Observatório de Segurança Escolar de Diadema será política permanente
Grupo vai reunir diferentes Secretarias, familiares, equipe escolar, estudante e sociedade civil para trabalho contínuo de diagnóstico para combater a violência no entorno escolar
- Data: 20/04/2023 16:04
- Alterado: 01/09/2023 17:09
- Autor: Redação
- Fonte: PMD
Lançamento foi realizado na Emeb Tiradentes
Crédito:Dino Santos
A Prefeitura de Diadema realizou na manhã desta quinta-feira (20) o lançamento do Observatório de Segurança Escolar. Uma política que será permanente e vai criar em quatro escolas polos, entre elas a Emeb Tiradentes, no bairro Serraria, onde foi realizado o evento, grupos para identificar possíveis situações de violência no entorno das unidades escolares e discutir ações tanto para evitar que essa violência chegue à escola, quanto medidas para promover a cultura de paz.
Fazem parte do Observatório de Segurança Escolar as Secretarias de Educação, Segurança Cidadã, Saúde, Esporte e Lazer, Cultura e Assistência Social e Cidadania. Devem participar, ainda, pais, mães e responsáveis pelos estudantes, professores e funcionários das escolas, lideranças comunitárias do entorno e os próprios estudantes. Quatro escolas vão ser pontos focais para debater as questões da própria unidade escolar e das outras escolas da região. São elas a Emeb Tiradentes, no Serraria; Emeb Atila Ferreira Vaz, no Eldorado; Emeb Devanir José de Carvalho, no Jardim Santa Elisabeth; e Emeb Jorge Amado, no Taboão.
Com encontros que serão realizados ao menos uma vez por mês, o grupo vai discutir potenciais problemas nas escolas e no entorno, identificar pontos de atuação, pensar em soluções para mitigar a violência e promover a cultura de paz. “Nós já temos os conselhos e agora temos que organizar o fluxo de informações, para podermos entender melhor o que está acontecendo e termos ações efetivas, para fazer da escola o lugar onde a criança acorda de manhã com vontade de ir”, afirmou o prefeito José de Filippi Júnior.
Filippi pontuou que a onda de mensagens com discurso de ódio e notícias falsas que tomou conta das redes digitais nos últimos dias são sintomas de uma sociedade doente. “Temos que combater essa doença como fizemos no combate contra a Covid, com prevenção”, declarou. “Devemos seguir o exemplo do cardeal Desmond Tutu, que nos aconselha não a levantarmos a voz, mas a melhorarmos nossos argumentos e é com inteligência, monitoramento que vamos combater tudo isso”, concluiu.
A secretária de Educação, Ana Lucia Sanches, lembrou que essas ações que estão sendo tomadas pela construção da cultura de paz na Educação não são ações de apenas um dia. “Esse evento marca o dia em que estamos enfrentando essa situação de ameaça de violência com a mão da paz e nós vamos fazer disso um trabalho contínuo que a cada dia vai mostrar o que é verdade e o que é mentira sobre essas ameaças”, afirmou.
“A violência não está na escola. A escola é um lugar de paz, de vida, onde as crianças aprendem, brincam, vivenciam situações que vão formar quem elas serão no futuro. Temos que levar mais da escola para as famílias, mais tempo para as pessoas ficarem juntas, com menos celular e mais contato humano”, completou.
“Não podemos trabalhar com respostas reativas que criam mais conflitos do que trazem segurança”, afirmou o secretário de Segurança Cidadã, Benedito Mariano. “O Observatório será um fórum permanente para discutirmos os problemas e pensarmos em soluções. Prevenção de violência não é só trabalho do poder público, tem que envolver toda a sociedade”, finalizou.
Cultura de paz na educação
No dia 17 de abril a Prefeitura apresentou pacote de ações para promover a cultura de paz na Educação. Além do Observatório de Segurança Escolar, estão sendo criados grupos sobre mediação de conflito, grupos para abordar a comunicação não violenta, ambos para professores e familiares de estudantes, e grupo de apoio e escuta para educadores.
Desde 2021, outras ações já estão em curso pela segurança dos estudantes, como a atuação ativa do Núcleo Social da Secretaria de Educação, combatendo a baixa frequência e identificando possíveis vulnerabilidades das crianças e adolescentes e câmeras de videomonitoramento em 100% das escolas da rede direta.