Brasil fecha Copa do Mundo de Halterofilismo paralímpico com 5 medalhas
No total, o país terminou com quatro ouros, duas pratas e quatro bronzes. Marcas alcançadas no evento contaram para o ranking que definirá os classificados para os Jogos Paralímpicos do Ri
- Data: 25/01/2016 09:01
- Alterado: 25/01/2016 09:01
- Autor: Redação
- Fonte: CPB
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A Copa do Mundo de Halterofilismo paralímpico, no Rio de Janeiro, teve seu encerramento neste sábado, 23, com mais cinco medalhas para o Brasil, sendo duas de ouro, com Marcia Menezes e Joseano Felipe; uma de prata, com Terezinha Mulato; e duas de bronze, com José Ricardo Silva e Matheus de Assis. No total, o país terminou a competição como o mais vitorioso nos três dias de provas, com 10 aparições no pódio: quatro vezes em primeiro lugar, duas em segundo e quatro em terceiro.
O campeonato serviu como teste e também como qualificatório para os Jogos Paralímpicos do Rio. Para chegar ao evento mais importante do paradesporto, os atletas masculinos precisam estar entre os oito melhores de sua categoria no dia 29 de fevereiro, data em que a lista de classificados será definida. Para as mulheres, o objetivo é ficar entre as seis mais fortes.
Quem teve muito motivo para comemorar neste sábado foi Joseano Felipe (até 107kg). Com 206kg levantados na prova, o atleta não apenas garantiu a medalha de ouro, mas também entrou na lista de classificados para os Jogos, ocupando a sétima posição. “Treino de duas a três horas por dia e sempre traço metas, tanto por competição, quanto por peso levantado. A rotina é muito treino, descanso e alimentação boa. Tudo está dando certo e estou aumentando rápido a carga na barra. Fico confiante para buscar esse lugar no Rio-2016”, disse.
O outro ouro do dia saiu com Márcia Menezes, na categoria unificada com atletas de até 86kg e com mais de 86kg. Para a única medalhista do Brasil em Mundiais, a meta era os 117kg, mas após levantar 110kg no primeiro movimento, Márcia não conseguiu completar o segundo e o terceiro, consolidando a carga da abertura como a válida para a competição e para o ranking. “A gente tem mais uma chance na Malásia [última etapa da Copa do Mundo] e lá vou dar o sangue mesmo. Lá a gente já vai para garantir a vaga na primeira pedida, e as outras serão para aumentar. Meu técnico sempre me lembra que no treino eu faço muito mais do que na competição. Eu cheguei aqui muito confiante, porque 110kg e 112kg para mim é peso fácil, mas faltou um pouquinho de concentração. Eu sei que posso. Pretendo treinar agora para estar nos Jogos Paralímpicos. Eu não vou deixar escapar”, afirmou a atleta.
Para Terezinha Mulato, a carga alcançada e a medalha de prata na categoria até 67kg poderiam ter sido melhores, mas não tiraram a alegria do pódio. “Treinei para fazer melhor, mas toda competição é única e na hora é diferente. Eu estava preparada para bem mais, estou buscando me aproximar da vaga. Mas estou feliz com o resultado, melhorou o ranking para os Jogos do Rio”, disse Terezinha.
Na divisão mais pesada do esporte, com atletas com mais de 107kg, o Brasil teve dois representantes: José Ricardo Silva e Christian Porteiro. José terminou a disputa em terceiro ao levantar 177kg, mas sentiu dor no cotovelo direito durante o segundo movimento. “Estou esperando a próxima etapa [da Copa do Mundo]. Vou voltar para casa e me tratar para melhorar o cotovelo e pensar na meta. Será a última chance, então vou aumentar os treinos para chegar lá e fazer essa marca”, afirmou o amazonense. O compatriota Christian finalizou a prova em quarto, ao levantar 176kg.
O mais novo dos atletas brasileiros que competiu hoje, Matheus de Assis, celebrou a medalha de bronze como um ótimo retorno às competições. O atleta ficou sem treinar por dois meses por causa de uma punição por indisciplina em seu clube, mas se preparou bem para a Copa do Mundo e fechou o evento com um bronze e o novo recorde júnior das Américas ao erguer 166kg. “Era a marca que eu esperava. Cheguei a 166kg e ganhei uma medalha, então ficou dentro do planejado e eu fiquei feliz com isso. O recorde também foi muito importante hoje. Uma volta triunfante depois de uma punição”, disse, aliviado, o atleta.
COPA DO MUNDO DE HALTEROFILISMO
A Copa do Mundo de Halterofilismo do Rio de Janeiro teve a participação de 60 atletas de 20 países. As marcas alcançadas no evento contaram para o ranking que definirá os classificados para os Jogos Paralímpicos do Rio, em setembro. Além disso, também serviu como evento-teste das instalações do Parque Olímpico.