Os livros favoritos de 40 mulheres maravilhosas

Descobrimos qual é o livro de cabeceira de 40 mulheres incríveis e contamos tudo para você

  • Data: 02/04/2018 11:04
  • Alterado: 02/04/2018 11:04
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Lilian Trigo
Os livros favoritos de 40 mulheres maravilhosas

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Todo mundo tem aquele livro especial que lê e relê muitas e muitas vezes. Um livro que teve um papel importante e, muitas vezes, até mudou sua vida. Seu livro favorito diz mais sobre você do que imagina. Por isso, selecionamos 40 mulheres de destaque em várias áreas de atividade e mostramos qual é o livro que ocupa um lugar de honra em seus corações.

As nossas escolhidas têm as mais variadas profissões. Você vai encontrar a primeira dama mais charmosa do universo, uma correspondente de guerra, atrizes ganhadoras do Oscar, a top model mais famosa do mundo, a futura rainha da Inglaterra e outras grandes mulheres. Também não poderiam faltar mulheres que não estão mais entre nós, mas de quem sempre queremos saber um pouco mais.

Todos os livros da lista foram lançados no Brasil, embora alguns, infelizmente, estejam fora de catálogo no momento (mas vale a pena procurá-los em sebos). Quem sabe você escolhe a sua próxima leitura nessa lista. 

Amanda Palmer
Amanda Palmer é cantora, compositora e autora do livro “A Arte de Pedir” – lançado no Brasil em 2015. Um verdadeiro fenômeno na internet, Amanda foi a primeira pessoa a conseguir arrecadar 1 milhão de dólares em um projeto de crowdfunding. Casada com o escritor Neil Gaiman, há dois anos é a orgulhosa mãe de Anthony, mais conhecido como Ash, que ela leva para baixo e para cima em suas excursões musicais e literárias. Seu livro favorito é um dos mais famosos livros infantis de todos os tempos, publicado pela primeira vez em 1922. 
 “‘O Coelho de Veludo’ é um livro sobre o amor. Um clássico. Conforme os anos passam, toda vez que leio em voz alta, choro ainda mais.”
Livro favorito: O Coelho de Veludo: Quando Uma Coisa de Mentira Vira Algo de Verdade – Margery Williams
(Editora Poetisa – R$ 34,90)

Angela Merkel
Primeira ministra alemã, recém-eleita pela quarta vez consecutiva, Angela Merkel é a mulher mais importante na política mundial. Ela fala fluentemente russo, estudou física e matemática e tem um doutorado em química quântica. Depois da queda do muro de Berlim, se envolveu no crescente movimento democrático alemão e foi porta-voz do governo interimo, que assumiu o país durante a transição da unificação.
Seu escritor favorito é considerado um dos mais importantes da literatura mundial de todos os tempos.
“‘Fausto’ dá uma ideia do por que os alemães gostam tanto de chegar ao fundo das coisas. Ele também levanta questões importantes sobre a responsabilidade de um cientista.”
Livro favorito: Fausto – Johann Wolfgang Von Goethe
(Editora 34 – Em dois volumes. 1º volume R$ 89,00 e o 2º R$ 118,00).

Caroline Kennedy
Única filha mulher de John e Jacqueline Kennedy, desde pequena Caroline conviveu com o assédio de jornalistas e fotógrafos. Talvez por essa razão, quando adulta ela decidiu viver uma vida discreta, voltada para o trabalho e para a família, bem distante dos holofotes. Respeitada advogada, foi embaixadora dos Estados Unidos no Japão, de 2013 a 2017, e publicou dois livros. 
O livro que selecionamos, tem um título bastante familiar para ela, que teve que lidar com as mortes de todos os parentes mais próximos. 
“Qual é meu livro favorito? Esta é uma pergunta impossível de responder! Os dois livros que me fizeram chorar de verdade foram ‘Judas, o Obscuro’, de Thomas Hardy e ‘Uma Morte em Família’ de James Agee. Já os dois livros que me fizeram gargalhar foram ‘Uma Confraria de Tolos’, de John Kennedy Toole e ‘Lucky Jim’, de Kingsley Amis.”
Livro favorito: Uma Morte na Família – James Agee
(Companhia das Letras – R$ 69,90)

Cate Blanchett
Cate Blanchett é considerada uma das atrizes mais talentosas de sua geração. A australiana já tem dois Oscars – um de atriz coadjuvante por “O Aviador” e o de protagonista por “Blue Jasmine” – e não tem medo de inovar, participando tanto de filmes blockbuster, como a trilogia de “O Senhor dos Anéis” e “Thor: Ragnarok”, quanto de produções independentes. Antes de dedicar-se à interpretação, estudou Economia e Belas Artes.
Quando o assunto é literatura, Cate sempre procura livros que possam auxiliá-la no seu crescimento pessoal.
“Eu leio e releio ‘Livro Tibetano do Viver e do Morrer’ desde meus 20 anos. Eu gosto muito de uma de suas noções básicas – a auto responsabilidade. Ele fala sobre se preparar para uma boa morte e, desde que me tornei mãe, tenho que encarar a minha própria mortalidade todos os dias, à medida que meus filhos crescem e se desenvolvem. Na nossa sociedade ocidental cada elemento é uma negação da morte. Nós não queremos pensar nisso, o que agrava o terror que sentimos sobre o assunto. Este livro ajuda as pessoas a navegarem através do medo.”
Livro favorito: Livro Tibetano do Viver e do Morrer – Songyal Rinpoche
(Palas Athenas – R$ 48,00)

Christiane Amanpour
A jornalista Christiane Amanpour sempre esteve no lugar certo na hora certa. Ela estava em Berlim quando o muro caiu, em Bagdá durante a primeira Guerra do Golfo, na devastada Sarajevo e literalmente no olho do furacão na passagem do Katrina. Tudo isso faz dela a mais respeitada jornalista e correspondente internacional da atualidade. Com uma lista invejável de entrevistados, que reúne ditadores, políticos, líderes religiosos e membros da monarquia do ocidente e do oriente, atualmente ela deixou de lado os perigosos locais de confronto e conduz um programa na CNN. A jornalista é apaixonada por história e, sempre que pode, devora livros sobre o tema. 
“Sempre que possível, tento ler o maior número de livros sobre história possível e, durante a invasão russa da Criméia e da Ucrânia oriental, simplesmente devorei esse livro enorme… e, por puro descaramento, até mandei um exemplar em russo para Vladimir Putin! Como ele é de São Petersburgo, gosta de reivindicar para si o manto de Pedro, o Grande. Foi incrível descobrir que Pedro era muito progressista e admirava muito tudo que era ocidental. O autor, Robert Massie, além de historiador, é um fantástico contador de histórias. Fiquei tão encantada com sua escrita que li os livros dele sobre Catarina, a Grande, e Nicolas e Alexandra”.
Livro favorito: Pedro, o Grande – Sua Vida e Seu Mundo  – Robert K. Massie
(Editora Manole – R$ 131,00)

Claire Danes
Claire Danes ficou conhecida, em 1994 como Angela Chase, na série “Minha Vida de Cão”. Apesar de ter durado apenas uma temporada, a série é cultuada em todo mundo até hoje. Claire tem uma sólida carreira no cinema, que só foi interrompida quando ela foi para a universidade de Yale estudar Psicologia. Apaixonada por livros, já atuou em 16 filmes baseados em livros e peças teatrais, como “Romeu e Julieta”, “Mulherzinhas”, “Ao Entardecer” e “Stardust: O Mistério da Estrela”, entre outros.
Atualmente pode ser vista na série “Homeland”, e não esconde de ninguém que está apaixonada pelos livros do escritor japonês Haruki Murakami.
“‘Crônica do Pássaro de Corda’ parte da premissa de ‘Alice no País das Maravilhas’: um homem procurando por um gato. Murakami descreve essas experiências domésticas banais, mas, ao mesmo tempo ele conta uma história incomum e alucinante. É um dom – fazer algo comum parecer mágico e vice-versa. É uma história terna, a busca do personagem principal pelo gato é também uma indagação pelo sentido da vida. E essa tarefa leva-o à uma jornada labiríntica”.
Livro favorito: Crônica do Pássaro de Corda – Haruki Murakami
(Alfaguara – R$ 69,90)

Elizabeth Gilbert
Antes de ficar internacionalmente famosa com o livro “Comer, Rezar, Amar”, Elizabeth Gilbert escrevia para as maiores revistas americanas. Seus autores favoritos são Charles Dickens, o imperador romano Marco Aurélio e poeta Jack Gilbert. Mas sabe que livro ela levaria para uma ilha deserta?
“Se eu só pudesse levar um livro para a ilha deserta? Eu levaria ‘Folhas de Relva’, de Walt Whitman. Passaria o resto da vida memorizando esse livro. Então andaria pela ilha declamando “Canção de Mim Mesmo” para sempre. Você há de concordar que não é uma maneira ruim de passar os dias”.
Livro favorito: Folhas de Relva – Walt Whitman
(Iluminuras – R$ 36,00)

Ellen DeGeneres
Ellen é a mais amada apresentadora de TV dos Estados Unidos. Ela é adorada por pessoas de todas as idades em todo mundo, não só por ser divertidíssima – e ter dublado a deliciosa Dory em “Procurando Nemo” – mas por seu envolvimento em causas sociais. Anualmente, ela faz os convidados famosos de seu programa de auditório a passarem por provas de gincana para arrecadar fundos para pesquisas e causas humanitárias. Este ano, o quadro virou o programa, “Ellen’s Game of Games”. Ainda em 2018, ela voltará às suas origens da comédia stand-up em um especial para a Netflix.
Em seu programa, Ellen ganha todo tipo de presente. O mais especial foi um livro que ela ganhou de uma fã e se tornou seu favorito.
“Desde que ganhei o livro de Mimi Ausland, uma garotinha de 12 anos, não consegui largá-lo. É sobre a vida de um piloto de corrida contada da perspectiva de seu cachorro, Enzo! Acredite em mim, você vai adorar essa história – mesmo aqueles que são céticos sobre cachorros falantes. Sua família vai amar. Seus amigos vão adorar. E aposto dinheiro que até seus gatos vão ler e reler diversas vezes”.

Livro favorito: A Arte de Correr na Chuva – Garth Stein
(Editora Paralela – R$ 39,90)

Emma Watson
Emma Watson ficou conhecida como Hermione, a melhor amiga de Harry Potter. Como a personagem, ela também sabe exatamente o que quer. Ao contrário do que todos esperavam, escolheu a universidade americana Brown para estudar literatura inglesa. Formou-se, em 2014, com excelentes notas e tendo conseguido conciliar a quase impossível tarefa de não negligenciar os estudos por causa do seu trabalho no cinema. Recentemente uniu duas de suas paixões: literatura e feminismo, criando um grupo de discussão, que tem mais de 200 mil inscritos no site Goodreads.
“A coisa que mais me chamou a atenção em Salinger, foi a sua visão sobre a sociedade daquela época e o seu sarcasmo. Primeiro li ‘O Apanhador no Campo de Centeio’ e depois esse, ‘Carpinteiros, Levantem bem alto a Cumeeira’. Acho que não existe nada como esses personagens na literatura americana”.
Livro favorito: Carpinteiros, Levantem Bem Alto a Cumeeira – J.D. Salinger
(L&PM Bolso – R$ 19,90)

Erica Jong
Erica Jong é uma premiada escritora americana e seu livro “Medo de Voar”, escrito em 1973, provocou escândalo na época por quebrar os padrões e descrever as aventuras sexuais de uma mulher livre. A personagem principal, Isadora Wing, uma espécie de alter ego da escritora, voltou a aparecer em seu 11º livro, “Medo de Morrer”, ainda inédito no Brasil.
A lista de seus livros favoritos basicamente só tem escritoras mulheres, mas quem foi uma inspiração para Erica foi Sylvia Plath.
“Uma mulher sofre um colapso nervoso, enquanto persegue seu sonho de ser editora de uma revista. Em ‘A Redoma de Vidro’, Sylvia Plath tornou possível para nós mulheres confrontarmos nossa raiva e transformá-la em literatura. Ela tornou aceitável declarar nossa raiva”.
Livro favorito: A Redoma de Vidro – Sylvia Plath?
(Biblioteca Azul – R$ 30,90)

Gillian Anderson
Ela é a Agente Scully, de “Arquivo X”, Stella Gibson, da série “The Fall”, Media em “American Gods”. Gillian Anderson é tudo isso e muito mais. A atriz se divide em trabalhos em Hollywood e Londres, seja no cinema, na TV ou nos palcos. Também se dedica a trabalhos sociais, como a ONG “SAYes”, que tem um programa de monitoria para jovens marginalizados na África do Sul, além de apoiar causas como os direitos infantis, dos povos indígenas, das mulheres; campanhas pela conscientização da importância do voto e de apoio e prevenção do suicídio entre jovens da comunidade LBTG. 

Em 2017, lançou o livro “WE: A Manifesto for Women Everywhere”, em parceria com a ativista Jennifer Nadel, um guia com nove princípio para viver uma vida melhor e mais simples. Esta não é a primeira aventura literária de Gillian. Ela já escreveu outros três livros de ficção-científica, mas apenas “Uma Visão do Futuro” foi lançado no Brasil.

Seu livro favorito é “O Mundo Conhecido”, vencedor do Prêmio Pulitzer em 2004.
“Essa é uma narrativa ficcional sobre um escravo livre na Virgínia, que se torna dono de terras e de escravos. É uma situação peculiar, mas historicamente acertada. Jones relata que alguns negros que se tornaram senhores de escravos passam a tratar seus serviçais como eles foram tratados. É como o que acontece em uma linhagem familiar com histórico de abuso infantil, o comportamento passa de geração a geração. Eu achei esse romance um lembrete extremamente triste de uma época quando, em nossos quintais, pessoas eram consideradas propriedade e as vidas eram dispensáveis”.
Livro favorito: O Mundo Conhecido – Edward P. Jones
(José Olympio – R$ 62,90)

Gisele Bündchen – Drew Barrymore – Meghan Markle
Essas três mulheres são conhecidas nos quatro cantos do mundo. A brasileira Gisele Bündchen dispensa maiores apresentações. Linda, rica, famosa, empresária, ativista da causa animal e de uma vida mais natural, de quebra ainda é casada com Tom Brady, considerado o maior jogador da história do futebol americano.
Já Drew Barrymore começou sua carreira como atriz aos 3 anos de idade. Aos 6 anos, participou de “ET: O Extraterrestre” e tornou-se uma das atrizes mirins mais requisitadas de Hollywood. A adolescência foi conturbada e Drew passou a aparecer nas capas das revistas por escândalos e problemas com álcool e drogas. Depois de um período no fundo do poço, com tentativas de suicídio e passagens por clínicas de reabilitação, Drew começou uma vida nova. Hoje tem uma sólida carreira e pode ser vista na série da Netflix, “Santa Clarita Diet”.
Até conseguir o papel de Rachel Zane na série “Suits”, em 2011, Meghan Markle era uma entre tantas atrizes procurando uma grande oportunidade em Hollywood. Longe de ser apenas um rostinho bonito, Meghan participa ativamente de campanhas seja pela igualdade de gênero ou por melhoria das condições de vida de crianças em todo mundo. Em um desses eventos conheceu o príncipe Harry, filho caçula de Diana e Charles, também envolvido em causas humanitárias. Distante dos olhos atentos dos paparazzi, os dois começaram um discreto relacionamento e pegaram o mundo de surpresa com o anúncio do casamento, no próximo dia 19 de maio.
Como você pode perceber, as três são muito diferentes, apesar de partilharem fama, sucesso e notoriedade. Mas, afinal, o que elas têm em comum? Um livro de pouco mais de 100 páginas, escrito pelo cirurgião mexicano Don Miguel Ruiz, que largou a medicina para se dedicar aos ensinamentos espirituais de seus ancestrais. Como não existia nada escrito sobre a filosofia tolteca, Don Miguel uniu neste livro os ensinamentos indígenas e a perspectiva científica. Este é o livro de cabeceira de Gisele, Drew e da futura princesa Meghan e para cada uma delas ele ensinou alguma coisa diferente.

Gisele Bündchen: “Para mim, este livro foi uma espécie de epifania! Me mostrou que o caminho não precisa ser difícil para se conseguir pequenas coisas. O importante é a jornada, e não chegar ao destino. A leitura é muito importante para mim e eu preciso ler coisas que abram minha mente. Todos nós precisamos alimentar as nossas mentes”.

Drew Barrymore: “Eu encontrei esse livro em um momento muito difícil da minha vida e ele me salvou. Ele oferece conselhos simples e acessíveis de como você deve se comportar na vida”.

Meghan Markle: “Minha mãe me deu uma cópia deste livro quando eu tinha 13 anos e, até hoje, continuo relendo esse clássico de Don Miguel Ruiz para encontrar maneiras de simplificar minha vida”.

Livro favorito: Os Quatro Compromissos – Don Miguel Ruiz
(Editora Best Seller – R$ 24,90)

Greta Gerwin
Há apenas alguns anos, Greta Gerwin conseguiu o papel de sua vida no filme de Noah Baumbach, “Frances Ha”. Cinco anos depois, ela se transformou em um dos nomes mais quentes em Hollywood. Seu segundo trabalho como diretora “Lady Bird: A Hora de Voar”, é um filme semiautobiográfico que arrebatou plateias de todo o mundo e ganhou prêmios em vários festivais. Em janeiro deste ano, Greta recebeu uma indicação para o Oscar de melhor direção, a primeira para uma mulher desde a vitória de Kathryn Bigelow por “Guerra ao Terror”, em 2008.
Formada em literatura inglesa e filosofia, os livros tem grande importância em sua vida. Sua escritora favorita é ninguém menos que Virginia Woolf.
“Este livro é considerado um clássico por um motivo. Minha mente foi moldada pela prosa de Virginia Woolf e nunca mais será a mesma. A metafísica que ela apresenta no livro é encenada de uma forma que me permitiu começar a entender essa linha da filosofia”.
Livro favorito: Ao Farol – Virginia Woolf
(Autêntica – R$ 54,90)

Gwyneth Paltrow
Muitos torcem o nariz para Gwyneth Paltrow, desde que ela venceu Fernanda Montenegro, indicada por “Central do Brasil”, e ganhou o Oscar por “Shakespeare Apaixonado”, em 1999. O que poucos sabem é que Gwyneth é uma mulher de grande cultura, estudou História da Arte e fala fluentemente francês, espanhol e italiano. Apaixonada por literatura, a atriz tem um clube de leitura, do qual até Madonna faz parte. Foi Gwyneth quem apresentou o escritor peruano Mario Vargas Llosa para Madonna, que agora tem na lista dos livros prediletos “Travessuras da Menina Má”.

Sua escritora favorita é Doris Lessing, a britânica que ganhou um Prêmio Nobel em 2007, aos 87 anos, tornando-se a pessoa mais idosa a receber a honraria.  
 “Este romance extraordinário mudou minha vida e as vidas de tantas jovens mulheres nos anos 60. Ainda tenho a cópia que li na época, e está cheio de orelhas e todo grifado. É uma epifania atrás da outra, todas grifadas para que eu possa facilmente encontra-las. Alguém lê ‘O Carnê Dourado’ hoje em dia? Não sei, mas naquela época, um pouco antes do início da segunda onda do movimento feminista, fiquei impactada com Anna, a heroína do livro de Lessing, e sua luta para se tornar uma mulher livre. Trabalho, amizade, amor, sexo, política, psicanálise, literatura, todas as coisas que me interessavam estavam no livro. E eu posso contar quantas vezes fechei o livro, envolvida pela sua grandeza e sabedoria”.
Livro favorito: “O Carnê Dourado – Doris Lessing
(Atualmente fora de catálogo, o livro teve três edições no Brasil – Editora Record; Círculo do Livro e Abril Cultural) 

Halle Berry
Halle Berry ficou conhecida no mundo todo em X-Men, interpretando a mutante Tempestade. Em 2001, entrou para a história ao se tornar a primeira atriz negra a ganhar o Oscar de melhor atriz pelo drama “A Última Ceia”. Antes de começar a atuar, ela participou de concursos de beleza, chegando a ficar em segundo lugar no Miss Estados Unidos de 1986.
No colégio foi editora do jornal da escola e desenvolveu um profundo amor pela literatura. O livro de memórias do saxofonista James Mcbrides, “A Cor da Água”, teve grande impacto na vida de Halle, que como o autor também é fruto de um casamento inter-racial.
“Minha mãe é branca e meu pai é negro, então eu me senti instantaneamente conectada com essa história de uma família inter-racial. Este é um livro de memórias escrito pelo filho de uma mãe judia e de um pastor batista. A história conta os esforços que sua mãe fez para ser aceita. Eventualmente, ela desiste de sua fé e se torna batista. Ela é criticada por sua decisão, e esse é o ponto principal do livro – como ela escolhe viver sua vida, como ela é julgada pelas pessoas e como suas decisões afetam seus filhos”.
Livro favorito: A Cor Da Água – James Mcbrides
(O livro foi lançado pela Editora Bertrand, mas atualmente está fora de catálogo)

Hillary Swank
Vencedora de dois Oscar, por “Meninos Não Choram” e “Menina de Ouro”, Hillary Swank é apaixonada por literatura. Um dos seus passatempos favoritos é visitar sebos e livrarias e ela adora ganhar livros de presente.
Seu livro de cabeceira é “O Sol É Para Todos” de Harper Lee, que é leitura obrigatória nas escolas americanas.
“‘O Sol é para Todos’ ainda é meu livro favorito e foi um dos livros mais emocionantes que me lembro de ter lido quando criança. Eu simplesmente adorei. Scout, a garotinha do livro, estava passando pelas mesmas coisas que eu, e foi um lembrete maravilhoso de que eu, na verdade, não estava sozinha”.
Livro favorito: O Sol é para Todos – Harper Lee
(José Olímpio – R$ 49,90)

Isabelle Ruppert
Quem não conhece Isabelle Huppert? Considerada uma das maiores atrizes francesas, ela coleciona prêmios e trabalhou com os mais renomados diretores do cinema mundial, como Jean-Luc Goddard, Otto Preminger, Michael Cimino, Claude Chabrol e Michael Haneke, só para mencionar alguns.
De sua mãe, professora de literatura inglesa, herdou o amor pelos livros, embora seus autores favoritos sejam os russos.
“‘Os Demônios’ talvez seja o maior romance já escrito, embora eu não tenha lido todos! Parece que Dostoiévski fala de toda a raça humana com uma mistura de sadismo e humor. Tenho que agradecer a Andrzej Wajda por ter me chamado para fazer um filme baseado neste grande livro”.
Livro favorito: Os Demônios – Fiódor Dostoiévski
(Editora 34 – R$ 98,00)

J. K. Rowlins
A autora de Harry Potter tem dificuldade de escolher apenas um livro favorito. A cada entrevista, ela aparece com uma nova lista. Em uma matéria recente, J.K. contou que tem uma nova paixão: “Grimble”, escrito por Clement Freud, neto de ninguém menos que Sigmund Freud. Clement morreu em 2009, aos 85 anos.
“‘Grimble’ é um dos livros mais divertidos que eu já li. O próprio Grimble, que é um menino pequeno, é um personagem fabuloso. Eu adoraria ver esse livro transformado em filme. Até onde sei, os dois livros de Grimble estão fora de catálogo e posso garantir que são maravilhosas obras literárias. Então, se algum editor está lendo essa matéria, deixo aqui meu recado: ‘Por favor, você poderia relançar esses livros para que outras pessoas possam lê-los?”
Livro favorito: Grimble: E também Grimble no Natal – Clement Freud
(Editora Zahar – R$ 39,90)

Jennifer Lawrence
Jennifer Lawrence é considerada uma das mais talentosas atrizes de sua geração. Aos 27 anos, ela já foi indicada 4 vezes para os prêmios da Academia, tendo vencido em 2012, por “O Lado Bom da Vida”. Ela não tem medo de ousar, intercalando filmes de ação, produções independentes e trabalhos com grandes diretores.
Ao falar de seu livro preferido, Jennifer não deixa de lado seu humor peculiar, e surpreende tanto pela sua honestidade quanto ao tamanho da obra, quando pela sensibilidade em entender os conflitos dos personagens.
“Eu não tinha nenhuma esperança de gostar desse livro. Só de olhar pra ele, já imaginei que não tinha a menor vontade de terminar um livro de 800 páginas, mas depois que comecei, li e reli alguns capítulos várias vezes. É um livro maravilhoso! Você se apaixona pelos personagens e começa a crescer junto com eles.”
Livro favorito: Anna Karenina – Liev Tolstói
(Edição de luxo com capa dura da Companhia das Letras – R$ 84,90)

Joan Didion
Antes de qualquer coisa, Joan Didion é uma grande jornalista. Em 1956, uma época em que pouquíssimas mulheres se destacavam no jornalismo, ela começou como pesquisadora na revista Vogue e, sete anos depois, já era editora assistente. Nos anos 60, era um dos nomes do novo jornalismo americano, juntamente com Hunter S. Thompson, Gay Talese e Tom Wolfe, entre outros. Escreveu para grandes publicações como o jornal The New York Times e as revistas Life e Esquire.
Em 2017, Joan publicou seu 16º livro, “South & West: From a Notebook” (ainda sem previsão de lançamento no Brasil), e viu o lançamento do documentário sobre sua vida, dirigido por seu sobrinho, o ator Griffin Dunne.
Em seu trabalho como crítica literária para o The New York Review of Books, poucos livros arrancaram elogios da escritora. Portanto, não é de se estranhar que ela tenha escolhido um romance escrito em 1915 como seu preferido.
“Releio frequentemente ‘Vitória’, de Joseph Conrad, que é talvez o meu livro favorito no mundo… É uma história ouvida de terceira mão. Não é uma história que o narrador tenha ouvido de alguém que a viveu. Ele ouviu de pessoas que se encontravam perto do Estreito de Malaca. Dessa forma, há esse fantástico distanciamento da narrativa, exceto que, quando você está no meio da história, ela permanece muito imediata. É uma forma de escrever incrivelmente hábil. Eu nunca comecei a escreveu meus romances – quero dizer, exceto o primeiro, quando eu estava escrevendo um romance apenas para começar a escrever um – eu nunca escrevi nada sem primeiro reler ‘Vitória’. Este livro abre todas as possibilidades de um romance. Faz parecer que vale a pena escrever.”
Livro favorito: Vitória – Joseph Conrad
(Revan – R$ 55,00)

Jodie Foster
Jodie Foster não é uma pessoa comum. Ela foi a menininha do primeiro comercial do bronzeador Coppertone, de 1965. Em 1981, John Hinckley, o maluco obcecado por ela, atirou no presidente americano Ronald Reagan para impressioná-la. Ganhou duas músicas em sua homenagem: “Alibis”, da banda britânica Asia, e “Other Ways of Speaking” da banda de Russell Crowe, 30 Odd Foot of Grunts. Depois do filme “Contato”, um asteroide, o 17744, foi batizado com seu nome.
Formada em literatura pela prestigiosa universidade de Yale, Jodie fala francês, espanhol e italiano. Sempre à procura de um novo autor, ela ainda guarda um lugar especial no coração para seu primeiro livro favorito.
“Estudei no Liceu Francês em Los Angeles e, como todos os alunos do ensino médio do sistema escolar francês, tive que estudar o trabalho de Charles Baudelaire, poeta do século XIX. Aos 15 anos, esmagada pelo peso sombrio da autodescoberta, decorei os poemas dele e fiquei emocionada com a linguagem exótica, cheia de tabus e metáforas estranhas envolvendo a morte e decadência. É uma leitura obrigatória para todo adolescente deprimido.”
Livro favorito: As Flores do Mal – Charles Baudelaire
(Martin Claret – R$ 22,90)

Julia Child
Julia Child é um verdadeiro patrimônio nacional nos Estados Unidos. Ela ensinou várias gerações a cozinhar com seus livros e, posteriormente, seus programas de TV. O caso de amor de Julia com a culinária começou por acaso, quando seu marido foi transferido para Paris. Para fugir do tédio, ela se matriculou na famosa escola Le Cordon Bleu. Na volta para os Estados Unidos resolveu escrever sobre tudo que aprendeu em terras francesas. Este foi o primeiro de seus 18 livros.
Uma personagem fascinante – que pode ser conhecida melhor no filme “Julia & Julie” – até sua morte em 2004, Julia Child nunca deixou de se interessar por tudo que dizia respeito à culinária. Seu último livro favorito, lançado em 2000, foi “A Alma de um Chef: Viagem para a Perfeição”, de Michael Ruhlman.

“Estou sempre interessada em livros sobre a minha profissão que sejam, ao mesmo tempo, divertidos e informativos como ‘A Alma de um Chef’. Um livro que ilustra o que está acontecendo nesse momento tanto no ensino de culinária quanto nos restaurantes da América. Ele também fala de pessoas em quem estou muito interessada como Brian Polcyn, do Five Lakes Grill em Michigan; Michael Symon do Lola Bistrô em Cleveland e Thomas Keller, chef e dono do restaurante French Laundry, entre outros.”
Livro favorito: A Alma de um Chef: Viagem para a Perfeição – Michael Ruhlman
(SENAC Editora – R$ 91,00)

Julia Roberts
Não é à toa que Julia Roberts é a queridinha da América. Talentosa e dona de adorável senso de humor, Julia não se leva a sério. Desde o primeiro momento que ela abriu seu contagiante sorriso em “Uma Linda Mulher”, as plateias caíram de amores por ela. Considerada uma atriz de comédias românticas, Julia surpreendeu a todos quando participou do drama “Erin Brockovich: Uma Mulher de Talento”. Sua atuação rendeu um Oscar, além de outros importantes prêmios.
Atualmente, Julia trabalha menos e curte mais a família. Ela escolhe seus próximos filmes com bastante calma e prefere trabalhar em projetos pelos quais se apaixona. Foi assim com a adaptação do livro “Extraordinário” de R.J. Palacio, que entrou em cartaz no final de 2017.
Quer saber qual o livro favorito de Júlia? Ela mesma vai te contar:
” ‘O Coração é um Caçador Solitário’ é um dos livros mais incríveis que já li. Como eu, McCullers também é do sul. Sempre me pergunto o quanto uma pessoa que não é sulista pode apreciar algumas das nuances que eu considero muito específicas daquela parte do país. De um modo muito sutil, e até inconsciente, sou capaz de entender a descrição que ela faz sobre a umidade, de uma maneira que alguém que mora na região dos Grandes Lagos nunca conseguirá. O livro foi publicado quando ela tinha 23 anos! Nessa idade eu ainda cochilava à tarde… Então, você pode imaginar o quanto é incrível que ela tenha todo esse talento à sua disposição com tão pouca idade.”
Livro favorito: O Coração é um Caçador Solitário – Carson Mccullers
(Companhia das Letras – R$ 74,90)

Julianna Margulies
Para muitos, ela é a enfermeira Carol Hathaway de “Plantão Médico” ou Alicia Florrick de “The Good Wife”, mas Julianna Margulies é muito mais que isso. Formada em História da Arte por uma das melhores universidades americanas, na infância viveu na França e na Inglaterra e fala fluentemente italiano. Depois de formada, realizou seu sonho juvenil de explorar a cultura italiana. Morou em Florença durante um ano e assim pode conhecer melhor o lugar onde nasceu seu escritor favorito: Dante Aligheri.
“Me apaixonei pelo livro ‘A Divina Comédia’ no primeiro ano do ensino médio. Fiquei tão intrigada com a história de Francesca e Paolo – os dois grandes amantes que durante a vida só tinham olhos um para o outro e acabaram no segundo círculo do inferno. O livro me impressionou profundamente na adolescência, porque é nessa idade que o desejo de querer alguma coisa o tempo todo começa a aparecer. Quando amadurece, você pensa: “Amar tanto assim um homem certamente vai me mandar para o segundo círculo do inferno. Bom, acho que vou tentar amar outras pessoas e fazer algum bem nesse mundo.”
Livro favorito: A Divina Comédia – Dante Alighieri
(Editora 34 – R$ 98,00)

Julianne Moore
Até 2014, quando ganhou seu primeiro Oscar pelo drama “Para sempre Alice”, todos se perguntavam qual era o problema da Academia para não premiar Julianne Morre. A lista dos grandes filmes protagonizados por ela é imensa, mas, só para refrescar sua memória, vamos citar alguns: “Short Cuts: Cenas da Vida”, “As Horas”, “O Grande Lebowski”, “Fim de Caso”, “Magnólia”, “Direito de Amar” e “Ensaio sobre a Cegueira”.
Filha de um militar, Julianne viveu em 23 lugares e frequentou nove escolas diferentes até os 18 anos. Ela só voltou para os Estados Unidos para começar a faculdade de Artes Cênicas.
“Minha mãe me deu ‘Mulherzinhas’ de presente e me disse que achava que eu estava pronta para lê-lo. Perdi a conta do número de vezes que li esse livro dos 10 aos 15 anos – eu usava o livro como uma espécie de komboloi, aquele rosário grego. Ele me acalmava e me encantava, e foi só muito depois, quando eu já era adulta, que percebi que Louisa May Alcott (e minha mãe) tinha me dado um mapa para a jornada da adolescência à vida adulta. Obviamente, levando em conta a época em que foi escrito, é um livro altamente moralista, mas para mim parecia que seus preceitos estavam mais baseados em uma moralidade pessoal, que na religiosa. No mundo de ‘Mulherzinhas’, todas as meninas aprenderam quais eram as suas responsabilidades em relação umas às outras, a si mesmas e ao mundo em geral – a escolha só dependia delas. Elas podiam escolher ser teimosas como Jo, conformadas como Meg, tímidas como Beth ou eg

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  • Data: 02/04/2018 11:04
  • Alterado:02/04/2018 11:04
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Lilian Trigo









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