Ex-olheiro do City, suspeito de abusar de 52 crianças, é condenado a mais 4 anos de prisão

Barry Bennell, 66, ex-técnico da Crewe Alexandra e olheiro do Manchester City, foi condenado, nesta quinta-feira, a mais quatro anos de prisão após mais condenações por abuso sexual de jovens jogadores, levando a duração total de sua pena para 34 anos. 

Ele já havia confessado abusar de dois menores, de 11 e 14 anos de idade, entre 1979 e 1988. O ex-técnico apareceu via videoconferência na sessão da corte de Chester, no noroeste da Inglaterra, e foi entregue a sua quinta sentença de prisão. Ele foi levado imediatamente para a prisão. Sua pena se encerra em 2052, pois começou a cumprir pena em 2018, após 52 crianças denunciarem crimes cometidos de 1979 a 1991.

O antigo olheiro foi descrito como “o diabo encarnado” pelo juiz após sua condenação em 2018, pelo abuso de 12 meninos, com idades de 8 a 15 anos, entre 1979 e 1991. Bennel foi condenado anteriormente por abuso de menores em três ocasiões diferentes e recebeu voz de prisão nos Estados Unidos e no Reino unido, entre 1995 a 2015.

Uma das duas vítimas, do caso mais recente, disse em uma declaração pessoal lida para o júri que havia desistido do futebol após sofrer um ataque de pânico enquanto participava de uma partida. “Bennell arruinou meus sonhos de infância e tirou isso de mim.”

O juiz Patrick Thompson, responsável pela condenação de mais 4 anos, disse na audiência, que aconteceu por vias online na Inglaterra, que Bennel tinha a confiança dos pais das crianças. “Você tinha o respeito e a confiança dos pais dessas crianças, quando na verdade, era o pior pesadelo deles”.

Além disso, o juiz também disse que o pedófilo tinha uma posição de respeito como técnico de futebol em clubes como Crewe Alexandra, Manchester City e Stoke City e que ele usou dessa posição para abusar de menores.

Bennell foi preso pela primeira vez na Flórida em 1994 por estuprar um garoto britânico em uma turnê de futebol nos Estados Unidos.

O tribunal foi informado de que Bennell teve um descolamento de retina após ser atacado na prisão e estava em tratamento de um câncer, por este motivo a audiência aconteceu por meio virtual.