Sesc Santo André e Negra Sim promovem bate-papo sobre história da luta das mulheres negras
Ação integra o projeto Cartografia Negra: Memórias, (Re)Existências e Manifestações Culturais, que consiste no mapeamento da população negra de Santo André e traz depoimentos e bate-papos
- Data: 06/08/2021 19:08
- Alterado: 06/08/2021 19:08
- Autor: Redação
- Fonte: Sesc Santo André
Crédito:Estúdio Raiz de Dois
No dia 7 de agosto, sábado, às 14h, vai ao ar o bate-papo Tereza de Benguela: Nossos Passos Vêm de Longe, uma conversa sobre a luta das mulheres negras, desde o MNU (Movimento Negro Unificado), passando pela Marcha das Mulheres Negras Contra o Racismo, a Violência e pelo Viver, Fórum Nacional das Mulheres Negras, e várias outras ações contadas pelas precursoras desses movimentos. As convidadas são Iêda Leal, Kika Silva e Morgana Ribeiro, com mediação de Jenifer Ferreira. A conversa será exibida na página da Negra Sim no Facebook e no canal do Sesc Santo André no Youtube.
Tereza de Benguela, que dá nome à roda de conversa, foi uma mulher escravizada que chefiou o Quilombo de Quariterê, o maior do Mato Grosso, que contava com mais de 100 integrantes de povos negros e indígenas. Após o assassinato de seu marido, e antigo líder, Tereza assumiu e comandou a estrutura política, econômica e administrativa do Quilombo. Conhecida como Rainha Tereza, organizou um parlamento para tomarem decisões em grupo sobre as ações da comunidade e reforçou a defesa do local com armas adquiridas por meio de trocas ou deixadas após conflitos.
O Quilombo de Quariterê existiu de 1730 até 1795 e, sob a liderança de Tereza, resistiu bravamente à escravidão por mais de 20 anos, até ela ser capturada e morta pelo Estado por volta de 1770. Dia 25 de julho é a data em que se homenageia o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha.
Tereza de Benguela, assim como outras heroínas negras, teve seu nome apagado na historiografia nacional, mas ele vem sendo recuperado por meio da luta dos movimentos de mulheres negras e da pesquisa e resgate de documentos históricos, a fim de recontar e multiplicar as narrativas heroicas de mulheres negras. São essas lutas que serão abordadas neste bate-papo.
CARTOGRAFIA NEGRA DE SANTO ANDRÉ
As ações do projeto?”Cartografia Negra de Santo André: Memórias, (Re) Existências e Manifestações Culturais” resultaram em um mapa colaborativo digital. A iniciativa foi realizada em parceria do Sesc Santo André com Ednéia?Gonçalves, Coordenadora do projeto,o designer gráfico e diretor de arte Lucas Gonçalves (Nigra Kranio) e o coletivo Negra Sim (Movimento de Mulheres Negras de Santo André).
A cartografia viva?tem o objetivo?de fortalecer o registro e o?intercâmbio de experiências?e práticas antirracistas que já se multiplicam nas várias regiões, demonstrando o quanto a população negra?resiste e reexiste. Além disso, o projeto ainda trouxe vídeos depoimentos dos integrantes e encontros formativos para discutir políticas públicas de combate ao racismo estrutural em diferentes vertentes. Todos os vídeos do projeto podem ser acessados na playlist Cartografia Negra de Santo André.
CONVIDADAS
Iêda Leal – Graduada em Pedagogia pela PUC GO, Especialista em Métodos Técnicas de Ensino pela Universidade Salgado de Oliveira. Ativista do Movimento Negro e do Movimento Sindical. Atualmente Secretária de Combate ao Racismo da CNTE; Secretaria de Comunicação da CUT GO; Foi Conselheira do Conselho Estadual de Educação de Goiás; É Coordenadora do Centro de Referência Negra Lélia Gonzáles; É a atual Coordenadora Nacional do MNU – Movimento Negro Unificado).
Kika Silva – Coordenadora do Fórum de Mulheres Negras do Estado de São Paulo, membro da Executiva da Marcha Nacional de Mulheres Negras 2015.
Morgana Ribeiro – Empreendedora Trancista, Militante do movimento estudantil e da juventude. Foi dirigente da União da Juventude Socialista (UJS) Santo André, Membro do Nação Hip Hop, UBM (União Brasileira de Mulheres) e UNEGRO (União de Negros pela Igualdade), representante no conselho municipal de juventude.
Jenifer Ferreira – educadora social, feminista, militante do Movimento Negro, ativista social e coordenadora geral da Negra Sim.
+ SESC NA QUARENTENA
O Sesc São Paulo segue oferecendo um conjunto de atividades on-line, que garantem a continuidade de sua ação sociocultural nas diversas áreas em que atua. Pelos canais digitais e redes sociais, o público pode acompanhar o andamento dessas ações e ter acesso aos conteúdos exclusivos de forma gratuita e irrestrita.
+ SESC DIGITAL
A presença digital do Sesc São Paulo vem sendo construída desde 1996, sempre pautada pela distribuição diária de informações sobre seus programas, projetos, atividades e marcada pela experimentação. O propósito de expandir o alcance de suas ações socioculturais vem do interesse institucional pela crescente universalização de seu atendimento, incluindo públicos que não têm contato com as ações presenciais oferecidas nas 40 unidades operacionais espalhadas pelo estado.
+ AÇÃO URGENTE CONTRA A FOME
Com o objetivo de ampliar a rede de solidariedade para levar comida às pessoas em situação de vulnerabilidade social, o Sesc São Paulo realiza campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis nas unidades em todo o estado. São mais de 40 pontos de coleta na capital, Grande São Paulo, interior e litoral. As doações são distribuídas às instituições sociais parceiras do Mesa Brasil Sesc São Paulo, que repassam os itens para as 120 mil famílias assistidas. A Ação Urgente Contra a Fome é uma iniciativa do Sesc São Paulo, por intermédio do Mesa Brasil, programa criado pela instituição há 26 anos que busca alimentos onde sobra para distribuir aos lugares em que falta. O que doar: alimentos não perecíveis como arroz, feijão, leite em pó, óleo, fubá, sardinha em lata, macarrão, molho de tomate, farinha de milho e farinha de mandioca. O Sesc conscientiza a população sobre importância da doação responsável, com itens de qualidade e dentro da validade.
+ MESA BRASIL SESC SÃO PAULO?
Paralelamente à campanha Ação Urgente contra Fome, a rede de solidariedade que une empresas doadoras e instituições sociais cadastradas segue suas atividades, buscando onde sobra e entregando?em lugares?onde falta, contribuindo para a redução da condição de insegurança alimentar de crianças, jovens, adultos e idosos e a diminuição do desperdício de alimentos.?Hoje, dezenove unidades do Sesc no estado – na capital, interior e litoral – operam o Mesa Brasil. As equipes responsáveis pela coleta e entrega diária de alimentos foram especialmente capacitadas para os protocolos de prevenção à Covid-19, com todas as informações e equipamentos de proteção individuais e coletivos necessários para evitar o contágio.?
SERVIÇOS
Bate-papo Tereza de Banguela: Nossos Passos Vêm De Longe
Com Iêda Leal, Kika Silva, Morgana Ribeiro e Jenifer Ferreira
Dia 7 de agosto, sábado, às 14h
Exibição: página do Negra Sim no Facebook e canal do Sesc Santo André no Youtube