Mulheres ocupam todas as vagas de medicina do Provão Paulista na capital

Nova avaliação abre as portas das universidades e faculdades paulistas a cerca de 15 mil estudantes das escolas públicas; conheça a história de duas futuras médicas, ex-alunas da rede estadual de SP

  • Data: 12/03/2024 14:03
  • Alterado: 12/03/2024 14:03
  • Autor: Redação
  • Fonte: Governo de SP
Mulheres ocupam todas as vagas de medicina do Provão Paulista na capital

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Crédito:Seduc-SP

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Apenas meninas foram aprovadas na capital de São Paulo para o curso mais disputado do país no Provão Paulista Seriado. Seis ex-alunas da rede estadual vão cursar medicina graças à nova avaliação do Governo de São Paulo, que deu oportunidade de acesso direto aos alunos da rede às universidades e faculdades públicas estaduais.

As estudantes concluíram o Ensino Médio nas escolas estaduais Canuto do Val, no Bom Retiro, e Maria José, na Bela Vista, no centro da capital, na Escola Estadual Oswaldo Catalano, no Tatuapé, zona leste, e nas escolas Professor Leopoldo Santana, no Capão Redondo, República do Panamá, na Vila das Belezas, e Professor Francisco Antonio Martins Junior, no Jardim São Bento, essas últimas na zona sul de São Paulo.

Das seis aprovadas, quatro delas deram início à jornada para serem futuras médicas logo após o Carnaval no campus de São Paulo da USP, uma delas no campus de Bauru, também da USP, e outra na Unicamp, em Campinas.

Ana Luísa Sterza, da escola no Capão Redondo, lembra do dia da aprovação na USP como o dia mais feliz de sua vida. Filha de professora, foi a mãe, hoje vice-diretora de uma escola estadual, a primeira a confirmar o nome de Ana Luísa na lista de aprovados e pedir a uma tia que acordasse a futura médica. “Primeiro, eu fiquei em choque e, depois, passei o dia todo chorando de emoção. Minha família inteira passou pela minha casa no dia para comemorar comigo”, conta a garota.

Aprovada na USP, ela cancelou a matrícula no cursinho onde estudaria com bolsa de 90% para tentar a vaga em medicina. Plano cancelado graças ao Provão. “Senti que o Provão ajudou a todos os estudantes de escola pública. Tenho ciência de que não conseguiria competir com alunos de escolas particulares ou com quem faz cursinho há muito tempo para entrar na USP”, afirma.

Também da zona sul, Suelen Rodrigues Lopes precisou cancelar uma matrícula na USP para cursar medicina na Unicamp. Antes da aprovação no Provão Paulista para medicina, a jovem tinha conquistado sua segunda opção na Fuvest, para odontologia. Suelen é a primeira pessoa da sua família na universidade — o pai concluiu o Ensino Fundamental e a mãe, o Ensino Médio. Antes da mudança para Campinas, Suelen morava com a mãe, o pai e uma irmã bebê na zona sul da capital.

A jovem deixa um recado para estudantes que farão o Provão em 2024 pensando em uma vaga na universidade em 2025. “Tenham foco, busquem disciplina e constância e procurem um ponto de referência para motivar os estudos. Durante minha preparação, o que me ajudou a seguir firme foi sempre lembrar da minha família, que tanto amo, e pensar que entrar na faculdade seria uma possibilidade de mudar nossa situação de vida”, lembra ela.

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  • Data: 12/03/2024 02:03
  • Alterado:12/03/2024 14:03
  • Autor: Redação
  • Fonte: Governo de SP









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