Bianca Provedel: A mulher à frente do Instituto Ronald McDonald

Carioca, jornalista e psicóloga, a CEO da instituição se define como uma otimista incurável

  • Data: 27/09/2023 09:09
  • Alterado: 27/09/2023 09:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria
Bianca Provedel: A mulher à frente do Instituto Ronald McDonald

Bianca Provedel, CEO do Instituto Ronald McDonald no Brasil

Crédito:Divulgação

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Em 2005, Bianca Provedel chegou ao Instituto Ronald McDonald, na posição de assistente de comunicação, para construir o primeiro site da organização. Desde então, a jornalista passou por diversos setores até conquistar a posição de CEO da instituição que há mais de 24 anos atua para promover saúde e bem-estar de crianças, jovens e suas famílias na luta contra o câncer. Mãe de Rodrigo, um jovem de 19 anos, a carioca, jornalista e psicóloga, é apaixonada por relações humanas, aprendizados e transformações. “Sou uma otimista incurável, alguém que acredita verdadeiramente que, juntos, podemos transformar nosso país e o mundo”, define Bianca, destacando que o fato de ser mãe a ajuda a compreender as dificuldades que as famílias atravessam antes, durante e após o tratamento no processo de cura de seus filhos.

“Creio que ser mulher me ajuda a entender melhor os desafios que as mães e mulheres que acompanham seus pequenos passam e a ter empatia para me colocar no lugar delas. Busco perceber como podemos tornar esse momento menos doloroso e como podemos acolher, apoiar e ajudá-las a ressignificar essa jornada, e se empoderar diante do processo”.

Uma mulher forte e focada em resultados, Bianca se funde ao propósito do Instituto, sempre buscando oportunidades e estar presente para auxiliar e guiar a equipe a encontrar soluções. A CEO entende a dimensão do seu trabalho junto a tantas famílias e dedica todo o seu esforço para conhecer a fundo a realidade da saúde pública e da assistência no Brasil, com uma rotina intensa de viagens para visitar os serviços de saúde, os projetos apoiados e as instituições de apoio com o objetivo de conversar com especialistas e, juntos, buscar soluções para os desafios de um país tão desigual.

“Meu propósito é que o Instituto Ronald McDonald possa alcançar e impactar positivamente a vida de milhares de famílias, contribuindo para a saúde, qualidade de vida e para aumentar as chances de cura do câncer infantojuvenil no Brasil, promovendo um resultado real, mensurável e transformador na sociedade”.

A possibilidade de o Instituto Ronald McDonald fazer parte de uma rede beneficente global com sede em Chicago, nos Estados Unidos, permite à Bianca uma grande oportunidade de intercâmbio e conhecimento com outras culturas, soluções, tecnologias e acesso à polos de inovação e celeiros de conhecimento para agregar potencial e escalabilidade de soluções para o Brasil.

“Esses espaços de trocas internacionais são fundamentais para o avanço em todos os setores, pois já mapeamos a oportunidade de exportarmos alguns modelos adotados no Brasil para outros cenários semelhantes como é o caso do México e Peru. Mas também aprendemos como outros países solucionam desafios comuns que atravessamos aqui e experimentamos novas possibilidades”, afirma Bianca.

Em visita recente internacional, o modelo brasileiro de olhar a jornada da família de forma mais ampliada e contextualizada foi reconhecida como uma das práticas de excelência internacional e inclusive será apresentada em uma Conferência Internacional em julho de 2023. Assim como, a matriz global, a Ronald McDonald House Charities (RMHC), está apoiando na busca de soluções tecnológicas e ferramentas inovadoras para propulsionarem o crescimento brasileiro.

“Para o Brasil, foi um grande reconhecimento ter nosso modelo de atuação como referência para o mundo, pois já estamos estudando como trazer investidores e soluções globais para ganharmos escalabilidade em um país continental”, comemora a CEO.

Sonhos não faltam na vida da principal liderança do Instituto Ronald McDonald, e um dos que mais norteiam Bianca é que as pessoas falem e conheçam mais sobre o câncer infantojuvenil. Ela sabe a importância de uma sociedade alerta e consciente de que essa é a doença que mais mata de 1 a 19 anos no Brasil, por isso, a informação e o diagnóstico precoce são os maiores trunfos para vencer essa batalha e aumentar as chances de cura do país, que giram hoje em torno de 64%.

“Que a sociedade possa saber a importância do diagnóstico precoce conhecendo mais sobre os sinais e sintomas da doença para, assim, estar atenta aos seus filhos. Que os médicos olhem para as crianças e adolescentes e que reconheçam e identifiquem com mais facilidade os sinais da doença e para que a gente não precise mais perder vidas em vão. Queremos que o Instituto possa ser a referência para essas famílias no Brasil”, idealiza Bianca.

O impacto do Instituto no Brasil

De acordo com Instituto Nacional de Câncer, o INCA, o câncer ainda é a doença que mais mata crianças e jovens de 1 a 19 anos no Brasil, com o diagnóstico de um novo caso a cada hora. Porém, através do trabalho e conscientização, as oportunidades e chances de cura estão aumentando.

“No Instituto, trabalhamos para aumentar das chances de cura, que antes giravam em torno de 35% e, atualmente, estão em 64%. Nosso objetivo é atingir 80%, a mesma taxa dos países com Alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Além disso, contribuímos para a qualidade de vida e, principalmente, reinserindo a família na sua comunidade, no seu contexto. Temos a certeza de que o trabalho do Instituto, junto as instituições de todo o Brasil, contribuiu significativamente para aumento das chances de remissão da doença, porém nosso desafio é muito maior. Ainda estamos perdendo crianças sem terem sido sequer diagnosticadas e sem a oportunidade de terem sido tratadas. Minha visão e missão são que todas as crianças do Brasil consigam ser diagnosticadas precocemente, recebam tratamento de qualidade e humanizado nos serviços de referência pelo país e que possamos preparar essas famílias para um retorno funcional à vida.” – enfatiza Bianca.

Desde a sua fundação em 1999, já foram investidos mais de R$ 378,5 milhões em 1.749 projetos de 108 instituições beneficiadas em mais de 71 municípios em 22 estados e mais o Distrito Federal. Foram capacitados e sensibilizados mais de 32 mil profissionais e estudantes da saúde e profissionais da educação básica através do Programa Diagnóstico Precoce do Câncer Infantojuvenil, um dos 4 principais da organização. Só em 2022, o mesmo Programa impactou 1.109.314 de crianças e adolescentes.

A CEO ainda destaca que para o avanço é fundamental diálogos sobre alianças intersetoriais, pois nem o governo, iniciativa privada ou as organizações sem fins lucrativos conseguirão dar conta de um desafio tão amplo e com um legado tão profundo de perdas sem construir juntos um plano estratégico. Além disso, segundo ela, a união entre as organizações de terceiro setor no país é fundamental para que haja atuação em rede e não tenha sobreposição de esforços em algumas áreas e lacunas em outras. Com os investimentos limitados e as demandas gigantescas, Bianca destaca que é urgente unir as visões, esforços e soluções para que todos possam contribuir com expertises e para que sejam fortalecidos. E para isso, a CEO avalia com muito otimismo o crescimento do compromisso das empresas com as práticas de ESG e com os objetivos do desenvolvimento sustentável.

“O terceiro setor hoje já representa 4,7% do PIB brasileiro, segundo a pesquisa A importância do Terceiro Setor para o PIB no Brasil e em suas Regiões, porém ainda é muito pouco para o que o Brasil necessita, considerando suas desigualdades. Por isso, a importância de que cada setor tenha seu papel e atue de forma complementar ao outro. As empresas precisam investir mais em trabalhos já estruturados das organizações da sociedade civil e estas, por sua vez, precisam dialogar mais entre si para fortalecer o setor e não sobrepor as atividades a outros setores ou outras organizações. Senão teremos pequenas ilhas de excelências de indicadores dentro um mar de escassez e de desigualdade. Para isso, o diálogo e as parcerias serão fundamentais como meio de implementação das soluções”, destaca Bianca que finaliza ressaltando quem é a Bianca antes e depois do Instituto Ronald McDonald:

“Certamente tudo o que tenho oportunidade de vivenciar, conhecer e aprender me torna diferente a cada dia. Acredito que sou uma pessoa muito mais empática com a dor do próximo e com a capacidade de me colocar no lugar dele. Me sinto uma pessoa que faz parte de algo muito grande e transformador, que acredita na força do coletivo e que no final tudo vai dar certo”.

Sobre o Instituto Ronald McDonald

Organização sem fins lucrativos, o Instituto Ronald McDonald (IRM) há 24 anos atua para promover saúde e bem-estar de crianças, adolescentes e suas famílias e contribui para aumentar as chances de cura do câncer infantojuvenil no Brasil. Estruturação de hospitais especializados, hospedagem para famílias que residem longe dos hospitais, capacitação de estudantes e profissionais de saúde, incentivar a adesão a protocolos clínicos e promover disseminação de conhecimento sobre a causa, são algumas das frentes da organização. Saiba mais sobre os programas e as instituições beneficiadas e ajude o Instituto a continuar fazendo a diferença na vida de milhares de crianças e jovens que precisam de ajuda.

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  • Data: 27/09/2023 09:09
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