Morre a pintora Judith Lauand, aos 100 anos_x000D_
Única mulher do grupo ruptura, artista ganhou ampla retrospectiva no Masp há alguns dias
- Data: 09/12/2022 21:12
- Alterado: 09/12/2022 21:12
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
Morreu na tarde desta sexta-feira, aos 100 anos, Judith Lauand, pioneira do movimento concreto e única mulher do grupo Ruptura – fundado por Waldemar Cordeiro, Geraldo de Barros, entre outros. Nascida em Pontal, interior de São Paulo, Lauand mora na cidade de São Paulo desde a década de 1950. Ela faleceu em casa e a família não divulgou a causa da morte.
O traço concreto de Judith Lauand carrega uma aura sensível, suas composições do início da carreira, nos anos 1950, têm influência de Paul Klee, mestre que Lauand teve contato na segunda edição da Bienal Internacional de Arte de São Paulo, quando foi monitora na mostra.
Lauand teve uma ampla retrospectiva aberta no último dia 25, no Museu de Arte de São Paulo, o Masp. Judith Lauand: Desvio Concreto contempla todas as fases da pintora; do figurativo, no início da carreira, ao abstracionismo. Com ênfase às pinturas geométricas, pelas quais obteve maior reconhecimento.
Há alguns anos, Lauand andava reclusa devido a problemas de saúde. Ela participou de eventos importantes na história da arte contemporânea brasileira, como a 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta (1956), realizada no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Há alguns anos, a família da pintora doou algumas obras ao Masp, que não tinha a artista em seu acervo. Seu nome figura ao lado dos grandes concretos, como Haroldo e Augusto de Campos, Décio Pignatari e Max Bill.