Diadema conversa com mães e familiares de pessoas no espectro autista
Encontro promovido pelo Conselho da Pessoa com Deficiência celebrou o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo / Fotos: Mauro Pedroso
- Data: 03/04/2024 16:04
- Alterado: 03/04/2024 16:04
- Autor: Redação
- Fonte: PMD
Crédito: Mauro Pedroso
Na última terça-feira (02), O Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (COMPEDE) e o Coletivo Mães de Autistas de Diadema (MAD) promoveram um bate-papo com familiares e profissionais que convivem com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) para discutir suas demandas e acolher as dúvidas da população. O encontro foi na Biblioteca de Inclusão Nogueira e celebrou o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo.
Monalisa Silva, do MAD, contou que a formação do coletivo se deu pensando exclusivamente na criação de um município melhor para os seus filhos. “Eu não sabia nada sobre autismo, até a chegada do meu filho. Com o diagnóstico em mãos, a gente pensa que já está tudo resolvido, mas não está: o poder público ainda engatinha nas ações para esta população e tivemos que conquistar cada avanço com unhas e dentes,” afirmou. “Escolas precisam se preparar para incluir alunos com TEA, a saúde precisa fazer um acompanhamento individualizado, e o coletivo surgiu a partir desses embates. Se hoje temos Agentes Escolares no Concurso Público da prefeitura, coisa inexistente há dois anos atrás, isso se deu graças à persistência do MAD e ao diálogo aberto com o governo.”
Uma das fundadoras do movimento, Joelina Vieira, é mãe do garoto Jefferson, de 7 anos. “Hoje eu acordei feliz porque estou vendo as coisas avançando,” completou. “A prefeitura reconhecendo o Dia Mundial, divulgando o evento, conversando conosco. Ainda é pouco, mas está bem melhor do que antes, que não tinha nada.”
Segundo a presidente do COMPEDE, Claudia Del Monte, foi uma oportunidade para aproximar poder público e comunidade e de fortalecer os direitos das pessoas com TEA. “Para o Conselho, é importante fazer essa escuta, uma vez que desde 2012 são garantidos às pessoas com TEA os mesmos direitos que já são garantidos às pessoas com deficiência”, explicou ela, que é psicóloga e coordenadora do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) Centro-Oeste. “Só na rede escolar municipal são centenas de crianças no espectro, fora as que frequentam a APAE, as escolas estaduais, os adultos. Toda essa população precisa ser atendida integralmente e é isso que estamos fazendo aqui hoje. Essas mães não estão sozinhas.”