Trump diz que investigação sobre Ucrânia é ‘tão corrupta e falsa quanto as anteriores’

O presidente é acusado de ter pressionado o mandatário da Ucrânia a investigar o filho de Joe Biden; Juíza valida inquérito de impeachment contra Trump e ordena entrega de documentos

  • Data: 26/10/2019 12:10
  • Alterado: 26/10/2019 12:10
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo / AP
Trump diz que investigação sobre Ucrânia é ‘tão corrupta e falsa quanto as anteriores’

Crédito:Shealah Craighead/White House (editada)

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste sábado, 26, que a investigação sobre a relação dele com a Ucrânia é “tão corrupta e falsa” quanto as anteriores. “A investigação sobre a Ucrânia é tão corrupta e falsa quanto todos os outros lixos que vierem antes”, escreveu Trump em sua conta oficial no Twitter.

The Ukraine investigation is just as Corrupt and Fake as all of the other garbage that went on before it. Even Shifty Schiff got caught cheating when he made up what I said on the call!

O presidente americano é acusado de ter pressionado o mandatário da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, a investigar o filho de Joe Biden, ex-vice-presidente e pré-candidato democrata às eleições presidenciais de 2020, o que resultou na abertura de um inquérito de impeachment contra Trump na Câmara dos Representantes.

O relatório final de Mueller sobre a Rússia não encontrou evidências suficientes de conspiração do país com a campanha de Trump em 2016, mas agora os documentos que serão liberados pela decisão da juíza podem revelar detalhes ocultos e se tornarem parte da pressão pelo impeachment. 

No Twitter, Trump também criticou a presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi. Segundo o presidente americano, enquanto o distrito de Pelosi, São Francisco, viola muitas ordens sanitárias e ambientais, ela “trabalha apenas pelo impeachment.” “Pelosi deveria trabalhar nessa bagunça e transformar o Distrito dela”, escreveu Trump.

JUÍZA VALIDA INQUÉRITO DE IMPEACHMENT CONTRA TRUMP

Na sexta-feira, 25, a juíza distrital Beryl Howell validou o inquérito de impeachment e ordenou que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos entregue à Câmara documentos sobre a investigação do ex-procurador especial Robert Mueller sobre a interferência da Rússia nas eleições americanas de 2016, outra acusação contra Trump.

Em uma decisão, na sexta-feira, que também confirmou a legalidade do próprio inquérito de impeachment, a juíza distrital Beryl Howell ordenou que o departamento entregue os documentos até 30 de outubro. Uma assessora do Departamento de Justiça disse que o órgão estava revisando a decisão. O governo ainda pode apelar.

A decisão em favor do Comitê Judiciário da Câmara vem num momento em que os Democratas buscam testemunhos de atuais e ex-funcionários sobre os esforços do governo Trump para fazer com que a Ucrânia investigasse Joe Biden, rival político do presidente e pré-candidato democrata à eleição presidencial de 2020. Os materiais de Mueller podem revelar aos legisladores detalhes ocultos sobre ações de Trump durante a eleição de 2016 e se tornarem parte da pressão pelo impeachment.

A juíza disse que os materiais podem ajudar os parlamentares a decidir quais testemunhas chamar para o inquérito de impeachment e quais linhas de investigação adicionais devem ser seguidas. Em uma decisão de 75 páginas que acompanha a ordem, Howell descartou muitos argumentos do governo para reter os materiais, incluindo a necessidade de continuarem secretos.

 “A realidade é que o Departamento de Justiça e a Casa Branca têm impedido abertamente os esforços da Câmara para obter informações por intimação ou acordo, e a Casa Branca declarou categoricamente que o governo não irá cooperar com as requisições do Congresso por informações”, escreveu Howell.

A presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, disse que a decisão foi “outro golpe para a tentativa do presidente Trump de se colocar acima da lei”.

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  • Data: 26/10/2019 12:10
  • Alterado:26/10/2019 12:10
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo / AP









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