Programação de dança no Sesc Santo André
Atividades para todos os públicos vão desde espetáculos a oficinas gratuitas
- Data: 30/05/2019 16:05
- Alterado: 30/05/2019 16:05
- Autor: Redação
- Fonte: Sesc Santo André
Danças Brasileiras
Crédito:Nicoli Prado
A arte de movimentar o corpo em determinado ritmo traz consigo relações interpessoais. Dançar é, antes dos padrões estéticos, uma forma de socializar. Movimentos coreografados carregam traços de diversas culturas e pensamentos, funcionam como instrumento histórico ao retratar a manifestação do indivíduo que dança diante do mundo que habita. É extravasar e expressar sentimentos, seja por meio de gestos complexos e ensaiados, ou do simples balanço espontâneo que ocupa o espaço enquanto o corpo desvenda a si mesmo. A dança, da qual se dispensa o uso das palavras, é uma forma singela de comunicação e interação entre pessoas.
No mês de junho o Sesc Santo André realiza uma programação intensa com atividades de dança para todos os públicos, desde espetáculos infantis a vivências dançantes para adultos e idosos. No primeiro dia do mês, sábado, a Acabocaria e a Cia. Pé no Chão apresentam o Bailes do Sertão, o espetáculo que convida o público a sentir no corpo o balanço dos folguedos populares tradicionais das festas juninas. Gratuita na Área de Convivência e livre para todos os públicos, a apresentação enaltece o forró de rabeca, xote, xaxado, carimbó, coco de roda, entre outros ritmos brasileiros.
A unidade também recebe a Mostra de Repertório da Cia. Druw, com espetáculos inspirados pela obra de artistas visuais consagrados, como Tarsila do Amaral, Vicent Van Gogh, Salvador Dalí, Frida Kallo e Wassily Kandinsky. De caráter lúdico, os espetáculos apresentados ao longo do mês são uma mistura de cores, luzes, formas e elementos que influenciaram a trajetória de cada artista. Todos os espetáculos são grátis para crianças até 12 anos, com retirada de ingressos na Bilheteria.
Para não perder o ritmo, o professor Leandro Jesus vem à unidade para aulas abertas de Samba de Gafieira, no Encontre Seu Ritmo de junho. O público poderá aprender passos básicos e complexos em uma dinâmica que estimula o desenvolvimento da coordenação e a socialização. Estilo de dança derivado do maxixe e danças africanas, o Samba de Gafieira surgiu no Rio de Janeiro no início do século XX, propagado por negros que migraram da Bahia para a capital carioca. A oficina é gratuita, com inscrições no local.
A programação de junho também traz outras atividades gratuitas: visitação à cultura regional brasileira na oficina Danças Brasileiras, com Marlene de Lima Franco Domingues; e a experimentação do corpo como instrumento histórico/político em Corpo político em estado crítico, oficina ministrada por Sandro Borelli, da Cia. Carne Agonizante; e o espetáculo [H3O]mens, com a Cia. 4 pra Nada, uma investigação do corpo como suporte para diferentes discursos.
Confira a programação de danças no Sesc Santo André em junho.
Bailes do Sertão, com Acabocaria e a Cia. Pé no Chão
Dia 1/6, sábado, às 16h.
Grátis. Livre para todos os públicos.
Na Área de Convivência.
Sentir no corpo o balanço dos folguedos brasileiros típicos das festas juninas, música ao vivo e danças dramáticas brasileiras, tudo no espetáculo Bailes do Sertão. Com indumentárias, movimentações e atuações da cultura popular a Acabocaria e a Cia. Pé no Chão engloba o forró de rabeca, xote, xaxado, carimbó, coco de roda, coco de trupé e coco rural e músicas populares tradicionais do período Junino.
As festas tradicionais da Cultura Popular Brasileira são um ambiente no qual as diferenças expressas nos sons e nos gestos encontram terreno fértil para brincar livremente. O corpo que dança esses ritmos não é um corpo padronizado. Cada passo é uma sugestão que respeita a diversidade e a memória muscular de cada indivíduo.
A proposta do Acabocaria e Cia. Pé no Chão, que ora segue acompanhada por músicos ao vivo, ora com temas tradicionais e cantos de trabalho, fundamenta-se no espetáculo de rua brasileiro, nos folguedos e personagens populares, onde o ator-dançarino se personifica através do passo, gesto, coreografias, indumentárias e adereços tradicionais, interage com o publico, numa dança coletivada. Coordenado pela professora, dançarina e coreógrafa Maria Rosa Caldas (PE).
Corpo político em estado crítico, com Sandro Borelli
De 1 a 29/6, sábados, das 14h30às 16h.
Recomendação etária: 12 anos.
Na Sala de Práticas Corporais.
Inscrições gratuitas no local com 30 minutos de antecedência.
Esta oficina pretende desenvolver através do corpo, as potencialidades do movimento enquanto instrumento histórico/político. Busca colaborar na construção de uma sensibilização física/reflexiva do indivíduo que dança, para assim, poder assumir o status que lhe cabe, a de uma linguagem política poderosa na transformação do cidadão em um corpo ideológico que se manifesta para o mundo através do movimento.
Coreógrafo, professor, iluminador cênico, fundador e diretor artístico da Cia Carne Agonizante/SP. Suas criações coreográficas já foram apresentadas em diversos festivais internacionais e nacionais. Criou coreografias para Balé da Cidade de São Paulo, Palácio das Artes de Belo Horizonte, Corpo de Dança do Amazonas e Cia. Mitzi de Dança do Espírito Santo. Borelli é formado em Educação Física pela Universidade Nove de Julho/SP (Licenciatura e Bacharelado). Foi docente na Escola Superior de Artes Célia Helena no curso da Pós-Graduação em Artes Cênicas. Atualmente é mestrando na UNICAMP na área de Educação Física e Sociedade. É o atual presidente a Cooperativa Paulista de Dança.
Mostra de Repertório da Cia. Druw
Apresentação do repertório de espetáculos infantis de dança inspirados em obras de artistas visuais consagrados.
Aos domingos, no Teatro. Livre para todos os públicos.
Ingressos em R$ 20,00 (inteira), R$ 10,00 (meia-entrada) e R$ 6,00 (trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e seus dependentes com Credencial Plena). Disponíveis nas Bilheterias da Rede Sesc. Grátis para crianças até 12 anos mediante retirada de ingressos na Bilheteria.
Vila Tarsila – 2/6
O espetáculo joga luzes nas memórias de infância de Tarsila do Amaral, remontando sua trajetória criativa, desde suas primeiras impressões sobre cores e formas, até as origens dos elementos que influenciaram diretamente em sua criação artística.
Transporta o espectador para o mundo antropofágico da artista, demonstra que sua obra nasceu das experiências visuais das inúmeras viagens realizadas e das brincadeiras que recheavam as tardes na fazenda onde vivia em Capivari, interior de São Paulo, onde podia correr livremente entre pedras, árvores, cactus e brincar com bonecas feitas de mato, em contraponto com a educação francesa que recebeu de seus pais.
Girassóis – 9/6
O espetáculo de dança infantojuvenil Girassóis, inspirado nas obras de Vicent Van Gogh, segue o fluxo de plantar e colher, em corpos que pulsam pinceladas carregadas de emoção. Os quadros Camponeses, Comedores de batatas, Semeador, Noite Estrelada, O Quarto, Casa Amarela, Girassóis, os personagens que habitam seus retratos, como O carteiro, O escolar, La Mousmè, Gauguin, Segatóri, Srta. Gachet no piano, e os autorretratos de Van Gogh nos serviram de inspiração, levando-nos a um roteiro leve, lúdico e poético.
Poetas da Cor – 16/6
A Cia Druw mergulha no universo encantado da cor, onde cria partituras lúdicas e poéticas das cores em movimento. A cor está em tudo, dentro e fora, no cheio e no vazio, na luz e no pigmento, entre o céu e a terra, na física e na química. Uma cor nunca está sozinha, está sempre cercada de outras vizinhas e produzem efeitos contraditórios. “Poetas da Cor” são seres, energias que acionam e resgatam a essência do poder criativo espontâneo que vive em nós.
Dalí, daquí ou de lá? – 23/6
“Dalí, daquí ou de lá?” é o mais novo espetáculo da Cia Druw, criado a partir de elementos presentes nas obras de Salvador Dalí, Frida Kallo e Magritte, pintores surrealistas que optaram por uma linguagem mais próxima do inconsciente que da lógica. No roteiro foram incorporados jogos de improvisação e composição coreográfica, assim como a justaposição de objetos desconexos.
[H3O]mens, com Cia. 4 pra Nada
Dia 9/6, domingo, das 19h às 20h
Recomendação etária: 18 anos.
No Teatro. Plateia limitada a 22 lugares.
Ingressos em R$ 20,00 (inteira), R$ 10,00 (meia-entrada) e R$ 6,00 (trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e seus dependentes com Credencial Plena). Disponíveis no Portal Sesc SP ou nas Bilheterias da Rede Sesc.
[H3O]mens parte do encontro de três bailarinos/atores em cena. Uma investigação do homem. Ser homem. Corpo de homem. Ter um pênis. Um homem diante de outro homem. Um homem encostando em outro homem. Um homem dançando para outro homem. Os homens que são em cena. Os homens que são a cena. Estarão lá, dançando os homens que são André D.O., Rafael Bougleux e Rafael Ravi, na investigação do corpo como suporte de qualquer discurso. Com direção de Carlos Canhameiro, iluminação de Daniel Gonzalez e coreografias de Andreia Yonashiro, Maristela Estrela e Morena Nascimento.
Encontre seu Ritmo, Samba de Gafieira
Com Leandro Jesus
Dias 9 e 23/6, domingos, das 10h às 12h30.
Grátis. Recomendação etária: 12 anos.
Na Área de Convivência.
Estilo de dança derivado do maxixe, o Samba de Gafieira surgiu no Rio de Janeiro no início do século XX e o nome veio de uma alusão feita ao lugar onde era comum a prática desta maneira de dançar. Nos meses de junho e julho, o público poderá aprender passos básicos e complexos apresentados pelo professor Leandro Jesus, em uma dinâmica que estimula o desenvolvimento de coordenação e a socialização, já que é dançado em par.
Dança de São Gonçalo, com Grupo Folclórico de Amarante da Mussuca
Dia 16/6, domingo, às 16h.
Grátis. Livre para todos os públicos.
Na Área de Convivência.
A Dança de São Gonçalo do Amarante é um ritmo brasileiro originado no povoado de Mussuca, no município de Laranjeiras, em Sergipe, e se espalhou por todo o Brasil a partir do século XVIII. De origem católica e portuguesa, a celebração envolve não só a dança, mas festas e romaria para São Gonçalo, conhecido pelos devotos como santo milagreiro, casamenteiro, remédio contra enchentes e protetor dos violeiros.
Atualmente, a dança de São Gonçalo do Amarante é executada em diversos Estados brasileiros e segue diferentes costumes, mas sua tradição se manifesta mais forte na região Nordeste, local de origem em terras brasileiras.
Nesta apresentação, o Grupo Folclórico de Amarante da Mussuca traz ao público a música, gestos, coreografias e celebrações típicas de uma das manifestações culturais mais antigas do Brasil.