Projeto de Lei proíbe o uso da coleira de choque em animais de São Caetano
Atualmente, no Brasil, as coleiras são vendidas livremente e qualquer um pode utilizá-las sem nenhuma obrigação de capacitação ou acompanhamento profissional
- Data: 10/03/2020 13:03
- Alterado: 10/03/2020 13:03
- Autor: Redação
- Fonte: assessoria
Crédito:reprodução
O vereador Ubiratan Figueiredo da ONG protocolou na Câmara de São Caetano projeto de lei que pretende proibir o uso de acessório que controle o comportamento de cachorros, como as coleiras eletrônicas. Esse tipo de aparato causa choques elétricos por controle remoto ou quando o animal late. Além de vedar o uso, a proposta também pretende proibir a comercialização desse objeto em todo o município.
Atualmente, no Brasil, as coleiras são vendidas livremente e qualquer um pode utilizá-las sem nenhuma obrigação de capacitação ou acompanhamento profissional. Porém, o uso desse aparato inflige descargas elétricas no pescoço do animal quando ladra, inibindo automaticamente suas ações, ou quando ele, na opinião do tutor ou adestrador, estiver manifestando um comportamento indesejável, causando dor e sofrimento. A comercialização das coleiras de choque já foi proibida e o objeto banido em alguns países.
“As primeiras coleiras eletrônicas eram grandes e de fácil identificação, tendo a recusa imediata das entidades protetoras de animais. Hoje, com o avanço da tecnologia, as coleiras de choque são discretas e quase imperceptíveis. Na realidade, os tutores literalmente estão eletrocutando seus animais, mesmo que esta ação não resulte em morte. É um ato de tortura extremamente cruel”, afirma o parlamentar.
Especialistas afirmam que o uso dessas coleiras, além de prática cruel, também não seria eficaz para induzir comportamentos do animal, como por exemplo parar de latir. De acordo com pesquisadores e veterinários, o correto seria entender e tratar a causa do comportamento, no caso a razão do latido.
“A proposta é mais um mecanismo para o avanço nas políticas públicas para os animais de São Caetano do Sul, tendo em vista que hoje, cada vez mais, os pets estão presentes na relação familiar. Não há justificativa cabível para o uso de métodos ultrapassados e cruéis, que causam tortura e dor a quem amamos”, explica Ubiratan.