Mesada: por que dar, quando começar e como estabelecer o valor?

A mesada é uma ótima ferramenta para educar financeiramente as crianças, e não é preciso ter dinheiro sobrando para isso. Cada família deve agir de acordo com seu perfil

  • Data: 13/10/2016 10:10
  • Alterado: 13/10/2016 10:10
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Reinaldo Domingos - DSOP
Mesada: por que dar, quando começar e como estabelecer o valor?

 

Você está em:

Dar ou não dar mesada é uma dúvida que paira sobre a cabeça dos pais. Mas o que muitos não percebem é que acabam dando mesada aos filhos constantemente, só que de forma não sistematizada. Conforme vão crescendo, as crianças começam a pedir dinheiro para fazer pequenas compras, de guloseimas e brinquedos e, assim, recebem o que chamo de mesada voluntária. Essas pequenas ações podem parecer bobagens, mas não são, pois é na infância que começa a ser desenvolvido o comportamento de uma vida toda.

Como sempre falo em meus artigos, ter educação financeira não é saber fazer cálculos e usar planilhas, e sim ter hábitos de consumo saudáveis e sustentáveis, construídos ao longo da vida. Nesse sentido, a mesada é uma excelente ferramenta para os pais. Por meio dela, eles podem orientar os pequenos a administrar seu dinheiro, visando sempre à conquista dos seus sonhos – os seus maiores desejos, aquilo que querem muito ter ou fazer.

Não há uma idade certa para começar a dar mesada, o momento ideal surgirá de acordo com o desenvolvimento da criança. Quando os pais notarem que ela pede dinheiro com frequência e já tem seus primeiros hábitos de consumo, é interessante pensar no assunto. Para definir o valor, é preciso considerar as despesas que a criança tem (o que costuma comprar e com qual frequência), além, é claro, das possibilidades da família. A mesada financeira, entretanto, é apenas uma modalidade, dentre 8 tipos de mesada.

Além das mesadas voluntária e financeira, a criança também pode receber a mesada de terceiros, econômica, empreendedora, ecológica, de troca ou a mesada social. Na mesada econômica, por exemplo, o pequeno é incentivado a poupar recursos em casa, como energia elétrica e água, para que realize um sonho, individual ou coletivo, com o valor economizado. Assim, mesmo a família que não tem condições de dar mesada em dinheiro, pode educar financeiramente seus filhos.

E sabe o que todas essas formas de mesada têm em comum? Elas priorizam os sonhos da criança e da família. Por isso, é importante que os pais sentem com os filhos e conversem sobre seus sonhos. Além de ensinar sobre a importância de definir objetivos, os pais irão incentivá-los a desenvolver o hábito de poupar dinheiro para conquistar. O ideal é que cada criança tenha pelo menos três sonhos: um a ser realizado em curto prazo (em até um mês), outro de médio prazo (entre três e seis meses) e outro de longo prazo (após seis meses).

Ao educar financeiramente os filhos, os pais podem aprender muito, inclusive a poupar para os seus próprios sonhos. Não podemos esquecer que é importante que os pequenos se espelhem nos mais velhos para adquirir comportamentos saudáveis de consumo. Vejo que muitos adultos não tiveram educação financeira em sua infância, mas, hoje, o tema é tão relevante que milhares de escolas em todo o país já educam financeiramente seus alunos.

Para ajudar os pais nessa empreitada, há diversos recursos, como sites e canais no YouTube, além de livros voltados à educação financeira. No livro “Mesada não é só dinheiro”, explico os 8 tipos de mesada e falo mais profundamente sobre o tema. Meu maior desejo é que possamos educar financeiramente nossas crianças e que, no futuro, sejamos uma sociedade mais sustentável, menos endividada e inadimplente.

E você, vai começar a praticar a mesada com seus filhos?

Compartilhar:
1
Crédito:Shutterstock NULL
1
Crédito:NULL NULL

  • Data: 13/10/2016 10:10
  • Alterado:13/10/2016 10:10
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Reinaldo Domingos - DSOP









Copyright © 2024 - Portal ABC do ABC - Todos os direitos reservados