABCdoABC
Time Brasil na Billie Jean King Cup
Crédito:Rodilei Morais/ABCdoABC
Com a definição das partidas do encontro entre Brasil e Alemanha válido pela Billie Jean King Cup, as tenistas de ambos países falaram sobre sua preparação e as expectativas para os confrontos desse fim de semana no Ginásio do Ibirapuera. A BJK Cup acontece nos dias 12 e 13 de abril na capital paulista.
Beatriz Haddad Maia, tenista número 1 do Brasil e 13ª no ranking mundial, tem sido o centro das atenções em sua passagem pelo Brasil — como a WTA (Associação de Tênis Feminino) não realiza torneios por aqui, são raros os seus jogos em casa. Bia, porém, não quer que todos os holofotes estejam nela. “Cada uma de nós representa [o tênis feminino brasileiro], com sua forma, sua atitude, seu caráter,” declara a tenista.
E ela tem razão. Laura Pigossi, que faz o segundo jogo da sexta-feira, ganhou dois ouros nos Jogos Pan-Americanos de Santiago em 2023 e é medalhista olímpica ao lado de Luisa Stefani. Número 11 no ranking de duplas, Stefani está escalada para o possível jogo em pares no sábado. Completam o time Carolina Meligeni e Ingrid Martins, que também então entre as brasileiras mais bem sucedidas do tênis atualmente.
Brasil jogando em casa na BJK Cup
Jogar com todo o apoio da torcida não é o costume para algumas representantes do Time Brasil, já que elas passam a maior parte da temporada em outros países. Além disso, é a primeira vez em 20 anos que a BJK Cup aterrisa em solo paulista. Nas últimas iterações de jogos competição no país, as brasileiras jogaram em Brasília e Florianópolis.
“A torcida com certeza ajuda, a energia vai estar a nosso favor,” comenta Stefani. “A gente tem tudo para deixar a alma e o coração ali dentro [da quadra] e trazer essa vitória para casa.” Cada lote de ingresso disponibilizado para o confronto foi altamente disputado e o Ginásio do Ibirapuera promete estar lotado nos dois dias do evento.
As atletas também estão cientes das expectativas que decorrem de tudo isso. “Estamos representando muito mais que só a gente,” comenta Ingrid Martins. Elas, porém, acreditam no trabalho que vêm desenvolvendo e confiam em um resultado positivo. “É sempre um prazer representar o Brasil,” completa a tenista.
Independentemente do que acontecer em quadra, o peso do Time Brasil nessa BJK Cup — com quatro nomes podendo disputar as Olimpíadas de Paris — e o momento que o esporte vive no país já é algo histórico. “Deixar esse legado é o mais bacana,” diz Bia. “Espero que a gente aproveite essa semana para fazer a diferença no esporte feminino.”
O que o Time Alemanha espera da BJK Cup
Com um retrospecto de cinco vitórias sobre o Brasil na Billie Jean King Cup — e apenas uma derrota, que foi por W.O. — a Alemanha não quer se apoiar no histórico positivo contra as brasileiras. “No final do dia, nós temos que começar tudo do zero,” afirma Laura Siegemund. A número 85 do ranking acredita que cada jogo é um jogo e “não dá para contar com o passado.”
Aos 36 anos, Laura será a adversária de Bia Haddad na primeira partida de amanhã. As duas já se encontraram três vezes em torneios da WTA, com duas vitórias do lado alemão. A partida mais recente, porém, foi um triunfo da brasileira em 2019, por 2 sets a 0. Além dela, Tatjana Maria — uma das poucas tenistas que fazem a batida de esquerda com apenas uma mão —, número 66 no ranking, entra em quadra nos jogos de simples.
Com o retrospecto de um lado e o apoio da torcida do outro, tudo está em aberto para o fim de semana no Ginásio do Ibirapuera. “Será um grande desafio,” conclui Siegemund.