Diadema apresenta clube de trocas a empreendedores da Feira Agroecológica
Iniciativa faz parte dos primeiros passos para a criação de um banco comunitário e uma moeda social na cidade
- Data: 15/12/2023 19:12
- Alterado: 15/12/2023 19:12
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: PMD
Crédito:Divulgação
Empreendedores e expositores da Feira Agroecológica de Diadema receberam, nesta sexta-feira (15), a visita da equipe da Casa da Economia Solidária, ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (SEDET) de Diadema. O objetivo foi apresentar a proposta de criação de um clube de trocas na cidade, um dos passos para a criação de um banco comunitário e uma moeda social diademense.
Clube de Trocas são espaços onde pessoas e grupos produtivos solidários se reúnem para trocar produtos, serviços e saberes por meio de uma moeda social, que tem o nome provisório de “diadema”: 1 diadema (D$ 1) será igual a 1 real (R$ 1).
“Hoje nossa ação teve um cunho mais pedagógico,” explicou o Prof. Ailton Galdino, da Economia Solidária. “Explicamos aos participantes como funciona um clube de trocas e nos colocamos à disposição para responder perguntas e tirar dúvidas. A partir deste primeiro contato, marcaremos uma data para efetivar o clube na prática.”
Para a professora aposentada Lígia Maria Tebexerini, 58, que também faz artesanato em cerâmica e expõe na feira, a ideia é muito interessante. “Ter uma moeda social que circule só por aqui faz com que aumentem os investimentos na cidade e que o nosso dinheiro não saia daqui para São Paulo ou São Bernardo,” comentou. “Eu pretendo adotar e aceitar a moeda assim que for lançada, desde que exista um lugar também para fazer a troca por reais, pois em alguns casos precisamos comprar algo fora que não tem aqui, como é o caso da argila que utilizo. Mas garantindo a troca, tenho certeza que muita gente vai utilizar.”
Essa troca será feita no Banco Comunitário, que também será o guardião da moeda social. “Mas é importante ressaltar que não há moeda social sem envolvimento da sociedade,” pontuou a Professora Gil Pereira, também da Casa da Economia Solidária. “É preciso que o povo se movimente, aceite a moeda e a coloque para circular, para que mais pessoas e mais comerciantes acolham a ideia.”
Tanto o banco comunitário quanto a moeda social são itens do programa de governo do prefeito Filippi e devem entrar em atividade em 2024.