Espetáculo da superação

Um ano antes dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, brasileiros se preparam para fazer bonito

  • Data: 08/09/2015 09:09
  • Alterado: 10/08/2023 14:08
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Jogos Cariocas
Espetáculo da superação

 

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Em um ano, de 7 a 18 de setembro de 2016, os Jogos Paralímpicos no Rio de Janeiro irão reunir 4.350 atletas portadores de deficiência física, visual ou mental, vindos de 178 países. Nesses 12 dias, ocorrerão 528 provas com disputas de medalhas para 22 esportes. Em 2016, estreiam nas Paralimpíadas duas novas modalidades: canoagem e triatlo. O Brasil tem se destacado nas competições com portadores de deficiência e é considerado uma potência paralímpica. Nos Jogos do Rio de Janeiro, o país é favorito em diversas modalidades.

BRASILEIROS FAVORITOS NOS JOGOS PARALÍMPICOS DE 2016

Alan Fonteles – Atletismo
Uma septicemia obrigou o paraense Alan Fonteles a amputar as duas pernas, um pouco abaixo dos joelhos, aos 21 dias de vida. Aos 19 anos, foi medalha de ouro nos 200 m rasos na Classe T44, ao vencer o sul-africano Oscar Pistorius. Tirou um ano sabático em 2014 e, aos 23 anos, voltou no ParaPan de Toronto, onde conseguiu a medalha de prata nos 100 m rasos.

Andre Brasil – Natação
Uma atrofia na perna esquerda, em decorrência de poliomielite, fez o carioca Andre Brasil recorrer a diversos tratamentos – e a natação fez parte da fisioterapia. Aos 31 anos, Andre é uma das principais promessas para 2016. Nos Jogos Pequim-2008 e Londres- 2012, arrebatou 10 medalhas paralímpicas nas classes S10 e SM10, sendo sete delas de ouro.

Antônio Tenório – Judô
Com 44 anos e cinco vezes medalhista paralímpico, o paulista Antônio Tenório volta à categoria até 90 kg, na qual sagrou-se campeão paralímpico em Sydney-2000. Venceu na categoria até 100 kg em Atenas-2004 e Pequim-2008 e foi bronze em Londres-2012. Em Atlanta-1996, seu primeiro ouro foi conquistado entre atletas de até 86 kg. Aos treze anos, levou uma estilingada no olho esquerdo, perdendo a visão deste olho. Seis anos depois, uma infecção tirou a visão do outro olho, deixando-o totalmente cego.

Daniel Dias – Natação
Aos 27 anos, o paulista Daniel Dias é o maior nome da natação paralímpica brasileira. Nasceu com má formação dos membros superiores e da perna direita, e começou a praticar natação aos 16 anos. Na sua estreia, nos jogos de Pequim-2008, conquistou nove medalhas – sendo quatro ouros – nas classes S5 e SM5. Quatro anos depois, em Londres, venceu as seis provas que disputou. No ParaPan de Toronto, conquistou 8 ouros e tornou-se o maior medalhista da competição.

Dirceu Pinto – Bocha
O paulista Dirceu Pinto foi diagnosticado aos 12 anos como portador de distrofia muscular de cintura. Um dia, um professor o convidou para uma partida de bocha. Hoje, aos 34 anos, ninguém tem mais medalhas paralímpicas nesse esporte que ele. São quatro ouros, conquistados nas provas individuais e de duplas.

Fernando Fernandes – Canoagem
Em 2009, o modelo paulistano e ex-“Big Brother” Fernando Fernandes sofreu um acidente de carro e fraturou duas vértebras. Se reinventou graças à canoagem paralímpica: tricampeão sul-americano, tetracampeão mundial, bicampeão panamericano, pentacampeão brasileiro e campeão da Copa do Mundo. Aos 34 anos, só falta o ouro nas Paralimpíadas no Rio de Janeiro.

Futebol de 5
Dos esportes coletivos, o Futebol de 5 brasileiro é quem segue para os Jogos Paralímpicos com mais chances. Desde que  a modalidade entrou nas Paralimpíadas, em Atenas (2004), o Brasil levou o ouro nas três oportunidades: em 2004, 2008 (Pequim) e 2012 (Londres).

Jovane Guissone – Esgrima
Quando tinha 21 anos, em 2004, o gaúcho Jovane Guissone reagiu a um assalto. Levou um tiro que o fez perder o movimento das pernas. Em 2008, começou a praticar esgrima em cadeira de rodas. Nos Jogos de Londres, em 2012, fez sua estreia na Classe B da competição com espada. E conquistou a medalha de ouro.

Lúcia Teixeira – Judô
A paulistana nasceu com a visão prejudicada devido a uma toxoplasmose congênita. Aos 34 anos, se prepara para disputar sua segunda Paralimpíada – foi medalha de prata na Classe B2 nos Jogos Paralímpicos de Londres, em 2012, na categoria para atletas com até 57 kg.

Therezinha Guilhermina – Atletismo
Ser a atleta cega mais rápida do mundo é a meta da velocista mineira Terezinha Guilhermina, de 36 anos. Ela nasceu com retinose pigmentar, doença congênita que provoca a perda gradual da visão. Nas três Paralimpíadas que disputou, conquistou três ouros, uma prata e dois bronzes. É a atual campeã paralímpica nas provas dos 100 m e dos 200 m rasos.

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Crédito:Arte de João Kreitlon sobre fotos dos atletas Um ano para os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro
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  • Data: 08/09/2015 09:09
  • Alterado:10/08/2023 14:08
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