Afrofeira traz comidas típicas da África para a Praça da Moça

Iniciativa do Governo Municipal faz envolve pequenos empreendedores da economia solidária e também oferecerá moda, beleza, artesanato e shows

  • Data: 10/11/2023 08:11
  • Alterado: 10/11/2023 08:11
  • Autor: Redação
  • Fonte: PMD
Afrofeira traz comidas típicas da África para a Praça da Moça

Empreendedores acertam os últimos detalhes da 1a. Afrofeira: instrumento de combate ao racismo em Diadema

Crédito:Mauro Pedroso

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No próximo sábado (11), na Praça da Moça, Diadema terá a oportunidade de mergulhar na cultura africana e descobrir aspectos familiares – e alguns nem tanto – em produtos e serviços de beleza, moda, arte e culinária preta. É a 1a. Afrofeira, um projeto do Governo Municipal desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (SEDET), com apoio da Coordenadoria para a Promoção de Políticas de Igualdade Racial (CREPPIR) e das Secretarias de Educação, Cultura e a diretoria de Participação Popular.

“A Afrofeira é um instrumento de luta contra o racismo e que traz, no âmbito da Economia Solidária, todos os princípios de uma outra sociedade, da sociedade que queremos construir,” explica o diretor de Políticas de Trabalho e Economia Solidária da SEDET, Marcelo Lucas. “Terá periodicidade mensal, cada vez em um bairro diferente da cidade, e será um espaço de conhecimento, reflexão e inclusão produtiva. É um projeto que envolve o fortalecimento de coletivos, o estímulo à cooperação e o desenvolvimento de negócios autênticos ao mesmo tempo em que reconhece e valoriza a cultura negra, que representa a maioria da população diademense.”

Serão 16 barracas de entidades e empreendimentos de economia solidária, que foram convidados a trazer alimentos típicos de diversos países da África. Cada vendedor apresentará seus pratos para os frequentadores, explicando seus ingredientes e um pouco da história por trás daquela comida.

Como Francislene Maria Periquito, 46, do bairro Conceição, que toda a vida conviveu com a culinária africana por ter nascido em uma casa de Candomblé. “É o que eu faço, o que eu amo, o que eu ensino,” afirma ela. “Eu tive o prazer de viver um ano na Nigéria, com nigerianos, e foi por lá que aprendi muito como cozinhar, as diferentes sementes, farinhas, e é isso o que vou estar levando para a feira.”

Contrário ao que muita gente pensa, muitos pratos africanos não são feitos com ingredientes únicos, mas com produtos facilmente encontrados em qualquer mercado no Brasil. “É inhame, dendê, canela, gengibre, feijão, tudo o que comemos no dia a dia.” Para Francislene, a Afrofeira será um momento para quebrar tabus e preconceitos. “Afros nós já somos. E a comida afro não é ‘comida de macumba’ como muitos falam por aí, mas comida de cultura, de uma terra. Comida que, como nós, tem uma origem e uma história.”

No sábado, ela vai vender Omolocum, uma espécie de tutu de feijão fradinho, com castanha de caju e amendoim; Xinxim de Galinha, uma espécie de moqueca de frango; Abará, um bolinho de feijão que vem enrolado na folha de bananeira e um doce de canjica branca e coco.

A Afrofeira tem representatividade ampla e contempla todos os segmentos da sociedade, inclusive quanto a questão religiosa, e terá venda de artesanato, roupas afro, trancistas de cabelo, contação de historinhas pretas para crianças e apresentações de músicas e danças, capoeira, carimbó, clubes de trocas e outras atividades de educação, formação e informação para conhecimento e reflexão acerca das questões que envolvem o combate ao racismo. As apresentações musicais ficarão por conta de Beto Criolo, DJ Bob e Levy MCs.

1a. AFROFEIRA DE DIADEMA: Sábado, 11/11, das 10h às 17h, na Praça da Moça, Centro, Diadema

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  • Data: 10/11/2023 08:11
  • Alterado:10/11/2023 08:11
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