Reforma que só simplifica impostos manterá a carga tributária alta, diz Maia
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse hoje, 16, que uma reforma que apenas simplifique os impostos manterá a carga tributária ainda muito elevada
- Data: 16/09/2019 15:09
- Alterado: 16/09/2019 15:09
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, fala à imprensa ao chegar ao Congresso Nacional.
Crédito:Marcelo Camargo/Agência Brasil
O deputado participa nesta segunda, em São Paulo, de evento organizado pelo Brasil de Ideias.
Maia destacou que a referência da proposta apresentada pelo economista Bernard Appy é muito positiva. Ainda de acordo com o parlamentar, o caminho para o Brasil é o da organização dos impostos de bens e serviços.
O presidente da Câmara criticou durante o evento os altos salários nas esferas governamentais e disse que os salários de alguns servidores do Executivo superam em 67% os salários.
“A Câmara, sem os deputados, custa ao Brasil R$ 4,5 bilhões por ano”, disse Maia, para quem é preciso que a sociedade passe a ter conhecimento da estrutura salariais no setor público. Para ele, se muitas das pessoas que hoje são contra a privatização da Eletrobras conhecessem a estrutura salarial da estatal certamente apoiariam a privatização da empresa.
Maia disse que o Parlamento continua esperando que o governo envie a sua proposta de reforma tributária. De acordo com ele, seria muito positivo ter uma proposta do Executivo à mesa para ser discutida.
Perguntado sobre quais são suas impressões sobre o pacto federativo, defendido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, Maia disse que “pacto federativo é organizar melhor as atividades dos entes federativos e desindexar as despesas públicas”.
O presidente da Câmara voltou a dizer que o momento não é o adequado para se discutir a flexibilização do teto dos gastos, discussão que ganhou muita força nos últimos dias como sendo a solução para o governo passar a ter recursos para investir. “Acho que só deveríamos discutir o teto dos gastos depois que controlarmos as despesas”, disse.