Vice-presidente afirma que não existe racismo no Brasil
Já ministra Damares Alves, diz que as imagens do ocorrido em Porto Alegre causam indignação e revolta
- Data: 20/11/2020 17:11
- Alterado: 20/11/2020 17:11
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
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Hamilton Mourão, vice-presidente, comenta sobre o caso da morte de “Beto”, espancado até a morte por dois brancos em um supermercado Carrefour em Porto Alegre. Ele diz lamentar o ocorrido, mas afirma não se tratar de um caso de racismo. “Digo com toda a tranquilidade para você: não existe racismo no Brasil”, conta.
João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foi agredido até a morte na noite de ontem no interior de uma loja da rede. Os dois agressores, brancos, eram, um segurança no local, e outro um policial militar temporário.
“Digo isso porque já morei nos Estados Unidos”, disse Mourão ao negar racismo no Brasil. “Aqui existe desigualdade. Fruto de uma série de problemas”, completou.
Mais cedo, também do governo federal, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, se solidarizou e colocou a pasta à disposição da família de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos. Nas redes sociais, Damares disse que as imagens do ocorrido causam “indignação e revolta“.
“Nós do @mdhbrasil estamos trabalhando para que nenhum pai de família, ou quem quer que seja, passe por situação semelhante. Aqui trabalhamos com os direitos humanos das vítimas de crimes, política que está em formulação e será em breve apresentada”, disse. Nesta sexta-feira, 20, Damares tinha reunião prevista com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. O chefe do Executivo ainda não se pronunciou sobre o caso.
“A vida de mais um brasileiro foi brutalmente ceifada no estacionamento de um supermercado, no Rio Grande do Sul. As imagens são chocantes e nos causaram indignação e revolta”, escreveu a ministra.
“Chega de violência, chega de tanta barbárie. Temos muito trabalho pela frente para mudar essa realidade no país”, declarou. Ela ressaltou que seu ministério está disponível para “prestar toda assistência necessária” à família da vítima. ” “Sintam-se abraçados por nós”, acrescentou. A ministra também parabenizou a polícia gaúcha “pela rápida resposta e prisão dos responsáveis”. A Polícia Civil do Estado investiga o crime. Os dois homens foram presos em flagrante.