Programação Infantil de fevereiro no Sesc Santo André

 Espetáculos infantis como “Era Uma Vez Um Tirano”, do Grupo Prole de Teatro, e “The Ratos”, com Cia. Variante; números circenses com a companhia francesa L’lnopinée e com a brasiliense Cia. Nós de Bambu; mediações de leitura e contações de histórias com Instituto Clio e Danilo Minharro, além do espetáculo de dança “Cor-Ação”, do Núcleo Pé de Zamba, que convida o público a mergulhar nas cores das manifestações culturais brasileiras.

Em fevereiro, a troca de livros na Biblioteca continua com o Meu Livro Agora é Seu, e a programação do Sesc Verão 2019 segue a todo vapor no espaço Fluxo, com diversas atividades e apresentações esportivas. Programação completa do Sesc Verão 2019 no site do Sesc.

Espaço Fluxo – foto Guilherme Luiz de Carvalho

Confira a programação infantil completa do mês de fevereiro no Sesc Santo André.

Mediação de leitura, com Instituto Clio

Dias 2 e 16/2, sábados, das 11h às 13h.

Grátis. Livre para todos os públicos.

Na Biblioteca.

Com um acervo variado de livros ilustrados, quadrinhos, contos e romances, mediadores convidam o público para leituras individuais e compartilhadas.

O Instituto Clio é uma organização que coordena programas e projetos focados na área da cultura e educação.  Desde sua criação em 2013, o Clio atua na formação de profissionais ligados às Bibliotecas Municipais de São Paulo. O Instituto Clio também atua na triagem e seleção de livros para a Feira do Livro de São Miguel Paulista, além de realizar mediações de leituras em diversas unidades da Rede Sesc SP.

Era Uma Vez Um Tirano, com Grupo Prole de Teatro

Dias 3 e 10/2, domingos, às 12h.

Livre para todos os públicos.

No Teatro.

Ingressos à venda nas Bilheterias da Rede Sesc, nos valores de R$ 17,00 (inteira), R$ 8,50 (meia-entrada) e R$ 5,00 (trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e seus dependentes com Credencial Plena). Grátis para crianças até 12 anos, mediante retirada de ingresso na Bilheteria.

“Era uma vez um tirano” do Grupo Prole de Teatro adapta para os palcos o livro homônimo de Ana Maria Machado, publicado em 1982. A peça, o primeiro trabalho para o público infantil, abre temporada no Sesc Santo André de 6 de janeiro a 10 de fevereiro, com apresentações aos domingos ao meio-dia.

Com direção de Bete Dorgam o espetáculo que estreou em 2018 no Centro Cultural São Paulo está entre os pré-finalistas do segundo semestre do Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem na categoria Melhor Texto Adaptado. A peça conta a história de três crianças que criativamente conseguem acabar com a tirania que muda a vida dos habitantes e atrapalha a liberdade das pessoas, uma reflexão lúdica sobre política e cidadania. Utilizando da imaginação da plateia e da brincadeira proposta pelos atores, os personagens vão sendo criados em cena com a trilha sonora ao vivo do compositor Alexandre Mello e a iluminação de Felipe Tchaça, que dão o tom dessa grande brincadeira entre artista e plateia. 

O livro de Ana Maria Machado foi lançado pela editora Salamandra, e chegou a receber uma leitura dramática na Alemanha pela importante companhia do dramaturgo Bertold Brecht, o Berliner Ensemble, em 2002.

“As proibições do Tirano, lembradas no livro, estavam na memória recente de todos. E não vigoravam apenas no Brasil, mas em vários outros países vizinhos. Minha proposta para vencer a situação era simbólica, naturalmente. Mas tinha a ver com o caminho em que eu acreditava: uma festa feita com a união de toda a nação, nas suas diferentes etnias e gerações, com os recursos da memória e da criatividade artística, e com a pureza e coragem das crianças”, relata a autora Ana Maria Machado em texto publicado na segunda edição do livro. 

Ao encenar este texto, o Grupo Prole propõe refletir junto ao público sobre assuntos que tanto preocupam e permeiam discussões contemporâneas – democracia, acesso à arte, direitos do cidadão, liberdade de expressão, a importância do diálogo entre pessoas que tem ideias diferentes, entre outras.  Para contar esta história de assuntos tão adultos e que se refere a um período político da nossa história tão complexo, a encenação joga com a imaginação das crianças e da brincadeira de atores que vão criando personagens e cenários. 

Neste jogo o elenco se coloca ludicamente diante não apenas dos efeitos da tirania, mas também diante do desejo de ser o tirano. “Isso nos leva a pensar também sobre as pequenas tiranias e radicalismos que cometemos. E como somos individualmente responsáveis por, em nossas ações sociais, cuidar do espaço público e dos direitos democráticos. Não através do ódio, mas do diálogo e do respeito ao direito de pensar e ser diferente.”, explica a produtora Fernanda Assef. 

Sobre o Grupo Prole  

O Grupo Prole foi fundado em 2005, pelas atrizes e produtoras Fernanda Assef e Bruna Aragão. Desde sua fundação o grupo se dedicou a pesquisa da dramaturgia brasileira e o diálogo de grandes escritores nacionais com a realidade sócio-política do país e nossas angústias como artistas e cidadãos. “Era uma Vez um Tirano” é o primeio teatro infanto-juvenil do grupo que encenou as peças “Homens de Papel” de Plínio Marcos, com direção de Sérgio Audi (em cartaz em São Paulo entre 2006 a 2010), e “Boca de Ouro” de Nelson Rodrigues, com direção de Flavia Pucci (com temporadas em São Paulo, capital e interior, e Rio de Janeiro entre 2012 e 2016).

Rigoletto: Pocket Opera Clownesca, com L’Inopinée Cia (FR/BR)

Dia 9/2, sábado, às 16h.

Grátis. Livre para todos os públicos.

Na Área de Convivência.

A palhaça-diva Flamboia Bundalinda e seu condiscípulo Gambito Pernafina, recentemente diplomados no Instituto Franco-Brasileiro de Pesquisa sobre Tragédias Jocosas, vem ao Sesc Santo André para apresentar a bela e triste história do bobo da corte: Rigoletto. O espetáculo é baseado na obra Le Roi s’amuse, de Victor Hugo, apresentada pela primeira vez em 1832 e banida pelo governo por narrar a indecência, o luxo e as orgias da corte do Rei François l. Anos mais tarde, a Ópera de Giuseppe Verdi interpretava a obra sob o nome Rigoletto, enfrentando as mesmas censuras da peça original.

Inspirados por estes clássicos, Flamboia Bundalinda e Gambito Pernafina, com sua atraente falta de jeito e ingênua convicção de continuar fiel à obra, suscitam o desejo de redescobrir essa obra-prima e sua crítica do poder sempre atual. No palco, eles se dão de corpo e alma na interpretação de personagens cheios de requinte: o carismático bufão Rigoletto, sua doce filha Gilda, o galante Duque de Mantova e o crápula Scarafucile.

Em 2011, com a criação da L’Inopinée Cia, os artistas Roberta Casa Nova e Bertrand Landhauser desenvolveram um humor próprio que oscila entre a ridícula ingenuidade do clown e a sutileza corrosiva do bufão. Com atenção voltada para a precisão do trabalho corporal, a qualidade da relação com o público, e a pesquisa do ritmo como base na construção dramatúrgica, eles balizam suas criações e seu método pedagógico, através da diretriz do prazer do jogo, influências profundas da experiência vivida na escola Internacional de Teatro Philippe Gaulier em Paris.

Histórias do Mundo, com Danilo Minharro

De 9 a 23/2, sábados, das 11h às 12h.

Grátis. Livre para todos os públicos.

No Espaço de Tecnologias e Artes.

Trabalho baseado no livro “As cidades invisíveis” de Ítalo Calvino, que narra a história de um imperador, que, depois de conquistar com seus exércitos a maior parte do mundo desconhecido, percebe angustiado que jamais poderá conhecer pessoalmente as terras do próprio império.

Danilo Minharro é ator e arte-educador, formado no curso de Licenciatura em Artes-Teatro pela Unesp, e atualmente integra o Coletivo Território B. Como contador de histórias, atuou junto à Cia de Teatro Nóis na Mala em espaços como Sescs e bibliotecas municipais (2012-2015), e junto à Cia Arte Negus em bibliotecas municipais (2017).

É de Brincar?! Lá fora!, com educadores do infanto-juvenil

De 14 a 28/2. Quintas e sextas-feiras, às 14h. Sábados e domingos, 14h30.

Grátis. Livre para todos os públicos.

No Gramado.

Brincadeiras de quintal, brincadeiras de sol, brincadeiras de água, tudo isso para aproveitar o finalzinho do verão. Materiais como baldes, esponjas e boias serão disponibilizados no gramado para os pequenos se divertirem e inventar um monte de brincadeiras refrescantes. Para crianças de 0 a 6 anos acompanhadas de seus responsáveis.

Mar Sem Beira, com Cia. Nós No Bambu (DF)

Dia 16/2, sábado, às 16h.

Grátis. Livre para todos os públicos.

Na Área de Convivência.

Mar sem Beira conta a história de dois seres diferentes entre si, cada um em uma viagem singular. Em tempos de extremismos e conflitos territoriais, o espetáculo traz à cena indivíduos livres, que navegam sem fronteiras e levam em seus alforjes as experiências e recordações de várias terras, que os tornam seres etnicamente híbridos. O espetáculo celebra a possibilidade de vencer as fronteiras para encontrar, no diferente, a semelhança que une. Em Mar sem Beira, as fronteiras entre circo, teatro e dança são líquidas e voláteis a partir de interações entre artistas em cena e gigantes tripés de bambu.

A Cia. Nós No Bambu é conhecida por sua poética singular ao explorar a dança acrobática em instrumentos artesanais de bambu. Esta fórmula sucinta dá origem a uma diversidade de imaginários e usos, que incluem acrobacia, manipulação e formas animadas. A Cia. explora o bambu e suas características com a investigação de soluções construtivas e a criação de instrumentos enquanto trabalha no palco as diferentes formas de interação cênica, com foco em dança e acrobacia.

Cor-Ação, com Núcleo Pé de Zamba

Dia 17/2, domingo, às 16h.

Grátis. Livre para todos os públicos.

No Espaço de Eventos.

Cor-Ação é o mais novo espetáculo de dança contemporânea do Núcleo Pé de Zamba. Voltado para públicos de todas as idades e com caráter interativo, a obra concebido para espaços não convencionais onde todos são convidados a participar da dança. O espetáculo parte da beleza e da alegria causadas pela presença das cores nas manifestações populares brasileiras, e mergulha nas qualidades e funções que as cores podem ter sobre as pessoas por meio de suas frequências específicas. Múltiplos fluxos de movimento concretizados pelo uso de adereços e formas animadas, pelos corpos dos dançarinos e do próprio público. Tudo isso regado à música autoral ao vivo.

Criado em outubro de 2009, o Núcleo Pé de Zamba tem como principal meta o estudo do corpo como fonte da expressividade cênica, em suas múltiplas possibilidades. Tal caminho floresceu a partir das pesquisas de sua fundadora, Andrea Soares, junto às culturas tradicionais brasileiras. Dentro deste universo, o artista brincante trafega por artes diversas, unindo-as em torno da expressão cênica ao gerar resultados que não podem ser classificados só como dança, ou teatro, ou música, mas sim como algo mais abrangente, onde estas linguagens, e mais as artes plásticas, atuam juntas e intrínsecas.

The Ratos (ou O Camarim da Fama Encardida), com Cia. Variante

Dias 17 e 24/2, domingos, às 12h.

Grátis. Livre para todos os públicos.

No Teatro.

Ingressos à venda nas Bilheterias da Rede Sesc, nos valores de R$ 17,00 (inteira), R$ 8,50 (meia-entrada) e R$ 5,00 (trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e seus dependentes com Credencial Plena). Grátis para crianças até 12 anos, mediante retirada de ingresso na Bilheteria.

Bruck, o roedor sabichão, e Burger, um camundongo cheio de particularidades, são dois ratos que têm o sonho de se tornarem queridos e adorados, e acham que a fama é a melhor solução. Então, decidem fazer as entregas de ovos da páscoa do coelho Pimpão e se tornarem Ratos da Páscoa, e assim serem amados pela sociedade que tanto os rejeita. Porém o plano vai por água abaixo quando a recepção na casa da menina Anjolinda não é da forma como eles esperavam.

Ambientações urbanas, cenas da rua, rock’n’roll, graffiti, esquetes de palhaços e muito humor marcam as cenas protagonizadas por estes quatro personagens. O espetáculo The Ratos dialoga com todos os públicos ao passear por brincadeiras de rua, mostrar os valores das amizades, sonhos, o cotidiano corrido, o trabalho, risos, e até decepções.  Todo o espetáculo é encenado para que cada espectador possa ter uma experiência diferente, de acordo com suas percepções e modos de vida e ver o mundo.

A Cia. Variante foi criada em 2013 a partir de pesquisas e olhares para o que estava acontecendo nas ruas, em um ano de grandes manifestações populares e vias públicas tomadas por pessoas em protestos por todo país. A Cia. dedicou experimentos cênicos às influências urbanas e poéticas, com textos dramatúrgicos que tem como fio condutor a cidade de São Paulo e suas singularidades como a maior metrópole do país. Em um trabalho cauteloso e estudado, com metáforas e técnicas da palhaçaria, a Cia. Variante apresenta sua obra de maneira democrática para que todos possam assistir, independente da idade.

Meu Livro Agora é Seu

Dias 23 e 24/2, sábado e domingo, das 14h às 18h.

Grátis. Livre para todos os públicos.

No Teatro.

Mensalmente a Biblioteca promove um espaço para troca de livros, onde os leitores podem compartilhar livros, opiniões, comentários e experiências de suas leituras. Para participar basta trazer um livro ou mais (em bom estado) e trocar pelos títulos dispostos na mesa da Biblioteca. Jornais, revistas e periódicos não entram na troca. 

A ação propõe movimentar os acervos bibliográficos pessoais e a troca de ideias entre leitores, dinamizando o espaço da biblioteca, que se afirma como ambiente favorável para troca de experiências a partir da leitura da obra literária.