Coleção de Emanoel Araújo é vendida por R$ 30 milhões para fundação paulista

Acervo com mais de 5.000 obras foi arrematado em leilão pelo grupo Lia Maria Aguiar, de Campos do Jordão, em sua totalidade

  • Data: 28/10/2023 17:10
  • Alterado: 28/10/2023 17:10
  • Autor: Redação
  • Fonte: Folhapress
Coleção de Emanoel Araújo é vendida por R$ 30 milhões para fundação paulista

O artista plástico Emanoel Araújo

Crédito:Reprodução/Instagram

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A coleção de mais de 5.000 obras deixada pelo artista plástico Emanoel Araújo, que foi diretor e curador do Museu Afro Brasil, foi leiloada por R$ 30 milhões para a Fundação Lia Maria Aguiar, de Campos do Jordão, em São Paulo. A venda ocorreu na tarde deste sábado, dia 28.

A coleção do artista baiano, que também foi curador, intelectual e fundador do Museu Afro Brasil, inclui peças de autores históricos, brasileiros, esculturas, peças de design, fotografia, arte sacra, joalheria colonial e artesanato, entre outros trabalhos.

Alguns exemplos de artistas presentes no acervo são Xavier das Conchas, Rubem Valentim, Francisco Brennand, João Câmara, Niki de Saint Phale, Siron Franco, Franz Kracjberg, José Antônio da Silva e Manoel Messias. É um importante conjunto de obras para o tema da produção de artistas negros.

Alguns imóveis localizados no bairro paulistano Bexiga, deixados pelo artista, que morreu no ano passado, também estão incluídos nesse primeiro lote, segundo Jones Bergamin, o leiloeiro.

Em entrevista, Araújo afirmou que gostaria que sua coleção pessoal tivesse um destino público.

Bergamin, que é diretor da casa de leilões Bolsa de Arte, responsável pela venda, afirmou à reportagem que a vontade geral dos herdeiros era vender a coleção completa para mantê-la unida.

No final de setembro, o leilão precisou ser suspenso em razão de um pedido extrajudicial do Ibram, o Instituto Brasileiro de Museus. A solicitação fez com que a casa de leilões paulistana adiasse a venda das obras.

Isso aconteceu porque os 30 museus sob a alçada do órgão federal têm preferência em caso de venda judicial ou leilão de bens culturais, como é o caso da coleção de Araújo, um acervo com relíquias do barroco e da joalheria brasileira.

No entanto, após ter pedido a suspensão, o Ibram afirmou que as instituições sob a sua alçada não têm dinheiro para arrematar o lote, cujo lance mínimo era de R$ 30 milhões. Com isso, a coleção voltou ser destinada para leilão.

Os fundos serão destinados aos oito irmãos de Araújo e a quatro de seus funcionários, conforme o artista pediu em seu testamento.

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  • Data: 28/10/2023 05:10
  • Alterado:28/10/2023 17:10
  • Autor: Redação
  • Fonte: Folhapress









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