Eleições Municipais 2020: Santo André – Entrevista com Paulo Serra
Candidato do PSDB à Prefeitura de Santo André, o atual prefeito Paulo Serra, foi entrevistado pelo portal ABCdoABC. Assista ao vídeo
- Data: 13/11/2020 17:11
- Alterado: 22/08/2023 22:08
- Autor: Redação
- Fonte: Odair Jr./ABCdoABC
Crédito:Odair Junior/ABCdoABC
As Eleições Municipais 2020 estão cada vez mais próximas, dessa forma, muitos candidatos estão em busca de uma oportunidade nos cargos políticos para prefeito, vice e vereador ou, até mesmo, de uma reeleição. Importante salientar, ainda, que o primeiro turno será realizado no dia 15 de novembro, enquanto o segundo está marcado para 29 de novembro.
Como forma de saber mais sobre os candidatos, o portal ABCdoABC traz uma série de entrevistas exclusivas. Desta vez, o convidado foi Paulo Serra, que está concorrendo à reeleição na prefeitura de Santo André. Confira o resumo das respostas do candidato:
Qual sua avaliação da atual gestão da Prefeitura em sua cidade?
O saldo é muito positivo. A gente sabe que falta muita coisa ainda, e é isso que nos anima a continuar. A gente conseguiu limpar o nome da cidade, reduzir as dívidas em 80%, recuperar a credibilidade de Santo André e o resultado disso são ações, obras que melhorem a vida das pessoas. Nós temos já entregues mais de 1 bilhão e 100 milhões de obras. Apesar de todas as dificuldades, o início difícil, cidade quebrada, sem capacidade financeira, e também a pandemia, mesmo assim a gente tem uma clareza que em janeiro de 2021 a cidade começa uma nova gestão muito melhor do que estava em janeiro de 2017, então o saldo é positivo.
Quais as principais dificuldades nesses quatro anos?
Inicialmente foi reorganizar a cidade em todos os aspectos, a cidade estava completamente bagunçado, cortamos cargos, privilégios, regalias. Com a casa em ordem, foi tirar os projetos do papel, a gente recuperou a capacidade de investimento da cidade e pôde novamente fazer parceria com os governos, com bancos internacionais, conseguimos entregar 8 creches, 22 unidades de saúde modernizadas, avenida dos Estados, viaduto Adib Chamas, regularização fundiária. Além disso, temos que falar deste ano por causa do vírus, mas Santo André também se saiu bem, a nossa gente ajudou, ficou em casa, deu tempo de tirar os Hospitais de Campanha do papel, equipar a saúde.
O que a cidade mais precisa?
Do Plano de Governo de 2016, a gente cumpriu praticamente 98%. Aquilo que ainda não saiu do papel não dependeu totalmente do município, que é a Linha 18 e a Estação Pirelli. A pandemia atrapalhou um pouco, principalmente a Estação Pirelli. Os principais desafios surgiram por conta da pandemia, que é a educação, vai ter que ter uma reposição, uma melhoria, e já estamos preparando isso com tablets, além do ensino integral e a relação de capacitação de emprego e renda, a gente tem uma perspectiva muito positiva com o Parque Tecnológico que a gente tirou do papel, mas queremos investir ainda mais, para qualificar mão-de-obra, o Escola de Ouro.
Por que pretende ser prefeito e quais as suas propostas?
Porque eu acredito que a cidade se reencontrou. Hoje eu sou prefeito, mas antes disso sou morador da cidade, é uma ligação que mesmo quando eu deixar de ser prefeito ela vai continuar, isso gera um compromisso, uma obrigação, de fazer o melhor.
Como foi feito o enfrentamento à pandemia em Santo André?
Foi o maior desafio da minha vida, foi muito difícil. Além de toda a responsabilidade que envolve uma cidade de mais de 721 mil habitantes, a questão do vírus ser desconhecido da ciência. A gente criou uma grande equipe, e a confiança das pessoas foi fundamental. A cidade de Santo André é uma referência internacional no combate ao covid, nossa taxa de letalidade e casos graves está caindo, uma série de medidas que deram certo.
Quais são os desafios para os próximos anos?
Manter a cidade no caminho da credibilidade, do investimento, das boas práticas administrativas, continuar o resgate do orgulho, sentimento de amor e pertencimento das pessoas. Vencer alguns desafios como o déficit habitacional, o ensino integral e a questão do emprego. A gente vai trabalhar em todas as frentes, recuperando os eixos logísticos, para que Santo André seja uma cidade do pleno emprego.
Como estão as finanças da cidade para enfrentar esses próximos anos?
Com a pandemia, a arrecadação chegou a cair 30%, foi um baque muito grande. A recuperação também foi rápida, a gente teve, em Santo André, a questão da economia em V, e isso está se mantendo. A cidade que devia 5 bilhões, hoje deve 1 bilhão e 100, reduzimos em 80% a dívida. A gente quer manter isso, reduzir esse estoque de endividamento e fazer com que a cidade troque essas dívidas improdutivas por investimentos.
Hoje, por conta da pandemia, o que é prioritário: saúde, educação ou economia?
São complementares. A saúde sempre vai ter o papel prioritário, porque são vidas humanas, mas hoje a cidade está preparada, chegamos no máximo de 75% da ocupação de leitos, hoje estamos perto de 30%, temos uma estrutura e uma equipe que já conhece muito mais os procedimentos, a média de internação eram 15 dias, hoje são 6. A questão de priorizar a saúde, então, se mantém, mas hoje a educação e o emprego são complementares. Por incrível que pareça, teve muitos ramos da economia que cresceram na pandemia, a gente tem que enxergar essas novas oportunidades.
Em termos eleitorais, como o senhor enxerga o cenário político em Santo André?
Um cenário com escolhas muito fáceis, entre o presente e o futuro, que a gente representa, e o passado, com gestões que já tiveram uma oportunidade.