São Paulo sofre, mas vence o frágil Cobresal e dá sobrevida a Carpini
Mesmo com a superioridade no papel, São Paulo teve dificuldades para vencer duelo pela Libertadores
- Data: 11/04/2024 00:04
- Alterado: 11/04/2024 00:04
- Autor: Redação
- Fonte: Estadão Conteúdo/Ricardo Magatti
Crédito:Reprodução/SPFC
O São Paulo jogou mal e encontrou dificuldades diante do frágil Cobresal, mas deixou seu torcedor aliviado e deu sobrevida ao criticado Thiago Carpini, ao marcar duas vezes nos minutos finais e ganhar do modesto rival chileno por 2 a 0 nesta quarta-feira.
Conquistada com gols de André Silva e Calleri, ambos no fim da partida, a primeira vitória na Libertadores levanta o moral do time tricolor e evita que a equipe se complique no Grupo B. São três pontos somados que tiram o São Paulo da lanterna da chave depois do revés na estreia para o Talleres, na Argentina.
O MorumBis esteve cheio de são-paulinos ávidos por ver um bom futebol diante de um rival frágil e que não venceu um jogo sequer na temporada. Mas o que eles viram foi um jogo pobre do time treinado por Thiago Carpini, que ouviu vaias e lida com pressão cada vez maior.
É verdade que o São Paulo até criou para descer ao intervalo em vantagem. Embora lento, o time, armado com três zagueiros, encontrou oportunidades, mas não derrubou o bloqueio dos chilenos. Calleri acertou uma bola na trave, Luciano perdeu chance dentro da área e James Rodríguez, sempre perseguido por mais de um marcador, parou no goleiro.
Faltaram velocidade, objetividade, criatividade e eficiência aos donos da casa, que irritaram sua torcida contra um adversário com evidentes limitações e que é o lanterna do Campeonato Chileno. É esperado que o Cobresal termine também em último da chave na Libertadores.
No segundo tempo, Luciano até foi às redes no início, mas o gol não valeu porque a arbitragem percebeu a posição irregular de Calleri, responsável pela assistência. O cenário continuou parecido ao da etapa inicial: lentidão e incompetência na criação das jogadas do São Paulo, que geralmente descolava uma pressão ofensiva a partir de uma bola rebatida, de algum lance individual ou de um dos muitos cruzamentos para a área.
As limitações técnicas não impediram o Cobresal de causar dificuldades no bagunçado São Paulo. Não fosse Rafael, o time chileno poderia ter deixado o MorumBis com uma vitória histórica O goleiro defendeu cabeceio de Diego Coelho e finalização de Messias e evitou um vexame são-paulino.
Na base da pressão, o São Paulo conseguiu seu gol e deu sobrevida a Carpini. O MorumBis explodiu de alegria e alívio com um gol chorado, o primeiro de André Silva pelo time tricolor. A forma como a equipe foi às redes sintetiza a noite sofrida do clube paulista. O atacante, que entrara na reta final do jogo, aproveitou rebote após mais uma jogada aérea e, dentro da pequena área, cutucou de sola para as redes.
Em vantagem no placar, o São Paulo encontrou mais espaços e, quatro minutos depois, fez o segundo gol. Completamente livre na área, Calleri marcou e definiu o suado triunfo são-paulino.
FICHA TÉCNICA: SÃO PAULO 2 X 0 COBRESAL
SÃO PAULO – Rafael; Diego Costa, Arboleda, Ferraresi; Igor Vinícius (Erick), Pablo Maia (Galoppo), Alisson, James Rodríguez (Rodrigo Nestor), Michel Araújo (William Gomes); Luciano (André Silva) e Calleri. Técnico: Thiago Carpini.
COBRESAL – Requena; Bechtholdt (Toro), Alarcón e Sandoval; Pacheco, Navarro, Mesias (Filla), Valência (Lezcano) e Munder; García (Lobos) e Julio Castro. Técnico: Gustavo Huerta.
GOLS – André Silva, aos 38, e Calleri, aos 42 do segundo tempo.
ÁRBITRO – Carlos Ortega (Colômbia).
CARTÕES AMARELOS – Pablo Maia, Luciano, Julio Castro, Bechtholdt, Galoppo, Valencia, Navarro, Filla, Thiago Carpini.
PÚBLICO – 49.502 tocedores.
RENDA – R$ 3.643.692,50.
LOCAL – MorumBis, em São Paulo (SP).