Neoplasias acometem mais de 700 mil brasileiros por ano
Dia Mundial do Câncer alerta para prevenção e diagnóstico precoce da doença
- Data: 05/02/2024 09:02
- Alterado: 05/02/2024 09:02
- Autor: Redação
- Fonte: Prefeitura de São Paulo
Plano de Saúde
Crédito:Marcello Casal Jr - Agência Brasil
O câncer é a segunda causa de mortes no Brasil e no mundo, ficando atrás apenas de doenças cardiovasculares, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Só no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), são esperados 704 mil novos diagnósticos por ano dos vários tipos de neoplasias até 2025. Na capital, o diagnóstico de câncer pode ser feito em todos os equipamentos de saúde, começando pelas unidades básicas de saúde (UBS), Hospitais Dia (HD) e hospitais municipais, com encaminhamento para diagnóstico final e tratamento nos centros oncológicos que integram a Rede de Oncologia do município de São Paulo.
Para promover a conscientização sobre a doença, a União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) criou o Dia Mundial do Câncer, lembrado no dia 4 de fevereiro.
Termo abrange mais de 100 doenças
O câncer ocorre quando há uma proliferação anormal das células, que fogem parcial ou totalmente ao controle do organismo. O termo na verdade abrange mais de 100 doenças que têm em comum este crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos vizinhos.
Os sintomas podem variar dependendo de onde o câncer está localizado, mas os sinais de alerta incluem:
- enjoos e vômitos frequentes;
- sangue na urina e/ou fezes;
- falta de apetite;
- fadiga;
- perda de peso inexplicável;
- febre recorrente;
- tosse crônica;
- pintas pelo corpo que mudam de cor, textura ou tamanho;
- dor persistente.
Os tratamentos variam conforme o quadro e local do câncer, sendo os principais a quimioterapia, hormonioterapia e radioterapia.
O câncer de próstata é o mais comum em homens, sendo estimados 72 mil novos casos a cada ano do próximo triênio (2023-2025), ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Já o tipo mais incidente nas mulheres é o câncer de mama, também depois do não melanoma, com estimativa de 74 mil novos casos por ano até 2025. Entre as neoplasias que mais causam mortalidade entre os homens estão o câncer de pulmão, de próstata e colorretal; entre as mulheres, os de mama, de pulmão e colorretal.
Fatores de risco e prevenção
Os fatores de risco modificáveis para o câncer estão relacionados, principalmente, aos hábitos e estilo de vida das pessoas. Por exemplo, o risco de uma pessoa desenvolver câncer de pulmão é maior em pessoas que fumam, bem como a exposição prolongada ao sol sem proteção pode levar ao câncer de pele.
Alguns vírus também estão associados ao surgimento do câncer, como:
- vírus linfotrópico da célula T humana tipo 1 (HTLV-1), associado ao surgimento da leucemia;
- papilomavírus humano (HPV), associado ao câncer no colo do útero;
- hepatite C, associado ao câncer de fígado.
A prevenção do câncer consiste em grande parte na mudança de diversos hábitos que contribuem para o seu surgimento, incluindo evitar a exposição aos fatores de risco da doença e a adoção de um estilo de vida mais saudável. Além disso, é indicado ter o costume de realizar exames de rotina, uma vez que o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura e sobrevida, e sempre que possível conversar com o médico para investigar possíveis causas do câncer e sanar dúvidas sobre a doença.
Diagnóstico e tratamento na rede municipal
No município de São Paulo, o diagnóstico de câncer pode ser feito em todos os equipamentos de saúde, começando pelas unidades básicas de saúde (UBS), Hospitais Dia (HD) e hospitais municipais, com encaminhamento para diagnóstico final e tratamento nos centros oncológicos que integram a Rede de Oncologia do Município de São Paulo. Está sob gestão da SMS o Hospital Municipal Dr. Gilson de C. Marques de Carvalho – Vila Santa Catarina, e prestam serviços contratualizados ao município o Hospital A.C. Camargo, o Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC), o Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc) e o Instituto de Tratamento do Câncer Infantil (Itaci).
Sob gestão estadual estão instituições como o Hospital Pérola Byington, Hospital Brigadeiro, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), Hospital Heliópolis e o Hospital Mandaqui; prestam serviços contratualizados ao Estado instituições como Hospital Santa Marcelina, Instituto do Câncer Arnaldo Vieira de Carvalho (ICAVC) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
De acordo com a 22ª edição do boletim CEInfo em Dados, editado pela Coordenação de Epidemiologia e Informação (CEInfo) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), em 2022 foram realizadas 62.420 internações por neoplasias nos hospitais da cidade de São Paulo, sendo 16.253 em hospitais municipais e 46.167 nos hospitais estaduais, o que correspondeu a 9,8% de todas as internações na cidade. No mesmo período, foram realizadas 35.960 consultas em oncologia clínica na rede municipal de saúde.
Centro Oncológico Bruno Covas
Em maio de 2022 a rede municipal de saúde entregou o Centro de Alta Tecnologia em Diagnóstico e Intervenção Oncológica Bruno Covas, dentro do Hospital Municipal Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho – Vila Santa Catarina, gerenciado pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. A estrutura do centro oncológico é composta por 23 consultórios e o hospital conta com 187 leitos, sendo 49 de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) adulto e pediátrica, além de 98 leitos de oncologia clínica, 30 leitos de oncologia cirúrgica e 10 de pediatria.
Direitos assegurados
Vale destacar que os pacientes com câncer têm vários direitos assegurados por leis específicas, tais como: saque do FGTS, saque do PIS/Pasep, Auxílio-Doença, Amparo Assistencial ao Idoso e ao Deficiente (Loas), entre outros.
Para a lista completa, acesse a página de perguntas frequentes sobre direitos sociais da pessoa com câncer, no site do Inca.