Literatura no Parque conquista o público infantil

O Espaço Verde Chico Mendes, em São Caetano do Sul, recebeu mais uma edição do evento Literatura no Parque no último domingo, 12/12

  • Data: 14/12/2021 14:12
  • Alterado: 14/12/2021 14:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: Secult PMSCS
Literatura no Parque conquista o público infantil

Lazer cultural no Chico Mendes: Literatura no Parque.

Crédito:Renato Cassin Secult/PMSCS

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A atividade de incentivo à leitura, que reuniu 18 escritores, ilustradores e professores participantes, integra o programa Cultura ao Ar Livre, da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), e tem a coordenação de Nelson Albuquerque Jr.  

“O propósito é colocar a cara na rua. Estão saindo livros daqui, parcerias e, principalmente, oportunidades de leitura para as pessoas que estão em seus momentos de lazer. Cada autor traz, com a sua obra, sua história, uma vida. É muito especial o tête-à-tête entre o autor, apresentando a sua obra e o que ela representa, e o público leitor. Isso abre portas, cria possibilidades e elas acontecem”, afirma o coordenador do projeto. 

Entre as intervenções do dia, teve Varal de Poesia, Árvore de Livros e Sarauzinho, além de poeta produzindo textos para as pessoas em máquina de escrever, escrita de cartas, ação com livros digitais, desafio de livro misterioso e autores locais apresentando suas obras. 

De acordo com Alcidéa Miguel, escritora e membro da Academia de Letras da Grande São Paulo, “Encontros como esse proporcionam um verdadeiro networking: um escritor apoia o outro, compra do outro, troca obras, um chama o outro para o lançamento do seu livro. A gente encontra editores também, estreitando parcerias. É uma festa literária, uma oportunidade áurea para nós”, conta Alcidéa que, desde 2012, já publicou 38 livros, dos quais dez títulos como única autora. Ela também é professora de canto e de saxofone, e contadora de histórias em escolas. 

A enfermeira Juliana Bontempo, mãe da Sarah, de 6 anos, é de São Paulo e mudou-se para São Caetano há uma semana apenas. Pela primeira vez visitando o parque Chico Mendes, conta que a filha está em processo de alfabetização: “Mesmo sem a leitura fluente, ela já conhece as letras, então apresentei para a minha filha a escritora Alcidéa Miguel. Disse para a Sarah que escritores são pessoas inteligentes porque estudaram e que ela deve seguir o exemplo.”  

Despertando o interesse pela leitura

A psicopedagoga Simone Ayres participou desta edição do evento com três atividades: Árvore de Livros, Pipoca Literária Natalina e Literatura na Tela. A “Pipoca” foi contemplada no edital “Arte ao Ar Livre” e, a Literatura na Tela, no edital com recursos remanescentes da Lei Aldir Blanc, ambos da Secult.  

“Como posso despertar o interesse da criança pela leitura? Por meio de estratégias como a pipoca que acompanha um texto literário. Além disso, vou até as crianças, dou as boas-vindas na entrada do parque, falo sobre o nosso trabalho e os temas que estamos abordando em cada encontro. Este aqui, por exemplo, são os textos literários de Natal. E as convido para vir conhecer o nosso espaço”, explica. 

“Na Árvore de Livros, por exemplo, por meio de um cordão de látex, a criança pode puxar um livro da árvore sem precisar retirá-lo.” De acordo com a psicopedagoga, as atividades trabalham com a memória, com a coordenação motora fina (arte com dobraduras) e com valores, por meio de fábulas.   

O projeto “Mediação de leitura literária”, da Simone, é parte da primeira edição do Festival Aldir Blanc, realizada em março, em formato digital: “Foi mágico porque pude ajudar uma criança com dislexia no processo de leitura. E também dei uma acolhida às famílias, que estavam perdidas, porque os pais tiveram que ser professores em tempos de escolas fechadas”, relembra.  

O poeta, músico e psicanalista André Nardi esteve no evento com a atividade Poétipa (com “p”), desenvolvida por ele há dois meses: “juntei três elementos –  a máquina de escrever, a poesia e a arte da escuta. E isso começou a funcionar, ouvir o momento da pessoa, o que ela quiser trazer e transformar, ao som do teclar da máquina, em poesia”, explica. Para o público, a experiência de ter um momento pessoal transformado em poesia é única, emocionante. 

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  • Data: 14/12/2021 02:12
  • Alterado:14/12/2021 14:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: Secult PMSCS









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