SP e Rio têm propostas diferentes para usuários de drogas
IO Programa Redenção, da Prefeitura de São Paulo, tem feito internações voluntárias desde 2017. Segundo o coordenador, a possibilidade da internação involuntária ainda será discutida
- Data: 07/06/2019 11:06
- Alterado: 07/06/2019 11:06
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Druggy with syringe in hand sitting on the floor after dose. Drug addiction concept, narcotic addicted people
Crédito:Depositphotos
“Os próximos passos serão: ter integração maior entre Estado e Município e fazer aproximação com o governo federal para que possamos entender melhor a política e ter sistema de avaliação desse trabalho, com pesquisa qualitativa”, diz o psiquiatra Arthur Guerra que coordena o programa que teve início em maio de 2017.
Em 2017, o então prefeito e hoje governador João Doria (PSDB) pediu à Justiça permissão para internar usuários de drogas da Cracolândia à força, sem aval do juiz caso a caso. Após contestação da Defensoria, essa ação acabou extinta.
Já no Estado de São Paulo, de 2013 até março deste ano, o programa Recomeço registrou a desintoxicação de 18,5 mil pessoas – 28% delas involuntárias.
Rio
Em 2009, quando Eduardo Paes (DEM) era prefeito do Rio, o carro-chefe de sua administração foi a Operação Choque de Ordem – que incluía a internação involuntária de usuários de droga. Houve críticas de que a política era higienista e a ação durou só 15 meses.
Hoje, vigoram os três tipos de internação, mas a política atual é focada na redução de danos, que privilegia as ações de prevenção e as internações voluntárias.
Internação forçada
Bolsonaro sancionou nesta quinta-feira, 6, a nova política nacional de drogas, que prevê e facilita a internação involuntária (sem consentimento) de usuários de drogas por até três meses.