Engenheiro Eletrônico explica o que é poluição eletromagnética
Nas últimas décadas, a tecnologia moderna desenvolveu vários emissores de radiação eletromagnética, como antenas de rádio, televisão e celulares
- Data: 08/06/2021 13:06
- Alterado: 08/06/2021 13:06
- Autor: Redação
- Fonte: IMT
Crédito:Letícia Teixeira
O excesso de ondas eletromagnéticas emitidas por equipamentos eletroeletrônicos produz um tipo de poluição chamada de “poluição eletromagnética”, que é imperceptível e está presente em toda parte, principalmente nos grandes centros urbanos e tecnológicos, como São Paulo. É importante esclarecer, entretanto, que os equipamentos elétricos e eletrônicos são certificados para operação e uso, desde que estejam adequados ao atendimento de normas técnicas.
O prof. Dr. Eduardo Pouzada – engenheiro eletrônico formado pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) – explica que as frequências de operação e a intensidade das emissões eletromagnéticas são parâmetros fixados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). “Em princípio, a ocupação do espectro não é um problema se as intensidades das radiações eletromagnéticas e as frequências associadas estejam dentro dos limites estabelecidos. Admitindo que as normas técnicas sejam respeitadas, o maior “problema” ocorre do ponto de vista da concepção e do projeto dos equipamentos que fazem uso da radiação eletromagnética, pois as especificações vão sendo continuamente atualizadas e ficam mais “apertadas”, explica Pouzada.
É possível diminuir a poluição eletromagnética?
Nas últimas décadas, a tecnologia moderna desenvolveu vários emissores de radiação eletromagnética, que são largamente empregados em redes de infraestrutura elétrica e de telecomunicações. Redes de transmissão de energia, torres de alta tensão, antenas de televisão, de rádio e de telefonia celular, expandiram os campos eletromagnéticos.
“Considerando os limites da tecnologia e o estilo/tendência ao qual a sociedade se acostumou, evitando as conexões com fios (como se isso fosse algo ultrapassado), acredito que é um caminho sem volta. Seria algo semelhante a impor a proibição de construção de prédios altos em grandes metrópoles. O uso do espectro eletromagnético é limitado pela tecnologia, por aspectos de natureza física, pelo custo dos equipamentos e, claro, por normas técnicas”, conclui o engenheiro de Mauá.