Jeep Renegade Trailhawk – Ladeira acima

Versão Trailhawk faz a função de “vitrine” e ajuda a tornar o Jeep Renegade o utilitário esportivo mais vendido do Brasil

  • Data: 06/05/2019 13:05
  • Alterado: 06/05/2019 13:05
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Luiz Humberto Monteiro Pereira/Agência AutoMotrix
Jeep Renegade Trailhawk – Ladeira acima

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Em maio do ano passado, quando foi lançada na Europa, a linha 2019 do Renegade trouxe uma renovação no visual e aperfeiçoamentos no sistema multimídia. Mas a grande novidade era a nova família de motores turbo, a gasolina (1.0 de três cilindros com 120 cavalos e 1.3 de quatro cilindros, com 150 cavalos ou 180 cavalos) e a diesel (1.6 de 120 cavalos e 2.0 de 140 cavalos ou 170 cavalos). No Brasil, o Renegade 2019 surgiu em outubro e se limitou a pequenos ajustes estéticos e inovações no multimídia. Foram mantidos os motores aspirados 1.8 Flex com 139 cavalos e Multijet 2.0 turbodiesel de 170 cavalos que acompanham o Renegade desde seu lançamento nacional, no final de 2015. Mudanças tão sutis poderiam não ter feito diferença nas vendas. No entanto, fizeram. O Renegade terminou 2018 como o 18o carro mais vendido do Brasil, com 46.355 unidades – média de 3.863 mensais. Contudo, em dezembro, dois meses depois do “facelift”, já vendeu 5.498 unidades e deixou para trás de uma só vez o Jeep Compass, o Hyundai Creta, o Honda HR-V e o Nissan Kicks, assumindo o posto de utilitário esportivo mais vendido do país e a décima posição no ranking geral de vendas. E não deixou a liderança do segmento desde então. Este ano, vendeu 15.673 unidades no trimestre – média de 5.224 emplacamentos mensais, um salto de 35% acima da média mensal do ano passado. Com essa performance, tornou-se o nono automóvel mais vendido do país em 2019 – porém em março, com as 6.184 unidades comercializadas, já apareceu na sexta posição. No Renegade, a versão “top” Trailhawk cumpre a importante função de ser a “estrela” das propagandas – e de atrair interessados para toda a linha.

Em termos estéticos, o Renegade 2019 “made in Brazil” recebeu uma remodelação bem mais discreta que o europeu. Passou a ter o mesmo para-choque para as configurações flex e diesel, com melhor ângulo de ataque e um pequeno retoque na grade e nos faróis de neblina. Os faróis de leds substituíram os de xenônio nas versões Trailhawk e Limited – são opcionais na Longitude. Os faróis de neblina também receberam leds. Por dentro, o destaque é o sistema multimídia com tela de 8,4 polegadas nas versões mais caras, “herdado” do Compass. No Uconnect, é possível parear o smartphone por meio das interfaces Android Auto e Apple CarPlay, para acessar pelo monitor do veículo aplicativos de navegação, como Google Maps e Waze, e de música, como Spotify e Deezer. O novo multimídia permite ainda acessar as funções do ar-condicionado remotamente, por toques no monitor ou por comandos de voz. A traseira ganhou uma maçaneta externa, que torna a abertura mais fácil. Nas configurações Trailhawk e na Limited, o Renegade passou a ter sete airbags de série.

A versão Trailhawk é a que mais se aproxima do que se espera de um autêntico Jeep. O motor turbodiesel 2.0 gera 170 cavalos a 3.750 rpm e o robusto torque de 35,7 kgfm está disponível já em 1.750 giros. Trabalha acoplado a um moderno câmbio automático de 9 marchas e dispõe de um sistema de tração com opções 4×2, 4 x4, 4 x4 com reduzida e 4×4 com bloqueio do diferencial. Além disso, o Jeep Active Control oferece configurações selecionáveis para neve, areia, lama e pedra, que adaptam a performance do motor e do câmbio, e um modo automático que alterna a tração entre frontal e integral, de acordo com a demanda. A Tralhawk é mais elevada que as outras versões e tem 21,2 centímetros em relação ao solo. A parte inferior do para-choque dianteiro foi redesenhada para ampliar o ângulo de entrada de 27 graus para 30 graus. O teto solar panorâmico é opcional e acrescenta R$ 8.140 ao preço do modelo.

Talvez a novidade da linha 2019 do Renegade que realmente explique o aumento no volume de vendas seja outra: o preço das versões mais baratas foi reduzido. Provavelmente, a fabricante concluiu que, para quem busca as configurações mais básicas, qualquer diminuição no preço faz muita diferença e se reflete rapidamente no volume de vendas – como a Sport 1.8 Flex manual, teve uma redução de R$ 7 mil em relação ao modelo 2018 e atualmente é oferecida por R$ 79.990. Já as versões mais caras, que normalmente vendem menos, tiveram o preço aumentado – como a Trailhawk, que sai por R$ 139.990. Afinal, dentro da mesma lógica do mercado automotivo nacional, quem tem um orçamento mais folgado muitas vezes não se importa tanto em pagar alguns milhares de reais a mais pelo carro que deseja. Essa é exatamente a função da versão Trailhawk – ser o “objeto do desejo” de muita gente que sempre sonhou em ter um Jeep. Sempre há quem esteja disposto a pagar caro por um sonho.

EXPERIÊNCIA A BORDO

Detalhes divertidos
No Renegade Trailhawk, os ajustes elétricos de altura e lombar do banco e as regulagens de altura e profundidade do volante ajudam a encontrar a melhor posição de dirigir. Os bancos são ergonômicos e os passageiros da frente têm bom espaço para pernas e cabeça. Atrás, duas pessoas viajam com conforto. O revestimento interno adota materiais que aparentam boa qualidade e combinas superfícies rígidas e emborrachadas. O carro tem diversos detalhes de estilo irreverentes – a marca chama de “easter eggs” – que surpreendem, como um desenho de um pequeno jipe no canto do para-brisa ou um mapa em baixo relevo no console. Com o tempo, é possível descobrir diversos outros – até dentro do porta-malas, que é pequeno e leva somente 260 litros.

A versão Trailhawk é bem-dotada de porta-objetos, todos bastante práticos. O volante é multifuncional e os comandos no console são de fácil manuseio. A central multimídia, com tela sensível ao toque de 8.4 polegadas, oferece comandos vocais via Android Auto ou Apple CarPlay. O carro conta com sensor de luminosidade e de chuva, revestimento parcialmente em couro nos bancos, ar-condicionado automático duplo e sete airbags.

IMPRESSÕES AO DIRIGIR

Passeio completo
O Jeep Renegade Trailhawk consegue uma equação interessante ao equilibrar sua boa capacidade off-road com uma dirigibilidade bastante agradável para o uso cotidiano. O motor Multijet 2.0 turbodiesel de 170 cavalos, desenvolvido para carros de passeio, dá conta do recado e move com facilidade o menor modelo da Jeep, com seus 1.641 quilos. O torque de 35,7 kgfm viabiliza acelerações e retomadas vigorosas. Nas acelerações, não há “buracos” ou vacilações, o funcionamento é suave e o nível de vibração é reduzido. O câmbio automático de 9 velocidades é eficiente e ajuda a aproveitar os bons recursos do motor. As borboletas no volante para troca de marchas permitem explorar bem a esportividade do modelo. O ronco habitual dos motores a diesel é discreto, mas se faz presente.

No off-road, a plataforma mostra ter ótima rigidez torcional. Os sistemas de tração, com reduzida e bloqueio do diferencial, e os modos do Jeep Active Control permitem ao pequeno SUV transpor obstáculos com desembaraço. A suspensão independente nas quatro rodas tem curso amplo e absorve eficientemente as irregularidades. As rodas de 17” com pneus de uso misto, na medida 215/60, ajudam a encarar pisos ruins. A Trailhawk não vem com o estepe de uso temporário e sim com o mesmo conjunto de rodas e pneus externos.

No uso urbano e rodoviário, a percepção é que a carroceria rola pouco, apesar do 1,72 metro de altura do Renegade. A direção com assistência elétrica é leve nas manobras e precisa conforme aumenta a velocidade. O carro dá ao motorista a sensação de estar sempre na mão. Controle de estabilidade, de tração e de reboque e sistema anticapotamento ajudam a manter tudo sob controle. É um modelo “multiuso”, do tipo que dá para levar a qualquer lugar, sem medo de fazer feio.

FICHA TÉCNICA

Jeep Renegade Trailhawk
Utilitário esportivo em monobloco com 4,23 metros de comprimento, 1,80 metro de largura (sem espelhos), 1,72 metro de altura e 2,57 metros de entre-eixos
Motor: Diesel, 1.956 cm³, 4 cilindros em linha, 16 válvulas, dianteiro transversal, turbo diesel, injeção direta de combustível
Taxa de compressão: 16,5:1
Tração: 4×4 com reduzida e bloqueio do diferencial
Potência máxima: 170 cavalos a 3.750 rpm
Torque Máximo: 35,7 kgfm a 1.750 rpm
Transmissão: automática de 9 marchas
Freios: disco ventilado na frente / disco sólido atrás
Direção: elétrica
Suspensão: dianteira independente do tipo McPherson, braços oscilantes inferiores com geometria triangular e barra estabilizadora, amortecedores hidráulicos e pressurizados e molas helicoidais. Traseira independente do tipo McPherson, links transversais/laterais, barra estabilizadora, amortecedores, hidráulicos e pressurizados e molas helicoidais. Oferece controle de estabilidade e sistema anticapotamento.
Rodas: Liga-leve de 17″
Pneus: 215/60 R17
Porta-malas: 260 litros
Tanque: 60 litros
Peso: 1.641 quilos
Preço: R$ 139.990. Pintura metálica acrescenta R$ 1.630. Pintura perolizada acrescenta R$ 2.300. Teto solar panorâmico acrescenta R$ 8.140.

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  • Data: 06/05/2019 01:05
  • Alterado:06/05/2019 13:05
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  • Fonte: Luiz Humberto Monteiro Pereira/Agência AutoMotrix









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