Agentes ambientais registram presença de veado-catingueiro em Paranapiacaba

Presença do animal indica que a região é bem preservada e abriga grande biodiversidade de espécies de flora e fauna

  • Data: 23/02/2021 20:02
  • Alterado: 23/02/2021 20:02
  • Autor: Paola Zanei
  • Fonte: Secom PSA
Agentes ambientais registram presença de veado-catingueiro em Paranapiacaba

Crédito:Cristina Tamasiunas

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Profissionais que realizam fiscalização na área de proteção ambiental localizada dentro do território de Santo André se depararam com um veado-catingueiro (Mazama gouazoubira) na rota Caminho do Sal, trecho Zanzalá, em Paranapiacaba. O encontro surpreendeu os agentes ambientais, pelo fato de o animal ser muito arisco.

“Esta é uma região bem preservada que abriga grande biodiversidade de espécies de flora e fauna, por isso a presença de um veado-catingueiro é motivo de orgulho para nós. Mostra que o trabalho realizado para a preservação do meio ambiente está dando resultado”, afirmou o secretário do Meio Ambiente, Fabio Picarelli.

A equipe de agentes ambientais fiscaliza construções irregulares, supressão de vegetação sem autorização, lançamento de efluentes, dentre outras intervenções irregulares, e estão sempre atentos às mudanças no ambiente.

Santo André possui 61,9% do seu território na Macrozona de Proteção Ambiental, composta por 27 loteamentos distribuídos em mais de 107 quilômetros quadrados, a maior parte na região de Paranapiacaba e Parque Andreense. A área é amparada pela Política Municipal de Gestão Ambiental, Lei 7799/98, além de outras determinações legais. Esse local, também conhecido como área de manancial, abriga muitas nascentes e cursos d’água, conservando o bioma Mata Atlântica.

De acordo com a gerente de Programas de Proteção e Bem-Estar Animal, Edilene Fazza, o veado-catingueiro serve de alimento para onças e é um animal que vive em áreas com vegetação secundária e espécies de vegetação mais arbustiva.

“É importante destacar que toda essa área abriga grande biodiversidade de espécies de flora e fauna, sendo provedoras de serviços ecossistêmicos” explicou Edilene Fazza. O termo “serviços ecossistêmicos” define os benefícios diretos ou indiretos que a natureza produz e são indispensáveis para a vida no planeta.

De acordo com a encarregada de Bem-Estar Animal, Daniela Victor Freire, não é possível saber a quantidade de veados-catingueiros existentes na área, pois são necessários estudos específicos sobre sua população, mas há registro desses animais em toda a Macrozona de Proteção Ambiental. “A equipe de agentes ambientais que atua nessa área já avistou essa espécie em outros momentos, mas nem sempre conseguem fazer o registro fotográfico”, comentou.

A agente ambiental e encarregada de Licenciamento Ambiental, Cristina Tamasiunas, foi quem conseguir fazer a foto do veado-catingueiro. “É difícil registrar esses animais, os mesmos se assustam e fogem com o barulho do carro. Mas esse foi especial, nos deixou registrar por muitos ângulos”, disse. Além do veado, também há, na região, a presença de onça-parda, tatu, gambá, tucano, jararaca, teiú dentre outros animais.

Caminho do Sal – O Caminho do Sal é uma rota ecoturística, fruto de parceria entre as prefeituras de Santo André, São Bernardo do Campo e Mogi das Cruzes. Com uma extensão de 53,5 km, entre São Bernardo, a Vila de Paranapiacaba e Mogi. Seu percurso pode ser feito na totalidade ou em trechos: o Caminho do Zanzalá (de 16 km, entre São Bernardo e Santo André), o Caminho dos Carvoeiros (de 10 km, em Santo André) e o Caminho de Bento Ponteiro (de 27,5 km, entre Santo André e Mogi das Cruzes), a pé ou de bicicleta.

Todo trajeto tem sinalização turística, o que permite ao público perfazê-lo por conta própria ou com o acompanhamento de monitores. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones 4439-0109 e 4439-0321.

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