Oito dos pesquisadores mais influentes do mundo são da USP
O Brasil teve 19 pesquisadores na lista dos mais influentes; USP é a instituição brasileira com mais docentes selecionados
- Data: 19/11/2023 17:11
- Alterado: 19/11/2023 17:11
- Autor: Redação
- Fonte: Governo do Estado de SP
Universidade de São Paulo (USP)
Crédito:George Campos/Jornal da USP
Oito docentes da USP estão entre os pesquisadores mais influentes do mundo, de acordo com a avaliação da consultoria britânica Clarivate Analytics, divulgada em 15 de novembro. A Academia Chinesa de Ciências é a instituição de pesquisa com maior número de pesquisadores citados, 270. No ano passado, o primeiro lugar foi da Universidade de Harvard (EUA).
Na classificação, estão os professores Raul Dias dos Santos Filho e Renata Bertazzi Levy, da Faculdade de Medicina (FM); Geoffrey Cannon, Maria Laura da Costa Louzada, Carlos Augusto Monteiro, Jean-Claude Moubarac e Eurídice Martínez Steele, da Faculdade de Saúde Pública (FSP); e Pedro Henrique Santin Brancalion, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq).
Neste ano, foram selecionados 7.127 pesquisadores de 68 países. Os Estados Unidos é o país com maior número de pesquisadores mencionados, 2.669, representando 37,4% do total; em seguida aparece a China, com 1.275; e, em terceiro lugar, o Reino Unido, com 574.
O Brasil teve 19 pesquisadores na lista dos mais influentes. A USP é a instituição brasileira com mais docentes selecionados, oito ao todo. O número se manteve em relação ao ano passado.
David Pendlebury, chefe de Análise de Pesquisa do Instituto de Informação Científica da Clarivate, disse: “A lista de pesquisadores mais influentes identifica e celebra pesquisadores excepcionais na USP, cuja influência significativa e ampla em seus campos resulta em impactos em suas comunidades e inovações que tornam o mundo mais saudável, mais sustentável e mais seguro. Suas contribuições vão muito além de suas realizações individuais, fortalecendo a base da excelência e da inovação na investigação”.
Outras dez instituições brasileiras tiveram pesquisadores mencionados
Além da USP, outras dez instituições brasileiras tiveram pesquisadores mencionados: Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Fundação Oswaldo Cruz e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).
Divulgada anualmente desde 2014, a lista Highly Cited Researchers é elaborada a partir de uma análise da quantidade de citações de artigos publicados por um pesquisador ao longo de uma década, utilizando a plataforma Web of Science. Após a montagem da lista, é feita uma análise quantitativa com a opinião de especialistas.
Veja os docentes da USP entre os mais influentes do mundo:
Pedro Henrique Santin Brancalion (Esalq)
Professor associado do Departamento de Ciências Florestais da Esalq, é o vice-coordenador do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica e membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências. Possui graduação em Engenharia Agronômica e doutorado em Ciências pela Esalq. Atua em temas como manejo e restauração de florestas tropicais de forma economicamente viável e com inclusão social, tendo em vista a coexistência equilibrada dessas florestas com a agricultura e pecuária em paisagens modificadas pelo homem.
Jean-Claude Moubarac (FSP)
É colaborador do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens) e pesquisador do Centro de Pesquisas em Saúde Pública da Universidade de Montreal e do Transnut, grupo da Organização Mundial da Saúde voltado para o estudo da transição nutricional. Atualmente, integra o conselho do sistema alimentar de Montreal. Entre 2011 e 2014, participou de programas de pós-doutorado em Nutrição na Faculdade de Saúde Pública da USP.
Geoffrey Cannon (FSP)
Especialista em Saúde Pública e em políticas internacionais em alimentação e nutrição, colabora com artigos sobre o projeto Nova e alimentos ultraprocessados. É membro da equipe da Faculdade de Saúde Pública responsável pelo Guia Alimentar, de autoria do Ministério da Saúde. Foi editor-fundador, designer e colunista da revista World Nutrition.
Renata Bertazzi Levy (FM)
É pesquisadora científica no Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Epidemiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: consumo de alimentos, inquéritos sobre dietas, ambiente alimentar e sustentabilidade.
Maria Laura da Costa Louzada (FSP)
Doutora em Nutrição e Saúde Pública pela USP, é professora do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública e pesquisadora do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens). É editora associada da Revista de Saúde Pública e da Revista Brasileira de Epidemiologia.
Carlos Augusto Monteiro (FSP)
Docente da Faculdade de Saúde Pública, aparece pela quarta vez consecutiva na lista. Desenvolve pesquisas na área de Nutrição em saúde pública, com estudos sobre determinantes da tendência secular do aleitamento materno e da mortalidade infantil em países em desenvolvimento e metodologia e criação de indicadores para a avaliação antropométrica do estado nutricional de populações.
Raul Dias dos Santos Filho (FM)
Professor do Departamento de Cardiopneumologia da Faculdade de Medicina, é o diretor da Unidade Clínica de Lípides do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (Incor), exercendo atividades de ensino, pesquisa e assistência nas áreas de graduação e pós-graduação. Também atua como pesquisador do Hospital Israelita Albert Einstein, realizando estudos na área de prevenção cardiovascular.
Eurídice Martínez Steele (FSP)
Possui graduação em Biologia pela Universidad Autónoma de Madrid, mestrado em Epidemiologia pela London School of Hygiene and Tropical Medicine e doutorado no Programa Nutrição em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da USP, onde atualmente faz pós-doutorado focado no estudo da associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e a qualidade da dieta e desfechos em saúde.