Em denúncia contra mulher de Cabral, MPF lista 21 fatos criminosos

O MPF elencou, na denúncia em que pediu a prisão da advogada Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), supostos episódios de lavagem de dinheiro

  • Data: 07/12/2016 11:12
  • Alterado: 16/08/2023 22:08
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Em denúncia contra mulher de Cabral, MPF lista 21 fatos criminosos

Adriana Ancelmo

Crédito:Reprodução

Você está em:

Esses episódios envolveriam, de um lado, o escritório Ancelmo Advogados, e, de outro, empresas de consultoria que pertencem a pessoas próximas de Cabral.

Segundo os procuradores da República por meio de contratos fictícios, a banca de advocacia chefiada por Adriana e essas consultorias lavavam dinheiro de corrupção obtido pelo bando. Ao todo, na denúncia, são relacionados 21 fatos criminosos de corrupção passiva, lavagem de ativos e pertencimento a organização criminosa.

“Consumados os delitos antecedentes de corrupção, entre 2012 e 2016, Adriana Ancelmo e Luiz Igayara, sob orientação e anuência de Sérgio Cabral, por intermédio de organização criminosa, ocultaram e dissimularam a origem, a natureza, disposição, movimentação e a propriedade de R$ 2.446.318,06, por meio da celebração de contrato de advocacia fictício entre o escritório Ancelmo Advogados, de responsabilidade de Adriana Ancelmo e a empresa Reginaves, de responsabilidade de Luiz Igayara (Lavagem de Ativos/Art. 1º, ?4º, da Lei 9.613/98 – FATO 09)”, afirma a denúncia, ao descrever um dos episódios.

A mesma Reginaves, segundo a denúncia “sob orientação de Sérgio Cabral”, assinou contrato com a GRAlc/LRG Consultoria, de Carlos Miranda, para ocultar a propriedade de R$ 300 mil reais. Outra empresa, pertencente a Carlos Bezerra, assinou contrato de consultoria com a mesma Reginaves, no valor de R$ 175 mil – para o MPF, outra tentativa do bando de lavar dinheiro.

“(…), Adriana Ancelmo e Carlos Borges, sob orientação e anuência de Sérgio Cabral, por intermédio de organização criminosa, ocultaram e dissimularam a origem, a natureza, disposição, movimentação e a propriedade de R$ 2.560.000,00, por meio da celebração de contrato de advocacia fictício entre o escritório Ancelmo Advogados, de responsabilidade de Adriana Ancelmo, e a empresa Portobello Resort, de responsabilidade de Carlos Borges (Lavagem de Ativos/Art. 1º, ?4º, da Lei 9.613/98 – FATO 12)”, insiste a denúncia.

Também a Portobello Resort celebrou contrato de consultoria, segundo o MPF fictício, com a Gralc/LRG Consultoria, de Carlos Miranda, no valor de R$ 350 mil. O objetivo, segundo os procuradores, teria sido ocultar o dinheiro e sua origem – corrupção.

Compartilhar:

  • Data: 07/12/2016 11:12
  • Alterado:16/08/2023 22:08
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









Copyright © 2024 - Portal ABC do ABC - Todos os direitos reservados