SP, Rio, Ceará, Amazonas e DF caminham para ‘cenário imprevisível’ de casos de coronavírus
O próprio Ministério da Saúde não é capaz de prever quantas pessoas deverão ser contaminadas pela covid-19 nas próximas semanas
- Data: 05/04/2020 08:04
- Alterado: 05/04/2020 08:04
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, durante a coletiva de imprensa sobre à infecção pelo novo coronavírus
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Os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas e o Distrito Federal caminham rapidamente para uma situação crítica de novos casos de coronavírus, um cenário tão preocupante que o próprio Ministério da Saúde não é capaz de prever quantas pessoas deverão ser contaminadas pela covid-19 nas próximas semanas.
A informação foi dada pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, braço direito do ministro Luiz Henrique Mandetta à frente da Pasta. Ao se referir a essas cinco localidades, Gabbardo disse que elas vivem uma transição de fase em relação às contaminações, saindo de uma situação de “epidemia localizada” para uma fase de “aceleração descontrolada”.
Questionado sobre o que isso significa, na prática, Gabbardo disse: “Teremos essas situações nesses locais, em que não conseguimos prever a dimensão das contaminações. É isso o que essa fase significa”, comentou.
O Ministério da Saúde trabalha com diversos cenários para poder medir seu poder de resposta e orientar as ações em torno de descolamento de suprimento médico, montagem de leitos e oferta de equipamentos de proteção individual, entre outros. É consenso, porém, que há falta generalizada de cada um desses itens.
Considerando as fases epidêmicas, o ministério trabalha com as classificações epidemia localizada, aceleração descontrolada, desaceleração e controle. Na maior parte dos municípios, segundo o ministério, a transmissão está ocorrendo de modo restrito.
Apesar da imprevisibilidade nas cinco localidades, Gabbardo disse que os números atuais estão dentro das médias que o Mininstério da Saúde tem estimado. O secretário-executivo também disse que há uma tendência de que outras regiões do País sofram fases de picos da doença em diferentes momentos, o que ajuda a reduzir a pressão sobre o aparato médico necessário para enfrentar a covid-19.