Seminário debate formas de incluir cultura indígena em escolas de Diadema

Cidade é pioneira na implementação de ações que fomentam, nas escolas e salas de aula, discussões sobre a cultura e história afro-brasileira e indígenas

  • Data: 16/08/2023 19:08
  • Alterado: 01/09/2023 18:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: PMD
Seminário debate formas de incluir cultura indígena em escolas de Diadema

II Seminário Indígena Diadema

Crédito:Lucas Barbosa/PMD

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Discutir formas de apresentar em sala de aula, para os estudantes de Diadema, a cultura, a arte e as histórias da população indígena do Brasil, evitando, ao mesmo tempo, utilizar imagens e expressões muitas vezes erradas sobre os povos originários. Esse foi o objetivo do II Seminário Indígena da cidade, realizado pela Prefeitura de Diadema, por meio da Secretaria de Educação, nesta terça-feira (15), no Centro Cultural Okinawa do Brasil, na região central.

O tema do encontro, que contou com a ampla presença de professores da rede municipal e outros interessados, foi “Educação Indígena: Descontruindo Estereótipos e Ampliando Narrativas Originárias”. O II Seminário Indígena de Diadema celebra, também, o Dia Internacional dos Povos Indígenas, 9 de agosto.

Diadema é pioneira na implementação de ações que fomentam, nas escolas e salas de aula, discussões sobre a cultura e história afro-brasileira e indígenas. Exemplo disso é a incorporação de uma aula semanal sobre a temática à grade curricular dos estudantes das escolas municipais do Ensino Fundamental I. A ação faz parte do programa “Diadema, de Dandara e Piatã”.

Também como forma de resgatar a cultura indígena, a Prefeitura criou os Conselhos e Grêmios Curumins, em que alunos da rede são eleitos pelos colegas e passam a representar a turma em demandas junto à gestão da escola e ao poder público municipal.

Patty Ferreira, vice-prefeita de Diadema, também presente ao encontro, afirma que essas e outras ações indicam que a rede municipal de Educação da cidade tem um olhar para toda as vertentes que constituem o povo brasileiro. “Me sinto representada por esses programas. Quando a gente fala dos nossos povos originários, traz junto toda uma ancestralidade e energia que estão enraizadas no sangue da gente. Aqui, em Diadema, a gente cultua o povo preto, os povos indígenas.”

Além do compartilhamento, por professores da rede de Diadema de diversos segmentos, de boas práticas pedagógicas que dialogam com a cultura e história dos povos indígenas, o Seminário foi marcado por apresentações culturais, como a performance “Maruaí com Canto Macuxi”, com a indígena Dona Joana, indígena do povoado Macuxi, no território indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima.

Outra manifestação cultural realizada no encontro foi e palestra sobre grafismo indígena com outra liderança indígena, Denilza Kaimbé, que também falou sobre a necessidade de descontruir estereótipos relacionados aos povos indígenas.

Para a secretária de educação, Ana Lucia Sanches, as manifestações culturais indígenas presentes no seminário, e no país inteiro, são uma prova da resistência dos povos originários frente a diversas formas de perseguição. Para ela, os educadores não podem ser apenas expectadores da situação e têm, ao contrário, um papel a cumprir. “As manifestações aqui, hoje, representam a resistência de um povo, com seus valores, suas crenças. E os educadores precisam refletir sobre o papel da educação e de qual currículo e qual conhecimento nós estamos tratando em sala de aula, junto aos estudantes”, afirma.

Ainda segundo ela, a importância de abordar relações étnico-raciais junto aos estudantes fica claro quando o professor olha para cada criança e reconhece nela sua história e sua ancestralidade. “É preciso valorizar esses caminhos tradicionais no nosso povo”, finaliza.

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Crédito:Lucas Barbosa/PMD
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Crédito:Lucas Barbosa/PMD II Seminário Indígena Diadema

  • Data: 16/08/2023 07:08
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