Lei da Terceirização – como ter equilíbrio financeiro?

Aproveito a proximidade do Dia do Trabalho, 1º de maio, para falar sobre uma importante mudança no mercado de trabalho brasileiro. Com a Lei da Terceirização, muitos trabalhadores poderão passar a exercer a sua profissão como profissionais liberais.

Com a regulamentação da lei, as empresas poderão contratar terceirizar profissionais para exercerem atividades-fim (que são essenciais para o funcionamento de uma empresa, como médicos em hospitais, professores em escolas, etc.). Antes, era permitido terceirizar apenas as atividades-meio (como contabilidade, vigilância e limpeza, por exemplo).

Profissionais liberiais são aqueles que estudaram e se qualificaram para seguir uma carreira – como arquitetos, designers, médicos, dentistas, advogados, e jornalistas – mas que ao invés de trabalhar para apenas uma empresa, com carteira assinada, exerce a sua função por conta própria, de maneira autônoma.

Atuando dessa forma, os profissionais passam a ter vantagens tais como maior flexibilidade, liberdade e a possibilidade de ter uma renda maior. Contudo, diversos benefícios trabalhistas não lhes são devidos e é preciso buscar o equilíbrio financeiro para garantir um bom padrão de vida.

Portanto, é imprescindível manter reservas financeiras para períodos em que não possa trabalhar, como gravidez, doenças e até mesmo férias. É preciso também ter uma reserva específica para a aposentadoria, já que a empresa não contribui para o FGTS e para as previdências, social ou privada, do profissional liberal.

Também é necessário considerar que despesas como plano de saúde, alimentação e transporte, que são facilitadas ou garantidas para profissionais contratados pelo regime CLT, são responsabilidades do próprio profissional liberal e que é preciso administrar a renda para que estas despesas sejam supridas.

Por fim, é preciso poupar para investir constantemente em seu aperfeiçoamento profissional e também nos materiais utilizados em sua rotina de trabalho. Com educação financeira, a mudança no regime trabalhista pode ser facilmente administrada pelo profissional.